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20:45

17 dezembro

Benfica

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05/09/2023

Das saídas de Gonçalo Ramos, Vlachodimos e Ndour às contratações: tudo o que foi dito por Rui Costa

Presidente do Benfica abordou a atualidade das águias e do futebol português

20:13 05.09.2023

Termina a entrevista!

Declaração final

Venho assumir as responsabilidades de mercado, mas depois de sermos campeões nacionais, gostaria acima de tudo, não só pelo campeonato, mas pela preparação desta época, agradecer à nossa direção, à SAD pelo apoio para cada manobra, a Lourenço Coelho por todo o trabalho no Benfica Campus com a equipa, é o grande condutor desta equipa e estou agradecido por toda a dedicação e a Rui Pedro Braz por todo o trabalho desenvolvido no mercado, foi excelente e formamos com isso uma equipa, como costumo dizer, ganhamos todos e perde o presidente. Muito grato a todos. E agradecer aos nossos adeptos como é óbvio, porque se foi possível o que conseguimos no ano passado foi muito graças aos adeptos

20:12 05.09.2023

«Formação tem cada vez uma influência maior nos destinos do clube»

É para manter relação de proximidade com a formação?

"Completamente. A formação do Benfica tem cada vez uma influência maior nos destinos do clube. Faz parte do projeto termos um número de jogadores no plantel principal que saiam da formação. Agora mantemos 9 no plantel e não estão lá só para completar plantel. Jogadores com António, Florentino, Neves, etc que já se assumiram são jogadores que nos dão do ponto de vista desportivo dão muito ao clube. Traz-nos a mística, a vontade, o crer e é isto que também procuramos, que todos os anos consigamos ter um numero substancial no plantel. O número este ano agrada-me bastante e que seja para manter e sempre para subir"

20:10 05.09.2023

«O que se passou no Dragão não é a melhor forma de vender o campeonato nacional»

Surpreendido com coisas que vai vendo?

Mais do que surpreendido, preocupado. E num ano se é importante para os clubes por causa da Champions, não deixa de ser um ano também importante para aquilo que é também a discussão sobre direitos televisivos. Se estamos à procura de bom espetáculo para vendermos os direitos do nosso campeonato, teremos de mudar muita coisa no nosso futebol. O que se passou no Dragão não é a melhor forma de vender o campeonato nacional, iremos ter mais dificuldade em angariar valores necessários para os direitos televisivos. Da nossa parte iremos procurar fazer aquilo que nos compete, ser melhor que adversários dentro de campo e procurar que haja justiça, clareza e que situações como aquela deixem de existir

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20:10 05.09.2023

«Champions? Iremos lutar até à exaustão para chegar o mais longe possível»

Falou em ano duro: aponta baterias ao panorama interno?

Interno e internacional. Nós chegámos por dois anos consecutivos aos quartos-de-final da Champions, começando por aí sabemos o quanto é difícil chegarmos a uma final, mas reconhecendo essas dificuldades é nossa obrigação sermos ambiciosos e iremos lutar até à exaustão para chegar o mais longe possível. No ano passado chegámos aos 'quartos' mas ficou um amargo de boca porque acreditávamos que podíamos chegar mais longe. Não devemos em momento algum tirar os pés do chão e saber a dificuldade que é chegar a uma final da Liga dos Campeões, mas ao mesmo tempo não ambicionar para que seja possível um dia isso acontecer. Esse dia pode ser amanhã ou daqui a uns anos. É obrigatório no Benfica trabalhar-se para o melhor do clube e o melhor é também olhar para o panorama internacional. Em termos internos, partimos logo do princípio que revalidar um título é sempre mais difícil do que conquistá-lo, sabemos que somos o alvo a abater. E é um ano particular, de mudanças de Champions e a implicância que tem em sermos ou não campeões nacionais, é outra.

Se me pergunta se estou satisfeito com o que tenho visto nestas quatro jornadas, evidentemente não estou. Não vou estar aqui a pisar aquilo que já toda a gente viu e falou, iremos estar sempre alerta e vamos ser sempre um clube que procura que o campeonato se desenrole em campo e que quem ganhe seja o mais forte e é o que vamos procurar fazer, joguemos os minutos que joguemos

20:07 05.09.2023

«Não há jogadores a chegar sem o aval do treinador»

Qual é o grau de satisfação de Schmidt com os recursos humanos que tem à disposição?

"Só pode ser bom porque como disse tudo isto foi feito em consonância. Não há jogadores a chegar sem o aval do treinador, assim como não há pedidos do treinador sem a análise do nosso scouting. Como este trabalho foi feito em conjunto, ambas as partes estão evidentes porque planeámos em conjunto. Estou muito satisfeito, mas será o jogo, a bola, o campo, que nos irá dar razão. Ou não. Espero que sim"

20:05 05.09.2023

«O ano será duro, muito duro mesmo, mas acredito que estamos mais do que prontos»

Que balanço faz o plantel atual?

O que me deixa feliz a olhar para os números, é que entram dentro do plano que traçámos: a quantidade de portugueses, a quantidade de jogadores formados, a média de idades, o podermos olhar para o plantel e vermos jogadores experientes como o Otamendi, o Di María, o Rafa, o João Mário e ao mesmo tempo olharmos para o João Neves, o António. Estava tudo ponderado e está tudo conseguido. É evidente que o que vai ditar se isto está ou não bem feito é o campo mas acabando o mercado acabamos todos com a consciência de ter feito um plantel forte para o Benfica, que nos dá a esperança de poder lutar por todas as competições. Isso é o essencial. Há uma dinâmica que se tentou criar internamente: ponderar aquilo que necessitamos para o futebol. E o trabalho que desenvolvemos no ano passado e nos deu dois títulos, o campeonato e a Supertaça, estão a ser seguidos à risca, com um rigor muito grande para que nada falhe e consigamos ser melhores dentro de campo e conquistar cada vez. Dentro disso, acredito que este mercado é ótimo, com chegada de jogadores de nível internacional que vêm acrescentar muito à nossa equipa e essencialmente completar o que foi feito o ano passado. Darmos mais opções a um treinador que merece toda a credibilidade, que num ano ganha o título de campeão nacional e agora a Supertaça. Neste 8 ao 80 do nosso clube, entra também o nosso treinador, temos de confiar naquilo que ele acredita que consegue fazer desta equipa, naquilo que tem feito e dar-lhe todos os créditos porque é o nosso treinador e já deu provas de saber aquilo que está a fazer. O ano será duro, muito duro mesmo, mas acredito que estamos mais do que prontos

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20:03 05.09.2023

Explicação da ida ao mercado. Abordagem equilibrada?

