"No início da minha carreira, nos anos 80, cheguei a ser agredido por um grupo de adeptos. A coisa só não piorou por causa da pronta intervenção dos jogadores e do treinador da equipa desses adeptos. Levei um murro perto do balneário, mas como não caí, aproveitei o balanço para pedir ajuda. Não fosse isso e tinha sido muito pior."
Bruno Prata leva três décadas de profissão. Atualmente é colunista em Record e comentador na RTP. "Em todo este tempo seria de estranhar se não tivesse passado por algumas situações mais complicadas", revela. "Hoje em dia, com os estádios novos, pós Euro’2004, a segurança dos jornalistas mudou muito. Antigamente era pior. No antigo Estádio do Bessa chamávamos o espaço reservado aos jornalistas de ‘galinheiro’. Lembro-me de uma emissão de rádio que foi interrompida porque um adepto se virou para trás e arrancou os fios. Só precisou de esticar o braço."
O comentador lembra que já chegou a sofrer pressões de alguns clubes: "Tive um ou outro recado. Um dirigente de um dos principais clubes portugueses chegou a ligar-me para me ameaçar." Também recorda o dia em que, "sem querer", popularizou o guarda Abel, um antigo polícia que esteve intimamente ligado ao FC Porto e sobre o qual recaíram várias acusações de violência.
"Foi em 1990, no dia em que o Benfica perdeu a final da Liga dos Campeões com o AC Milan. O José Queirós, meu diretor n’‘O Público’, mandou-me fazer uma reportagem para a baixa do Porto. Achei estranho, mas assim que lá cheguei percebi que ele sabia do que estava a falar. Aquela zona da Avenida da República, perto da câmara, estava cheia de adeptos do FC Porto, como se o clube tivesse ganho um título. Havia alguém que andava sempre atrás de mim a dizer que queria falar. Até que me virei para ele: ‘Então diga lá?’ E ele teve aquela saída que ficou célebre: ‘Sou polícia, mas preferia partir uma perna e ser corno a ver o Benfica campeão europeu.’ Foi o título da peça."
Passado algum tempo, Bruno Prata voltou encontrar o famoso polícia: "Começou por dizer-me que estava com problemas no emprego e com os vizinhos, mas que a culpa não era minha porque foi ele que quis falar." O guarda Abel tornou-se uma figura polémica do futebol português. Antes, em 1988, Carlos Pinhão, jornalista de "A Bola", foi agredido em Aveiro depois de um Beira-Mar-FC Porto. O caso viria a ser arquivado por falta de provas, mas o agente da autoridade deu a sua opinião aos jornalistas: "É melhor do que cair por uma ribanceira."
Treinador e capitão distuguidos nos Rugidos de Leão com o galardão para o futebol
Sindicato e Marinhense confirmam inquérito a Rui Sacramento, após denúncia anónima
"Cuidámos bem dele", garante o médio Morten Thorsby, o qual salienta o pedido de desculpas apresentado pelo extremo do Benfica
Crianças entre os feridos. Antigo presidente do Sporting escapou ileso
FIFA anunciou esta quinta-feira a lista
Nikki Seey revela que tentou confrontar Nicolas Ngamaleu antes de o ter apanhado em flagrante com outra mulher
O episódio aconteceu há 40 anos
Selecionador mexicano sempre animado diante dos jornalistas
Extremo natural de Alverca atua há duas temporadas no Ottawa Atlético
Documentário de dois episódios com uma perspetiva inédita sobre as horas decisivas para os negócios do futebol