Conselho de Arbitragem analisou 12 lances no programa 'Juízo Final' da Sport TV
VAR: Nuno, daqui VAR. Sugiro que venhas à zona de revisão por causa de uma falta na fase de ataque. O jogador quando passa por trás do defesa rasteira-o e impede-o de continuar na jogada e depois vai ganhar vantagem disso a disputar a bola.
Árbitro: Ok.
VAR: Aqui. Pára. Aqui é o contacto. Agora vou por o movimento e dar uma câmara aberta.
Árbitro: Ok.
VAR: Rasteira-o e impede-o que vá disputar o lance.
Árbitro: Estou totalmente de acordo contigo. Falta. Vou reverter a decisão.
Veredito de João Ferreira: "O trabalho do VAR está limpo de realização, ou seja, não se baseia na realização de quem está a ver em casa. Escolhem as imagens mais esclarecedoras e com essas tomam a sua decisão e mostram ao árbitro. Este depois pode ir pedindo novas imagens para ficar esclarecido. O Tiago ficou logo convencido que havia falta no lance corrido. [Eduardo Quaresma] Foi à procura do contacto. O jogador do Sporting rasteira de forma imprudente, comete infração e, mais do que isso, vai ganhar com ela, pois beneficia com o controlo de bola e o cruzamento para a área. Assim, [o VAR] optou por chamar o Nuno Almeida, e bem, para que o golo fosse anulado. (...) O VAR também não quer demorar e muitas vezes procura uma, duas, três imagens e não vai à procura daquela que convence melhor. O processo de treino é nesse sentido de escolher a melhor câmara."
VAR: Godinho! Peço-te que venhas à zona de revisão para veres um penálti. O jogador do Boavista pisa o jogador do Gil Vicente.
Árbitro: Posso ir ver descansado? Posso ir ver?
VAR: Godinho. Este é o momento do pisão. Dá imagens.
Árbitro: Tens outra câmara?
VAR: Tenho.
Árbitro: Esta mesmo. Ok. Toca a bola, pisa.. penálti. Não considero negligente. Vou dar amarelo.
VAR: É o 79. Eu concordo.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Estes lances são tremendamente ingratos para os árbitro. Muitas vezes é difícil detetar quem chega primeiro. O videoárbitro chamou e muito bem e o Luís analisou o lance, punindo técnica e disciplinarmente e muito bem."
VAR: Malheiro, aconselho-te a vires à zona de revisão para veres um penálti.
Árbitro: Já cá estou!
VAR: O defesa rasteira o adversário e fá-lo cair, na perna de apoio, a perna esquerda.
Árbitro: Tens isto em plano aberto para ver a dinâmica?
VAR: Vamos ver. Tens aí.
Árbitro: Mete a de topo. Esta não dá para ver nada. Isto parece-me muito fortuito. A queda...
VAR: O que eu vejo é que o pé derruba a perna do adversário.
Árbitro: Pois, há ali o contacto, claro.
VAR: Vê o que precisares de ver. Esclarece todas as tuas dúvidas.
Árbitro: Ok, vou marcar penálti sem cartão.
VAR: Ok, decisão correta.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Estamos a falar de uma fase embrionária do jogo e costumámos dizer que o jogo começa no primeiro apito e só termina quando se chega ao balneário. Com o dinanismo perceber que o jogador do Moreirense acaba por arrastar e rasteirar o adversário. Ele andou a tentar perceber o lance, ver que era no início do jogo... Voltou à decisão que era expectável, que era o penálti. Árbitro confiou no videoárbitro."
VAR: Daqui VAR. Quero que venhas à zona de revisão para um penálti. É sobre a linha.
Árbitro: Ok. Sim.
VAR: João este é o ponto de contacto. Vou-te dar para trás e para a frente para tu veres.
Árbitro: Ok, pisou ali. Tens outra câmara? Dá-me isto em velocidade real, por favor. Velocidade real. Ok, é penálti. Vou dar cartão amarelo.