"Essencialmente uma ida que torna-se equilibrada com a saída de Gonçalo [Ramos], como é óbvio. Mas foi uma ida na tentativa de equilibrar contas, sim, mas apontar muito àquilo que era a planificação da época em termos desportivos. E acho que isso foi completamente atingido. Mais do que olharmos para os números, é perceber se estes números são benéficos ou não para o Benfica. Acredito, e repito o que digo desde o início, estou satisfeito com o mercado. Trouxe-nos, a meu ver, mais-valias para o plantel, mais soluções e conseguimos faze-lo de forma equilibrada financeiramente. Penso que quando assim é, é muito positivo."

20:02 05.09.2023

«Cher Ndour? Fazemos tudo aquilo para manter os jogadores, sem nunca entrar em loucuras estapafúrdias»

Final de contrato e saída de Cher Ndour

O Cher é diferente, Estava no início da carreira dele, estava para renovar contrato. Negociámos bastante com ele e com os seus agentes, mas entendeu que o seu futuro não passava pelo Benfica e que iria à procura de outras soluções. Depois apareceu-lhe o PSG e assim fechou. É um jogador que até quisemos muito ficar com ele porque acreditamos no potencial dele, mas não posso de maneira nenhuma obrigar os jogadores a ficar no Benfica. Há pouco falei do João Neves, da renovação dele, mas não posso ter todos os jogadores iguais ao João Neves. Fazemos tudo aquilo que é possível para manter os jogadores que queremos dentro de casa, sem nunca entrar em loucuras estapafúrdias porque isso nunca iremos fazer. Não foi possível segurar o Cher essencialmente porque ele também quis ir para outro clube.

É a tal questão da paciência dos jogadores?

Muitas vezes prende-se com a questão da paciência. E há aqui um dado também importante: quando havia poucos jogadores da formação no plantel principal, curiosamente, havia mais paciência. Se calhar vou ser o primeiro ou o segundo. Hoje, em 25 jogadores do plantel temos 9 da formação, outro item da parte estratégica desportiva do clube. Representa 35% do plantel. O facto de termos tantos jogadores da formação no plantel principal pode parecer que todos têm que caber lá. E já disse mais do que uma vez que não é assim que funciona. Estará lá quem merece e quem quer estar. Portanto, muitas vezes tem a ver com paciência. Os jogadores têm menos paciência porque hoje também há uma oferta muito maior e eu respeito isso. Como há uma oferta muito maior, aparecendo outros clubes com outro poderio financeiro ou a dar naquele momento outras condições aos jogadores, muitas vezes vão pelo imediato e não pelo futuro. Depois são eles que têm que gerir a carreira deles, não somos nós.

20:00 05.09.2023

«Estávamos a fazer de tudo para manter Grimaldo no Benfica»

Saída de Grimaldo

Fizemos os possíveis para manter o Grimaldo dentro do plantel, sabendo da importância que tinha na equipa. Era um dos jogadores mais experientes dentro do clube, com mais anos de casa e tinha um papel fundamental dentro do campo. Estávamos a fazer de tudo para o manter no Benfica, não tínhamos completado ainda as negociações mas também tínhamos percebido, como o próprio justificou, que procurou respeitosamente outro desafio. Não deixou de nos representar até ao último dia com grande profissionalismo e dignidade. Nos últimos jogos, que foram essenciais para a conquista do título, o Grimaldo esteve a patamares altíssimos. Nada a dizer sobre isso, respeitando que quis e preferiu outras paragens, ter outra experiência. Temos que respeitar, ainda que com a pena de ter saído um jogador que queríamos manter.

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19:58 05.09.2023

Empréstimos de Paulo Bernardo, Tiago Dantas, Martim Neto e Henrique Araújo

Saídas por empréstimo de alguns nomes da formação: Paulo Bernardo, Tiago Dantas, Martim Neto e Henrique Araújo

Faz parte da estratégia. Quando me referi inicialmente da estratégia para estes anos, o empréstimo dos nossos jogadores da formação é mais um item. Aliás, procuraremos cada vez mais que estes empréstimos sejam feitos apenas com jogadores da nossa formação. Neste momento temos quatro emprestados: o Paulo, o Tiago, o Martim e o Henrique. Acreditamos ainda que possam vir a ser jogadores da equipa principal do Benfica e, portanto, não estarem parados no nosso clube sem ter a utilização devida para a evolução que precisam neste momento. Depositamos esperanças, vai tocar a eles mostrarem-se para podermos analisar se voltam ou não para o ano, mas isso já é algo que eles terão que mostrar em campo, não há outra forma de dizer isto. À medida do que fizemos com o Florentino, que é um caso emblemático daquilo que tem sido o empréstimo de jogadores da formação e que hoje tem a importância que tem no plantel principal. São quatro jogadores em quem confiamos muito ainda e vai tocar a eles mostrarem-nos que têm condições para voltar.

