O Benfica tem vindo a aumentar o recurso a entidades financeiras e, nesta altura, já soma um passivo bancário de 193,3 milhões de euros. Deste valor, 71 milhões de euros terão de ser pagos no prazo de um ano, o que pode vir a obrigar à venda de jogadores.
É de referir que o recurso ao financiamento tem vindo a crescer de forma efetiva e, em apenas dois anos, duplicou: De acordo com o Relatório e Contas dos encarnados, em 2020 o valor era de 92,8 milhões euros, menos de metade dos atuais 193,3 milhões de euros.
"Os saldos das rubricas de empréstimos obtidos totalizam um montante de 193,3 milhões de euros, o que significa um crescimento de 14,1% face a 30 de junho de 2023, principalmente explicado pela utilização de financiamentos contratualizados no decurso deste semestre", pode ler-se no documento divulgado pela CMVM, onde também se explica esta subida: "De referir que o aumento dos empréstimos obtidos está em parte relacionado com os investimentos realizados no plantel de futebol, o que permitiu valorizar o ativo".
De referir que nestas contas, não estão contabilizadas as vendas e contratações do mercado de transferências de janeiro, de onde se assinala que as águias encaixaram 23,5 milhões de euros com as transferências de Musa, Lucas Veríssimo, Chiquinho e João Victor. Importa assinalar que este valor pode vir a subir, mediante concretização de objetivos, mais 6 milhões de euros e que, nos casos de João Victor e Musa existem ainda possíveis mais-valias de futuras transferências.