Joaquim Milheiro e o título dos sub-17: «Benfica deu um contributo extraordinário»

Joaquim Milheiro é o novo diretor técnico do futebol de formação do Benfica
• Foto: SL Benfica

O diretor técnico do futebol de formação do Benfica, Joaquim Milheiro, analisou em entrevista à BTV o papel dos encarnados na conquista do inédito título mundial alcançado pela Seleção Nacional sub-17.  "O Benfica tem uma marca distintiva que ajuda a que os nossos jogadores tenham estes elevados desempenhos e este reconhecimento internacional", afirmou, enaltecendo o "contributo extraordinário" dos jovens formados no Seixal para a conquista portuguesa. "A melhor academia do mundo contribuiu significativamente para a conquista do Mundial", frisou.

Daniel Banjaqui, José Neto, Ricardo Neto, Mauro Furtado, Rafael Quintas, Miguel Figueiredo, Stevan Manuel, Anísio Cabral e Tomás Soares foram os 9 elementos que integraram a equipa que celebrou a primeira vitória de Portugal nesta competição. Além deste lote, também Jaden Umeh (Rep. Irlanda) defendeu as cores da sua seleção, tornando assim o Benfica no clube mais representado na competição, com 10 jogadores.

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Para Joaquim Milheiro, a missão é clara. "A mística do Benfica é ganhar hoje, amanhã, depois de amanhã e continuar sempre a acrescentar valor", referiu, frisando a felicidade pelo contributo dos jovens benfiquistas no sucesso coletivo, que não o surpreendeu. "Acreditava porque conheço bem a competência e o talento destes jogadores, a organização de jogo desta equipa. Sei a alegria e a felicidade com que agarraram esta oportunidade e todo o trabalho que vêm desenvolvendo ao longo dos anos, e escreveram uma bonita história nas páginas do futebol. E nós, enquanto benfiquistas, estamos extremamente orgulhosos do contributo dos jogadores do Benfica. Participaram os 9 na final, acho que isso é um destaque muito importante e deram um contributo extraordinário para uma conquista memorável", afirmou, orgulhoso.

Joaquim Milheiro e o título dos sub-17: «Benfica deu um contributo extraordinário»

Joaquim Milheiro deixou ainda a sua análise à final, com a Áustria. "Identificou-se uma equipa emocionalmente equilibrada para disputar um jogo de elevada exigência. Tivemos maturidade de jogo, soubemos jogar nos diferentes momentos do jogo, quer a nível ofensivo, quer a nível defensivo. Tivemos consistência também nas bolas paradas. Acima de tudo, funcionámos como equipa, e o trajeto que a equipa foi desenvolvendo ao longo do Campeonato do Mundo permitiu ganhar consistência de jogo e fomos superiores ao adversário. Conseguimos uma grande conquista com grande mérito dos jogadores, da equipa e toda a estrutura", sublinhou.

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Questionado sobre o que distingue esta geração de outras anteriores, Joaquim Milheiro defendeu que "o que pode distinguir é a quantidade do talento". "Não nos podemos esquecer de gerações como a de 1997, do Rúben Dias, Renato Sanches, jogadores que continuam a ter elevados desempenhos e a terem um reconhecimento internacional muito grande. E outras gerações como a de 1999, onde o Benfica deu um excelente contributo, jogadores como o Florentino, o Jota... O que eu acho é que se trata de um DNA Sport Lisboa e Benfica, onde há todo um ecossistema no clube, altamente apaixonado, que contribui para o desenvolvimento destes jogadores. O Benfica tem uma marca distintiva que ajuda a que os nossos jogadores tenham estes elevados desempenhos e este reconhecimento internacional. No fundo, no Benfica há um crescimento com muito, mas sem tudo. Na perspetiva de nós, Benfica, ajudarmos a que o jogador consiga crescer de uma forma global, numa perspetiva 360, e que depois consiga ter um desempenho de elevada qualidade", explicou.

Em termos do impacto desta conquista para o futuro dos jogadores, o dirigente das águias admite que "aumenta a responsabilidade na perspetiva que se deram a conhecer à Europa e agora ao mundo". "Há uma responsabilidade positiva que eu acho que deve servir ainda de força e de inspiração para eles continuarem a fazer mais e melhor. Não se distraírem com alguns elementos que por vezes podem existir, como algum relaxamento face àquilo que possa ser esta enorme conquista. Sinceramente, eu acredito que o balão não irá esvaziar, eles irão ter sempre aquela ambição de querer conquistar mais coisas porque este é o DNA do Benfica", sublinhou.

Por Nuno Miguel Ferreira
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