19:56 05.09.2023

«Na fase final do campeonato, sem jogar, o Lucas foi dos jogadores mais influentes do balneário»

Situação de Lucas Veríssimo

Acho que é mais fácil as pessoas perceberem. Esteve ano e meio parado no Benfica derivado àquela dramática lesão que lhe impede a continuidade da titularidade no Benfica e na selecção com perspectivas de ir ao Mundial. Depois de estar parado ano e meio era essencial poder estar numa outra situação que não de 4.º central no Benfica. A dupla titular é a mesma do ano passado, sempre que foi preciso mexer foi Morato a assumir esse papel, portanto o Lucas era praticamente o 4.º central da equipa. Não era legítimo nem para ele nem para nós condená-lo mais um ano a este estatuto. Decidimos o empréstimo dele ao Corinthians, voltou ao Brasil, ele também queria isso. Neste momento, já está a jogar e está a jogar bem. De referir que fizemos um empréstimo sem opção de compra precisamente para estudarmos todas as soluções no final do ano. Pretendemos que ele consiga recuperar a forma dele, que volte a ser feliz porque estava obviamente triste por não ser utilizado. Dar uma nota importante: naquela parte final do campeonato, em que foi preciso lutar muito para segurar o título, o Lucas sem ter utilização em campo foi dos jogadores mais influentes do balneário do Benfica. Esta nota positiva ao comportamento dele tenho que a fazer porque ele merece. Continua a fazer parte dos nossos quadros e no final do ano iremos avaliar o futuro do Lucas dentro do Benfica. Acima de tudo uma palavra de grande respeito e profissionalismo para este jogador, que se não tivesse tido aquele azar era com certeza hoje um dos titularíssimos do Benfica.

19:54 05.09.2023

«Apontando ao futuro do Schjelderup, seria inútil ele ficar cá»

Regresso de Schjelderup regressa ao clube de onde veio em janeiro.

É um jogador que sempre o disse, desde o dia em que o fomos buscar, a quem apontamos muito ao futuro. Não somos só nós porque meia Europa também o queria contratar. Tem 19 aninhos acabados de fazer. Como eu disse antes, na estratégia desportiva deste ano quisemos apetrechar muito a equipa de variadíssmas soluções, apontando muito a soluções prontas, já com maior ritmo. Se olharmos para a frente, para as 3 posições que jogam atrás do nosso avançado, iremos encontrar Di María, João Mário, Neres, Rafa, Fred [Aursnes], Gonçalo Guedes e ainda temos o Tiago Gouveia. Tínhamos excesso de jogadores nestas posições, o que lhe poderia causar um menor número de jogos e minutos do que ele terá que fazer nesta idade. Portanto, apontamos muito ao futuro deste jogador… Não esquecer também, quando olhamos para os nomes nestas 3 posições, Di María tem só 1 ano de contrato, Guedes tem só 1 ano de contrato e Rafa está no último ano de contrato. Portanto, logo aqui temos 3 jogadores, não sabemos se conseguimos ficar com eles ou não, mas neste preciso momento estão no seu último ano de contrato com o Benfica. Apontando ao futuro do Schjelderup, seria inútil ele ficar cá numa posição de jogar poucos minutos e procurámos então uma solução onde ele pudesse continuar a sua evolução para poder contar no próximo ano no Benfica. Dentro das soluções viáveis que tínhamos para o Schjelderup, uma delas era o regresso a casa, onde ele se sente bem e para onde preferiu ir, com uma vantagem financeira para o clube. A ida dele para o seu emblema anterior permite reduzir 2,5 M€ à sua transferência. Saímos todos bem desta fotografia. A transferência para o Nordsjaelland não é pelo facto dos 2,5 M€, porque ele tinha outras opções, mas conjugámos as coisas sempre com a vertente de que tem de jogar. Ficar aqui parado ia estagnar a evolução e desenvolvimento que terá de ter porque apontamos muitas baterias a este jogador e temos muita confiança naquilo que ele poderá fazer no futuro no nosso clube. Para isso era preciso dar-lhe ritmo este ano para poder fazer parte à séria do plantel do próximo ano. Este é o nosso objectivo inicial e é assim que estamos a planear a carreira interna do Schjelderup no nosso clube.

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19:53 05.09.2023

«Ele não estava em condições de ser o Gonçalo Ramos, ele próprio admitia isso»

É uma ideia romântica?

