A campanha eleitoral na Académica está a ser marcada pelos diferentes entendimentos que os três candidatos têm em relação ao modelo societário do clube. Se Rui Sá Frias defende que, para já, o melhor é manter a aposta na SDUQ, o mesmo não acontece com Joaquim Reis e Fernando Lopes, com este último a preferir, inclusive, um projeto em que o clube perde a maioria do capital.
Assim, e com este cenário, os últimos dias ficaram marcados por acusações mútuas, feitas em forma de comunicados. O primeiro foi Sá Frias, que pediu que os sócios estivessem em “alerta para a ilusão das SAD e do dinheiro fácil”. O atual vice-presidente para a área financeira diz estar preocupado com o que tem ouvido das outras listas. “Foi com preocupação - mas também com clareza - que ouvimos Joaquim Reis e Fernando Lopes defenderem a constituição de uma SAD e anunciarem que se demitiriam de imediato caso esta não fosse aprovada. Isto revela uma enorme falta de visão estratégica. E o mais alarmante: nem um nem outro soube explicar que modelo de SAD defendem, com que investidores contam, que garantias apresentam aos sócios, que impacto essa decisão teria na identidade do clube”, alertou, afirmando que, caso ganhe, “não haverá SAD imposta. Não haverá endividamento irresponsável. Não haverá venda encapotada da alma da Briosa. Haverá trabalho. Haverá verdade. Haverá Académica”, concluiu.
Ora, a resposta dos outros dois candidatos foi… imediata. Fernando Lopes diz que “não está em causa qualquer cheque em branco aos sócios nem qualquer tentativa de impor soluções à margem da transparência e do debate democrático”, acusando Rui Sá Frias de “escolheu o caminho da insinuação e da desinformação, alimentando receios infundados sobre uma proposta séria, prudente e participada, que visa preparar o futuro da Académica com responsabilidade. As manobras de desinformação e calúnia utilizadas pela lista concorrente só revelam que não estão à altura da responsabilidade de liderar a Académica e de agregar todos os seus associados.”
Pouco depois, foi a vez de Joaquim Reis também reagir, afirmando que este foi “um dia triste para a Académica”, acusando Sá Frias de preferir o “ataque gratuito, em vez de construção”, e de optar “pela hostilidade em vez do diálogo”.
“Lamentamos que, em vez de apresentar propostas credíveis, o líder da Lista B tenha optado por lançar acusações que não resistem ao mínimo escrutínio. O essencial não pode ser esquecido: esta candidatura não pede, nem pedirá, um cheque em branco aos sócios. Comprometemo-nos, de forma clara e transparente, a cumprir todos os passos estatutários exigidos para uma eventual constituição de SAD — com Assembleias Gerais convocadas e documentação entregue atempadamente, incluindo o relatório de contas. Infelizmente, isso não foi feito no mandato anterior”, sublinhou, em comunicado, falando, depois, do seu projeto. “As soluções que defendemos são claras: manter o controlo associativo e atrair investimento responsável, com regras, limites e salvaguardas. É uma proposta séria, construída por pessoas com experiência, avaliada por juristas e economistas, e que será sempre submetida à decisão soberana dos sócios”.
Recorde-se que as eleições estão marcadas para dia 1 de junho, altura em que os sócios da Académica vão escolher o sucessor que Miguel Ribeiro, que optou por não se recandidatar.
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