Luciano Gonçalves e a "decisão vergonhosa" no Salgueiros-Marítimo B: «Numa agressão é preciso existir sangue?»

Presidente da APAF visa Conselho de Disciplina da FPF

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Veja o momento em que o árbitro do Salgueiros-Marítimo B diz ter sido agredido

O presidente da APAF, Luciano Gonçalves, recorreu este domingo às redes sociais para tecer duras críticas ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol que, nas últimas horas, repreendeu o árbitro João Loureiro, que interrompeu o duelo entre o Salgueiros e o Marítimo B alegando ter sido agredido por Amadu Turé. O CD decidiu suspender o avançado por palavras, absolvendo-o da acusação de agressão.

"O futebol tem momentos que me fazem corar de vergonha. Por mais que queira valorizar só coisas positivas, é impossível desvalorizar a decisão vergonhosa do Conselho de Disciplina da FPF sobre a agressão do jogador Amadu Turé ao árbitro do jogo Salgueiros-Marítimo", escreveu Luciano Gonçalves no Instagram.

"Corei de vergonha e espero que esta situação não contribua para que todos nós, incluindo o Conselho de Disciplina, venha a ficar com as mãos 'cheias de sangue', pela desvalorização desta atitude e negligência desta cobardia, que infelizmente mais uma vez deixa à vista a forma como os árbitros estão desprotegidos no futebol", acrescentou.

Leia a mensagem de Luciano Gonçalves na íntegra:

"O futebol tem momentos que me fazem corar de vergonha. Por mais que queira valorizar só coisas positivas, é impossível desvalorizar a decisão vergonhosa do Conselho de Disciplina da FPF sobre a agressão do jogador Amadu Turé ao árbitro do jogo Salgueiros-Marítimo.

Como é possível um órgão que tem a obrigação de garantir a justiça para todos os intervenientes, entender que não existiu agressão... Porquê? Não houve sangue? Não houve hematoma? Foi ao hospital e não tinha ossos partidos? Como é possível! Numa agressão é preciso existir sangue?

Será que, com este precedente, a partir deste momento passa a ser possível fazer tudo aos árbitros, intimidar, encostar cabeças, encostar e tocar com a mão ou o punho na cara de um árbitro e achar que tudo isto é normal? E se um agente desportivo encostasse a cabeça a um membro do Conselho de Disciplina da FP, qual seria o entendimento desse órgão?

É normal demorar-se tanto tempo para se ter uma decisão destas! Precisamos de decisões céleres e justas e não como esta, que infelizmente podem abrir uma ferida enorme no futebol português.

Corei de vergonha e espero que esta situação não contribua para que todos nós, incluindo o Conselho de Disciplina, venha a ficar com as mãos "cheias de sangue", pela desvalorização desta atitude e negligência desta cobardia, que infelizmente mais uma vez deixa à vista a forma como os árbitros estão desprotegidos no futebol".

Por Record
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