É uma ideia romântica achar que um jogador que tem um contrato para fazer aos valores que, calculo e imaginamos todos, ele teria para fazer no PSG que na cabeça dele tivesse a disponibilidade total para estar aqui mais uma semana ou 10 dias para afrontar uma final com todos os receios possíveis e imaginários. Desde o principio que se partiu para esta negociação, e ela até se arrastou durante algum tempo porque não conseguimos chegar, ou por outra, queríamos defender a todo o custo aquilo que eram os valores que queríamos encaixar na venda do Gonçalo, ela arrastou-se até bastante mais do que era inicialmente previsível. Mas posso garantir que na cabeça do Gonçalo já não estava o jogo da Supertaça, que foi preparado antecipadamente sem a presença do Gonçalo. É legítimo e normalíssimo que o jogador já não esteja cá com a cabeça e que não queira arriscar sobretudo nada. Acho que usou a expressão justa: é mais uma ideia romântica do que uma ideia real. E nós aqui temos que ser muito objetivos. Tínhamos uma final para jogar e tínhamos que ter em campo os jogadores que estariam completamente disponíveis mentalmente para jogar essa final. E não poderia pedir isso ao Gonçalo sabendo, ele próprio, os riscos que corria para jogar um jogo daquela dimensão. Aquilo que depois se altera aqui é a confiança que temos de ter ou não ter nos jogadores que temos em casa. E é aqui que toco na nossa vertente clube. Fazemos muitas vezes drama onde ele não existe. Lembro-me perfeitamente de no ano passado ter pedido publicamente para que não houvesse grandes euforias quando estávamos com 10 pontos de avanço. Assumo isto como benfiquista, não só como presidente, que este é um dos males do nosso clube. Somos muito positivos assim que alguma coisa está mal, mas também somos muito negativos assim que alguma coisa não nos corre como nós desejamos. Aquilo que apelo, quer como benfiquista quer como presidente, é que consigamos ter este meio termo, este equilíbrio, esta energia positiva. Parece que é sempre um drama quando acontece alguma coisa e parece que são coisas que só acontecem ao Benfica. Já temos muita gente a querer falar de nós, já temos muita gente a querer condenar-nos por tudo e por nada, que sejamos nós a proteger-nos a nós próprios. A situação do Gonçalo Ramos foi muito clara desde o primeiro minuto, quer para o clube, para quem o dirige, quer para o treinador, quer para o Gonçalo Ramos, Não se passou rigorosamente nada que nos afastasse ou tirasse o foco daquilo que era o jogo da Supertaça. Felizmente, ganhámos o jogo mas trabalhámos para esse felizmente e, já naquela altura, sem o Gonçalo Ramos porque ele não estaria em condições de o fazer. Não estaria em condições de dar o melhor contributo, o contributo que nós sabemos que ele sempre deu ao Benfica. Ainda para mais quando estamos a falar de um jogador tão generoso como o Gonçalo, sempre foi uma das suas principais características. Ele não estava em condições de ser o Gonçalo Ramos, ele próprio admitia isso. Portanto, não houve da nossa parte nenhum medo em enfrentar aquele jogo sem o Gonçalo Ramos, nem nenhuma forma de não aceitar que o negócio se desenrolasse por ele próprio.  Ainda bem que tudo acabou bem, mas mesmo que assim não fosse é importante esta nota para todos nós benfiquistas, este equilíbrio que temos de criar. Repare-se: veio o Di María e o Kökçü íamos ser campeões europeus; depois perdemos o Gonçalo afinal a coisa já não vai correr bem; depois perdemos o jogo no Bessa, da maneira como foi e que toda a gente assistiu. Portanto, foi um jogo que aconteceu… não que a nossa equipa não tivesse lutado para isso. Aliás, acabámos por perdê-lo porque estando empatado 2-2 a jogar com 10 quisemos ir à procura do terceiro golo e acabámos por sofrer. Fizemos de tudo para sair dali com os 3 pontos, mas dramatizamos muito assim que há um momento menos positivo. Percebo perfeitamente, sou benfiquista, conheço perfeitamente o clube, mas é essencial para o nosso clube criar este equilíbrio. Não estarmos demasiado optimistas porque fizemos um bom jogo, ter os pés bem assentes no chão, mas ao mesmo tempo não dramatizar assim que alguma coisa não corre bem. Puxei aqui o caso do Gonçalo porque foi onde senti muito este balanço, que na minha ótica, na minha forma de estar no futebol e na minha experiência futebolística não justificava tudo isto.

19:50 05.09.2023

Saída de Gonçalo Ramos: «Quando o jogador já está em posse da proposta do futuro clube, esqueçam...»

Não fiquei surpreendido porque nós não escolhemos os timings. Nem nós nem os jogadores. As propostas aparecem como nós fazemos as propostas aos outros jogadores. Quando vamos contratar um jogador não estou a olhar para o calendário para saber se ele vai ter um jogo importante ou não para o contratar. Decido que vou contratar o jogador e partimos para a negociação. É aquilo que acontece. Quanto ao Gonçalo, partindo já do princípio e como foi tão badalado que toda a gente o sabe, é um empréstimo com obrigação de compra que tem a ver com o fairplay financeiro do Paris Saint-Germain. A nós nada altera, o valor que queríamos encaixar com a venda do Gonçalo está lá todo. Portanto, a nós nada altera em termos financeiros, embora neste momento ainda seja considerado um empréstimo mas tem uma obrigatoriedade de compra. Em nada, repito, altera as nossas manobras financeiras. O facto de ser perto da Supertaça, como disse antes, ninguém escolhe timings para uma transação ou para o início de uma negociação. Evidentemente, quando ela partiu houve aqui uma tentativa inicial de tentar jogar isto para lá da Supertaça, mas a partir do momento em que a negociação está a correr e que o jogador em si já está em posse da proposta do futuro clube, esqueçam. Não vale a pena estar a contar mais com esse jogador. Diz-nos o futebol e diz-me toda a experiência que tenho no futebol que não vale a pena estar a contar mais com esse jogador.

19:45 05.09.2023

«Jogar na Premier League era um dos objetivos que o Vlachodimos tinha»

Não deixa de ser uma situação sensível, não vou varrer para debaixo do tapete, porque acabou por ser público. O Vlachodimos representou o Benfica durante cinco anos e merece da minha parte, e de todos os benfiquistas, o maior respeito. Depois do que aconteceu, depois de se perceber que poderia perder espaço na equipa, era da vontade do próprio criar-se uma solução. Isto nunca deixou de estar ponderado. A dois dias de acabar o mercado, na época passada, o Vlachodimos teve uma proposta do Ajax muito vantajosa para ele e nós não pudemos sequer olhar para a proposta, para a vontade do jogador ou para a nossa vontade, porque o mercado estava a fechar e não tínhamos uma solução.

A vinda do Trubin também precavia não só a concorrência na baliza, mas também uma possível saída do Vlachodimos. Chegou uma proposta do Nottingham, que era benéfica para o Benfica do ponto de vista financeiro, mas essencialmente para o jogador, já que era uma saída que lhe agradava. Jogar na Premier League era um dos objetivos que o jogador tinha. Numa conversa ponderada, pensámos que a melhor solução para ambas as partes era ceder a esta proposta e que o jogador fosse procurar outra experiência. O Vlachodimos sai como entrou, com a maior relação com o clube. Estaremos sempre gratos ao que Vlachodimos fez. Passou cinco anos quase sempre como titular. A vida de um jogador é assim, como é a vida do treinador ou de um dirigente. O ciclo de Vlachodimos no Benfica acabou neste momento. No coração dele e no coração dos benfiquistas vai continuar. Estará sempre grato ao Benfica assim como o Benfica estará sempre grato a ele. Chegamos à conclusão, entre todas as partes, que o ciclo dele tinha terminado e que as soluções para a baliza davam todas as garantias. Por isso não mexemos mais nesse setor. Temos o Samuel, que tem sido titular, e já disse o que tinha a dizer sobre o Trubin. São dois guarda-redes que nos merecem toda a confiança, não que o Vlachodimos não nos merecesse, antes pelo contrário, mas a vida de um jogador é isto mesmo. Considerámos todos que devíamos aproveitar esta proposta. Desejamos-lhe as melhores felicidades porque merece. Estou certo que este será sempre o clube do coração dele.

