Em menos de um mês, o Benfica vai ter sete jogos. A gestão que tem feito do Di María tem feito toda a diferença. Admite poupar o jogador, deixando-o de fora de alguns jogos para estar mais forte e apto para jogos decisivos, como por exemplo da Liga dos Campeões e para o Sporting. Explique-nos a roda no final do jogo no Mónaco. Foi uma mensagem para dentro ou para os adeptos?
"Vou começar pela roda. Nem foi uma mensagem para dentro nem para fora. No meu entender, o que se passou foi um ato de liderança. Terminou o jogo, cumprimentei o quarto árbitro, vou em direção ao meio-campo para cumprimentar o árbitro e senti realmente uma grande alegria e um sentimento de dever cumprido e o que eu fiz foi exatamente isso, elogiar pelo esforço da vitória, transmitir crença no processo, no trabalho, no treino e depois de visão: felizes por aquela vitória, mas há um futuro pela frente de sete ou oito jogos até ao final do ano que serão muito importantes para nós. Mais do que comunicar, foi um ato de liderança que senti que devia ter feito naquele momento. A nossa natureza tem de ser essa, ficámos felizes pela vitória, mas não podemos estar satisfeitos, principalmente quem treina o Benfica não pode ficar satifeito com isso. A nossa visão é mais, queremos mais, por isso é que tenho dito nos últimos tempos que o nosso objetivo no campeonato, com os jogos que temos pela frente até ao final do ano, é chegar ao 2.º lugar e reduzir distâncias para o 1.º lugar. Sobre a primeira pergunta, a gestão tem de ser de todos porque temos de ter esta visão e temos de ter os olhos na bola. A gestão é diária. O Di María não jogou no Bayern Munique para ser poupado para os jogos seguintes foi porque eu acreditei que aquela era a melhor estratégia e onze para aquele jogo. E é assim que eu vou decidindo. A cada momento, o rendimento dos jogadores, perceber como recuperam... porque nós não temos margem de erro nas competições que enfrentamos por isso a gestão tem de ser diária e o compromisso tem de ser o jogo de amanhã. E o jogo de amanhã é frente a um adversário muito competente, que gosta de ter a bola. Acabei de ver muitos jogos do Arouca agora com o Vasco [Seabra]. Vi o jogo com o Sp. Braga, em que o Sp. Braga faz um bom jogo e vence o Arouca, mas o Arouca também teve mais posse de bola. O Vasco já demonstrou no ano passado que é competente e que pode vencer as equipas grandes. O nosso jogo de amanhã é de Champions e a nossa visão amanhã tem de ser de jogar com qualidade durante os 90 minutos e vencer o jogo. Aproveito também para referir sobre a gestão do plantel. Penso que o único jogador que ainda não jogou connosco foi o Tiago [Gouveia], por lesão. Todos os outros já tiveram oportunidade de jogar."