João Carrajola Abreu foi o responsável por muitos regulamentos aprovados pela FPF e integrava o Conselho de Justiça que puniu o Boavista com a despromoção por coação e o FC Porto com a perda de 6 pontos por tentativa de corrupção. Para este especialista, o que aconteceu sábado passado no Estádio do Dragão obedece a processos muitos simples no apuramento dos factos.
"Para que haja uma punição disciplinar tem de se provar que houve dolo da parte de uma das equipas. Há vários agentes desportivos envolvidos mas têm de ser os delegados da Liga a afirmar se houve ou não um atraso deliberado. Não competia ao árbitro do jogo do Dragão verificar se o jogo de Penafiel já tinha começado ou não. Os delegados da Liga envolvidos é que deviam ter tido atenção a esse facto", disse a Record.
Carrajola Abreu recordou-nos mesmo um caso antigo que envolveu o Marco, equipa que se atrasou para um jogo decisivo da última jornada, alegando que o motorista do autocarro tinha perdido a chave do mesmo. Na altura, a Comissão Disciplinar da Liga não condenou a equipa então presidida por Avelino Ferreira Torres mas o Conselho de Justiça castigou-a com a derrota nesse jogo.