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19:40 05.09.2023

«Massa salarial? Não subiu um euro em comparação com o que tínhamos gasto no ano passado»

Situação de Jota na Arábia Saudita, saída de Seferovic e salários 'libertados'

Prefiro aguardar mais um mercado para perceber a dinâmica efectiva que o mercado árabe vai ter. O Jota, o Rafael Brito e o Seferovic são aspetos diversos da nossa estratégia para este mandato. O Jota foi uma venda. Acreditamos que teria um potencial de revenda e mantivemos uma percentagem, que acabou por ser benéfica para o Benfica.

Libertámos o Seferovic no último ano de contrato, não ganhando nada com a transferência, mas ganhando a parte salarial que tínhamos com ele. Quando procuramos diminuir estes ativos, sabíamos que não íamos ganhar dinheiro com alguns jogadores. Inclusivamente, iriam dar-nos menos valias e condicionar o exercício financeiro, mas era essencial por causa da tesouraria e pela manobra desportiva ao ficar com menos ativos. Estas saídas permitiram que alocássemos o dinheiro na equipa principal do Benfica. O que os adeptos querem é que gastemos dinheiro na equipa principal. A manobra financeira para contribuir para a desportiva foi esta. Ao contrário do que se possa pensar, todos os ativos do Benfica, representam o mesmo em termos de custos salariais em relação ao ano passado. Não subiu um euro em comparação com o que tínhamos gasto no ano passado, em termos de salários, precisamente porque condicionámos os empréstimos e os valores que despendíamos em jogadores que não estavam directamente ligados ao plantel. Puxámos esse dinheiro para dentro do plantel, criando mais-valias, podendo ter melhores jogadores com outros salários. Foi esta manobra financeira que permitiu ao Benfica não ter mais custos do que teve no ano passado. Permite ao Benfica ter plantéis mais fortes, mais capacidade e mais tranquilidade para as competições que nós temos.

19:37 05.09.2023

«Luís Semedo teve pouca paciência para esperar»

O Luís era júnior, jogador de equipa B. Entendeu que a proposta que o Benfica fez não era adequada para a continuidade dele. Ele tinha reticências no projeto futuro, se entraria na primeira equipa e teve pouca paciência para esperar. Apareceu uma proposta de Inglaterra, que entendeu ser melhor para ele. Iríamos perder o contrato e não podíamos fazer mais do que isso.

Saída de Rafael Brito

O Rafael esteve emprestado ao Marítimo. Foi pouco utilizado. Apareceu a oportunidade do Casa pia e entendemos fazer esta parceria, que temos feito com muitos atletas, e iremos promover cada vez mais. Não queremos cortar as pernas ao atletas, sobretudo aos da formação e que merecem todo o nosso carinho e respeito. A curto prazo, não sendo jogadores para a equipa principal e tendo estas oportunidades, procuraremos promover estas parcerias.

19:36 05.09.2023

Saídas de Gilberto e Ristic

[Gilberto] Teve uma proposta interessante em janeiro do ano passado. Naquela altura, preferimos não alterar o plantel e acabou por ficar. Perdeu espaço, até para Aursnes jogar pelo lado direito. Chegado ao fim do ano era vontade dele voltar ao Brasil. Apareceu-lhe uma proposta, que era vantajosa para o Benfica e para ele. Já estava com pouco espaço, menos do que ele desejava e menos do que queríamos dos nossos jogadores. Aceitámos a proposta.

À semelhança do Gilberto, podemos encaixar o Ristic. Estamos agradecidos. Foi sempre cumpridor das tarefas. Tendo pouco espaço e tendo uma proposta para ele, foi benéfico para ambas as partes. Ele quis ir para o Celta, irá encontrar espaço e permitiu-nos abrir o espaço para entrar o Bernat, que acreditamos ser uma mais-valia. O plantel não é só feito de 11 jogadores. Depois fazemos a medida de minutos de jogo de cada atleta. Os minutos de Ristic não justificavam a impossibilidade de fazer uma transferência vantajosa para ambas as partes.

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19:35 05.09.2023

«Trubin não estava inicialmente nos planos do Benfica, por acharmos que era quase inalcançável»

Kökçü é a contratação mais cara. É representativa da aposta e ambição europeia?

Todos os anos temos uma contratação mais cara. Não estamos a contabilizar isso. Contabilizamos apenas se podemos chegar a estes jogadores ou não e se os queremos ou não. Kökçü já está identificado há bastante tempo. Posso dizer que desde a saída do Enzo, se tivéssemos tido tempo de mercado ou se a operação do Enzo tivesse sido feita no início do mês de jogador, era o jogador escolhido por nós. Tem 22 anos, é extraordinário, leitura de jogo fenomenal. Ainda ontem recebeu o prémio de melhor jogador do campeonato holandês e, por isso, podemos chegar a estes valores, pois trará um grande aporte à nossa equipa como começa a demonstrar com o golo que fez ao Vitória de Guimarães. Já ninguém tem dúvidas deste valor. Não olhámos para o valor, mas se conseguiríamos chegar ou não a estes números. E uma vez que tínhamos condições e o alvo para esta posição era Kökçü e não hesitámos minimamente.

O Arthur Cabral já estava identificado desde os tempos do Basileia. Por curiosidade, o nosso treinador Roger Schmidt tentou levá-lo para o PSV. Estava identificado por ambas as partes. Jogador em que depositamos evidentemente grandes esperanças e onde temos de dar mais tempo de adaptação à nova realidade, mas estou convencido que vai ser um ponta-de-lança dos que precisamos no Benfica, que faça muitos golos e não tenho dúvidas que tem condições para fazer isso. E tem condições perfeitas para o nosso modelo de jogo.

A perda do Grimaldo obrigava a contratação de outro lateral. Foram identificados inúmeros laterais com a possibilidade de vir para o Benfica. O David [Jurásek] era um deles e em consonância com a equipa técnica considerámos que tinha perfil, idade, condição física para o nosso clube. É mais um jogador que vamos ter de ter paciência, de dar tempo para se adaptar ao futebol protuguês, à dimensão do Benfica. Não é fácil entrar na equipa do Benfica, sobretudo, depois do que a equipa fez a época passada, de ter sido campeã. Precisa do seu tempo de adaptação, mas não temos dúvidas do valor para reforçar a nossa equipa.

Sobre o Trubin. Sabia-se que íamos procurar mais um guarda-redes. O Trubin não estava inicialmente nos planos do Benfica, por acharmos que era quase inalcançável, até percebermos que tínhamos aqui uma janela de oportunidade para poder chegar a este guarda-redes que está referenciado pela Europa toda. Está referenciado por toda a Europa, tentámos antecipar essa manobra, de não deixar chegar ao final de contrato, que terminava no final da época. Era impensável ter o Trubin connosco se ele chegasse ao final do contrato. Havia clubes com maior dimensão financeira que a nossa com a possibilidade de lhe dar outros caminhos. O que fizemos foi antecipar essa manobra e conseguimos um guarda-redes que estou convencido que será um dos melhores da Europa nos próximos tempos.

19:34 05.09.2023

Situação de João Victor e saída de Weigl

João Victor

No ano passado foi emprestado por excesso de centrais. Chegou com uma lesão que lhe retirou espaço de manobra. Houve o aparecimento de Morato e António. Nesta fase em que os dois jovens apareceram, ele estava a recuperar de lesão e sem minutos. Na parte final dessa etapa, tínhamos um excesso de centrais, era preciso resolver. Em França fez muitos jogos a lateral-direito. Dá-nos essa possibilidade. Durante o ano, estou convencidíssimo de que serão criadas outras soluções. O João tem essas duas vertentes. Pode fazer o corredor direito e dá-nos mais uma opção para central.

Weigl

No futebol depende sempre de como quisermos analisar. As saídas justificam as entradas ou as entradas justificam as saídas. O Weigl estava emprestado, apareceu a oportunidade de ele continuar na Alemanha. Não ia fazer parte deste plantel. Lá para fevereiro apareceu a possibilidade de o Borussia M’Gladbach ficar com o jogador. Também havia vontade dele em continuar na Alemanha.

19:32 05.09.2023

Rui Costa explica chegada de Bernat e faz comparação com Jurásek

Têm perfis diferentes [Bernat e Jurásek]. Protegemos o lado esquerdo da defesa com dois jogadores de perfis diferentes, até na idade. Um é mais maduro e mais pronto para aquilo que se avizinha e outro para um futuro mais longo. Um vai ajudar o outro. Vai permitir-nos que o Jurásek cresça sem tanta responsabilidade de substituir o Grimaldo numa fase tão imediata. O Bernat era um jogador que sempre foi ponderado por nós. Sabíamos que podia sair do PSG e estávamos atentos. Consideramos que seja uma enorme mais-valia. É maduro, jogador com experiência internacional, de seleção, de Liga dos Campeões, e salvaguarda-nos mais uma posição no campo. No ano passado, as mudanças eram muitas e concentrámo-nos muito nos 11, 12 ou 13 jogadores para encarar a época como titulares. Nesta época, como não perdemos muito desses, focámo-nos na profundidade do plantel. Com estas entradas temos uma dimensão enorme em termos qualitativos. Serão 25, à medida do que sempre desejei no Benfica, capazes de defender o clube em todas as provas. É um plantel muito versátil naquilo que são as manobras que o nosso treinador possa querer aplicar na equipa.

Toda a gente considera que o Fredrik [Aursnes] está a jogar naquela posição por ser um tapa-buracos. Ele não é um tapa-buracos. Talvez seja o jogador mais versátil que eu conheço da atualidade do futebol. Tomara nós termos mais do que um Fredrik, que permite ao treinador várias funções dentro de campo, quer durante o jogo quer antes de o jogo iniciar. Se joga a lateral não é por falta de jogadores, mas sim por estratégia, pela mobilidade e interpretação que faz do jogo, que nos permite estar sempre salvaguardados com um jogador desta categoria, quer de qualidade quer de quantidade pelas posições que ocupa… e que ocupa bem. Nestes 25 jogadores, estamos apetrechados com muitas mais soluções do que no ano passado. No ano passado, neste dia, o António e o João Neves não tinham nascido. Com a vinda de jogadores como Kökçü, Bernat, Di María, Arthur, Jurásek e Trubin, estamos mais fortes do que no ano passado em termos de plantel.

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19:28 05.09.2023

A lesão de Guedes no dérbi: «Ainda ninguém percebeu como é que ele aguentou os últimos 15 minutos a jogar daquela maneira»

Ingresso de Gonçalo Guedes

É dentro da mesma linha. É uma vitória que temos tido: jogadores que passaram por aqui e ainda em condições de contribuir terem o prazer de jogar e ajudar o Benfica. Há pouco para explicar. Toda a gente sabe a enormidade de jogador que é. É da nossa formação, tem uma paixão imensa a jogar pelo nosso clube. Apesar das lesões, teve uma influência grande, dentro e fora de campo, na conquista do título. O Gonçalo está a recuperar de uma lesão no joelho, uma operação que teve de ser feita após o jogo com o Sporting em que ele, naquele lance que toda a gente viu, fez uma lesão que obriga a esta operação, mas ainda ninguém percebeu como é que ele aguentou os últimos 15 minutos a jogar daquela maneira. É ele que ganha a falta no 2-2 nesse jogo. É extraordinário pensar na força que este rapaz teve dentro de campo durante 15 minutos com um joelho que tinha de ser operado. Mostra muito da vontade e da crença que ele tem a jogar no Benfica. Tentamos a continuidade por aquilo que ele pode dar à equipa e ao plantel e por saber da vontade que ele tinha em representar o clube. É do Wolverhampton, é impossível chegarmos a valores que ele tinha lá fora. À semelhança do Di María, esta renovação do empréstimo passou muito por dizermos ‘só podemos pagar esta parte’ e nada foi regateado por ele. A vontade de ele continuar é muito clara. Nós acompanhámos toda esta recuperação, sabemos o patamar e as condições em que ele está. Pesava no nosso pedido de o pedirmos emprestado. Creio que no final do mês já estará a trabalhar com a equipa e que está a 100% disponível para contribuir para os nossos sucessos que é aquilo que todos esperamos.

19:25 05.09.2023

«Di María fechou contrato com o Benfica um mês antes de se apresentar na Luz»

Chegada de Di María

Queria focar-me em duas coisas: no prazer imenso que este jogador tem em representar o Benfica. Vou revelar aqui um segredo. O Di María fechou contrato com o Benfica um mês antes de se apresentar na Luz, pela grande vontade que teve de representar o Benfica. No ano passado esteve muito perto, mas apareceu a Juventus com valores que não podíamos atingir. Na cabeça de Di María havia ainda a vontade de experimentar o campeonato italiano. Foi por pouco que não veio para o Benfica. Este ano ele não quis ouvir mais nada a partir do momento em que soube que o Benfica ainda estava interessado em tê-lo cá. Ouviu-se muito sobre o que vinha Di María ganhar no Benfica e falou-se do que o Benfica estava ou não estava a investir. Isso não é justo para ele. Ele veio sem ultrapassar o teto salarial e sem prémio de assinatura como foi revelado. Cheguei a ouvir que vinha ganhar 10 M€ de prémio de assinatura e 5 M€ líquidos por um ano, o que faria uma transacção de 20 M€ para um ano, o que era de loucos. Veio apenas com um salário e que não ultrapassa o teto que temos para outros jogadores. Respeitei o estatuto do Di María para não o deixar abaixo do teto, mas não mais do que isso. O Di María não quis saber quanto era o teto salarial. Acreditou na minha palavra e acreditou que esses valores eram os máximos que podíamos oferecer. Nem sequer regateou um euro. A vinda dele é de ‘eu quero voltar a jogar no Benfica. Aquilo que me puderes dar é aquilo que irei receber’. Foi assim que ele veio e deve fazer-se jus à vontade que ele teve. Já se viu a alegria que este rapaz - neste momento já é um senhor - tem a jogar com a nossa camisola. Estou enormemente feliz com a vinda dele, principalmente depois de o ver a conquistar colegas e adeptos, ou reconquistar, ver que esta ligação não se perdeu e ver a alegria que tem em campo a representar o nosso clube

19:21 05.09.2023

«Foi fácil chegarmos aos alvos que pretendíamos»

Satisfeito com o mercado?

Estou muito satisfeito. Muito otimista, essencialmente, porque foram aquisições ponderadas, que não foram de recurso, que não foram sem se analisar os jogadores e em consonância com a nossa equipa técnica e a nossa equipa de prospeção liderada por Rui Pedro Braz. Foi fácil chegarmos aos alvos que pretendíamos, escolhendo os perfis dos jogadores, que já acompanhávamos há mais de um ano e que tenho a certeza que serão mais-valias para os clube nesta época e nas seguintes. Ainda que o Di María seja só uma época. Mas vamos ver, tenho esperança de o convencer a algo mais. O Bernat também é só uma época. Os restantes jogadores, são jogadores que tínhamos claramente identificados, eram alvos que seguíamos há muito tempo e consideramos que venham a melhorar substancialmente o nosso plantel.

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19:17 05.09.2023

Rui Costa explica renovações e assume: «A do João Neves foi a mais fácil que tive neste clube»

Renovações de Otamendi, João Neves, Tiago Gouveia e Tomás Araújo.

Completamente diferentes. Começo pelo nosso capitão. Parecia, e muita gente dava como perdida, a renovação do Otamendi, que afinal não foi de dificuldade elevada, principalmente pela vontade que ele teve em renovar pelo Benfica. Estamos a falar de um campeão do mundo, que tem um mercado elevado no futebol europeu, mas podia ser também um dos alvos do futebol árabe, pelo seu currículo e trajeto, mas desde a primeira hora que encetámos negociações que senti vontade dele continuar connosco. Ele encarnou o nosso clube, é o grande líder da equipa. E sempre senti prazer da parte dele de poder continuar este percurso connosco. É uma mais-valia para nós e ao mesmo tempo uma certeza do que temos no balneário, um jogador empenhado em ajudar o nosso clube. Relativamente ao Tomás Araújo e ao Tiago Gouveia são renovações normalíssimas de dois jogadores da formação nos quais depositamos imensas esperanças. Foram emprestados o ano passado a Estoril e Gil Vicente, tendo os dois feito épocas extraordinárias, onde se viu a evolução substancial que tiveram. Fazia parte da nossa estratégia para jogadores da formação que acreditamos que podem fazer parte da primeira equipa, mas que ainda precisam de dar um salto a mais, coloca-los como empréstimo para permitir esta evolução. Corresponderam, entraram para a pré-temporada ainda na expectativa de percebermos se estão prontos ou não estão prontos. E o facto é que estão aqui, renovados e a contar neste plantel. Relativamente ao Joãozinho, o nosso João Neves, o ano passado referi a forma como em termos contratuais estava no plantel principal. E foi a renovação mais fácil que tive neste clube. A única coisa que queria saber era quando renovava, por quantos anos renovava e quando seria o próximo jogo. Foi uma renovação muito fácil, de um menino que tem tido uma evolução extraordinária. Um dos jogadores que conta muito neste plantel. E nós orgulhosos disso, pois é mais um jogador da formação a afirmar-se plenamente na equipa principal.

19:13 05.09.2023

«Futebol português está longe de ser o alvo principal das equipas sauditas»

Impacto do aliciamento do mercado saudita em Portugal

Podemos ver por duas vertentes, a parte financeira dos clubes, a parte financeira que a Arábia pode trazer aos clubes europeus. E a parte desportiva, o risco que se corre do mercado com esta pujança poder retirar nomes influentes do futebol europeu, nomes que apetrecham as equipas e que dão visibilidade às competições como foi o caso de muitos jogadores. Aguardaria mais uma janela de mercado para ter certezas da estratégia da Arábia Saudita. O futebol português está longe de ser o alvo principal destas equipas, deste poderio financeiro. Temos de balancear entre o que representa o dinheiro saudita com a perda de jogadores que sejam influentes para dinamizar a Champions e os campeonatos de maior relevo. Neste momento, não é uma preocupação que temos de ter em Portugal. Mas vamos aguardar um pouco mais para perceber até que dimensão isto vai chegar e que danos e proveitos terá no futebol europeu.

19:12 05.09.2023

«Com a venda do Gonçalo impedimos a saída do Neres, do Morato, do Florentino, do Musa...»

Vendas de Enzo Fernández e Gonçalo Ramos? Por que não aconteceram outros negócios?

Evidentemente. Aqui posso separar essa questão em vários itens. A saída do Enzo já está mais do que falada. Este ano fizemos a venda do Gonçalo Ramos pelos valores que se conhecem – 65 milhões mais 15 milhões em objetivos -, transferência que pode chegar aos 80 milhões de euros. Eu bem sei que cada adepto do clube sofre com a saída de um jogador titular, jogador influente. Não sofre menos quem tem de fazer essa venda. O Gonçalo foi extraordinário a época passada, é um jogador da formação, fez a carreira que fez aqui, não muitos anos, mas o que fez, fez bem, pelo que nos custa muito perder um jogador como o Gonçalo. Todos os anos e todas as janelas se discute a saída de um ou outro jogador. Percebendo a tristeza do adepto perder um jogador titular tem de haver a convicção que não há clube em Portugal que possa manter as suas contas, pagar ordenados, sem a venda de jogadores. É quase inútil discutir isto todos os anos. Não se pode viver sem [vender]. Uma venda tem de ser feita. A venda do Gonçalo permitiu essencialmente que outros jogadores se mantivessem no plantel, jogadores importantíssimos, preferindo nós a venda mais cara. Com uma venda só impedimos com toda a certeza a saída do Neres, do Morato, do Florentino, do Musa, tivemos propostas para o António Silva, para o João Neves. Esta venda permitiu essencialmente apontar aos aspetos positivos, salvaguardando os financeiros, mas essencialmente na vertente desportiva. Caso contrário trocaríamos esta venda para fazer quatro, pelo mesmo valor. Dizem que vendemos o Enzo, não precisaríamos de outras vendas. Aquilo que é feito no ano transato, em termos de exercício de clube finaliza a 30 de junho. Nada tem a ver se tínhamos capacidade financeira. A venda do Gonçalo Ramos permite-nos poder chegar até ao final da época sem ter a obrigatoriedade de vender mais nenhum jogador. E foi esta estratégia que utilizámos. Leva-nos a não ter de fazer mais venda nenhuma para poder afrontar o ano e o exercício financeiro.

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19:08 05.09.2023

Benfica gastou de forma excessiva?

Depende de como quisermos analisar as situações. Inicialmente, porque veio o Di María, o Kökçü, veio o Jurásek foi dado como notícia que o Benfica estava a gastar de forma exagerada. Depois, saiu o Gonçalo Ramos e ficou a ideia que o Benfica afinal estava a desinvestir. É como cada adepto ou comentador quiser ver a situação. Desde o primeiro minuto do mercado tudo foi ponderado, equacionado e o que gastámos foi o que podíamos gastar e o que vendemos foi o que tivemos oportunidade de vender. Tivemos um balanço extremamente equilibrado, sempre com a vertente – e vou repetir sempre isto – de reforçar o nosso clube e a nossa equipa. É com essa consciência que chegámos ao final do mercado. E por isso digo que foi um mercado muito positivo.

19:06 05.09.2023

«Mercado muito positivo, que nos deixa numa condição privilegiada para lutar por todas as competições»

Análise global à estratégia do Benfica para tornar o plantel mais competitivo

A estratégia delineada é, efetivamente, seguir o que fizemos desde o ano passado, alimentar uma estratégia criada a quatro anos, o tempo do meu mandato, que visa essencialmente a parte desportiva. Reforçar de ano para ano as nossas equipas, neste caso a nossa equipa principal, baseando-nos naquilo que já tinha referido o ano passado, numa maior qualidade, num número mais reduzido de ativos do que tínhamos quando entrámos, privilegiando a parte desportiva e procurando todos os anos e mercados de transferências conseguir reforçar a equipa com elementos que consideramos essenciais para a equipa e que venham colmatar algumas debilidades que a equipa possa ter. Esta foi a estratégia tomada para este mercado, após um último mercado de verão em que tivemos de remodelar muito da equipa que iniciou a época passada. Este ano essa remodelação não era tão evidente, era dar continuidade e procurámos nas posições chave reforçar todos os setores. Evidentemente, balanceando com a estratégia financeira, salvaguardando o nosso clube desse ponto de vista. Acredito que foi um mercado muito positivo e que nos deixa numa condição privilegiada para lutar por todas as competições. Era isso que tínhamos como objetivo e é esse caminho que temos de seguir.

19:05 05.09.2023

Começa a entrevista!

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19:03 05.09.2023

Entrevista a Rui Costa, às 19h04

Rui Costa aborda hoje, numa entrevista à BTV, a atualidade do Benfica e do futebol português. Acompanhe aqui tudo em direto, a partir das 19h04.

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