VAR: Concordo, deixa-me só ver o número do jogador. Cartão amarelo n.º 15.
Árbitro: Ok, ok.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "As linhas que limitam uma certa área faz parte dessa mesma área. Entrada negligente, com a sola da bota no tornozelo do adversário em cima da linha. Não restou ao videoárbitro chamar o árbitro e depois de analisar o lance, perceber o contacto, que é falta e onde é a falta. Perante isto, o árbitro tem de mudar a sua decisão inicial e assinalar o penálti, que foi o que fez e bem."
VAR: Daqui VAR. Peço-te que venhas à zona de revisão para cancelar o golo. Cabeceia primeiro a luva do guarda-redes antes de cabecear a bola. O guarda-redes está preparado para agarrar.
Árbitro: Mostra-me outra vez. Mostra-me outra.
VAR: É a luva do guarda-redes que leva a bola para dentro.
Árbitro: Para mim é disputa de bola.
VAR: Tenho mais uma para veres.
Árbitro: Para mim é disputa de bola.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "A lei é clara nisto: quando o guarda-redes tem a bola na sua posse, nenhum adversário pode disputar. Aqui é diferente: está no ar, numa terra de ninguém. Felizmente, o árbitro com a sua serenidade e bom sendo validou o golo que tinha sido obtido."
VAR: Peço-te que venhas à zona de revisão. É no peito do pé.
Árbitro: Ok. Tranquilo. Diz-me Manuel.
VAR: Pára lá. É esta imagem. Este é o ponto de contacto.
Árbitro: Ok, estou a ver ali o peito do pé. Ok. Certo, agora dá-me a velocidade normal porque o local de contacto é assim... Outra vez, Manuel. Se faz favor. Manuel, para mim, é vermelho. Ele vai com muito e dá-lhe com os pitões. Vou manter.
VAR: Ok, siga!
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Alguns indicadores técnicos para ser cartão vermelho tem a ver com a intensidade, a energia, a perigosidade, com o uso de pitões, mas também o ponto de contacto. O que dizemos aos árbitro é que quando é na zona da bota, por cima, tendencialmente não queremos expulsões por isso. Mas este lance tem alguma energia, é diferente. Na nossa opinião, quando o árbitro vai ver estas imagens e ver que o ponto de contacto não é tão grave, ele tinha margem para mudar de vermelho para amarelo. Este lance está no limbo do claro e óbvio. Se não houvesse intervenção aceitaríamos o vermelho. Havendo intervenção, o árbitro tinha margem para mudar para o cartão amarelo."
VAR: Nuno, Nuno. Daqui VAR.
Árbitro: Diz Tiago.
VAR: Sugiro que venhas à zona de revisão para analisar uma conduta violenta. O Pepe é empurrado, depois tem uma reação e dá um soco na cara do defesa. Tem a mão fechada.
Árbitro: Certo, Tiago. Para mim não tenho dúvidas. A reação é desnecessária. Conduta violenta.
VAR: O Matheus Reis também empurrou o Pepe antes.
Árbitro: A conduta do Matheus Reis não considero amarelo. Ao passar põe lá as mãos. Põe lá para trás outra vez isso. Deixa, deixa... Ok!
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "O Pepe já tinha cartão amarelo, e os árbitros sabem que muitas vezes os adversários potenciam conflitos no sentido de provocar um segundo cartão amarelo ao adversário. O árbitro tinha clara noção disto, então de certa forma desprezou o contacto. O Tiago estava muito bem atento e detetou que este é um gesto deliberado, com o jogo parado, de mão fechada, o jogador fica a sangrar, o que significa que existe energia associada ao movimento. Não restou outra hipótese que não fosse chamar o Nuno Almeida para dar o cartão vermelho."
VAR: Sugiro que venhas à zona de revisão. É como tu dizes, mas ele depois fica sozinho na zona da área.
Árbitro: Então se é como eu digo...
VAR: Ele mete a mão e depois fica sozinho.
Árbitro: Mostra-me outro. Mostra-me outro, Luís. Estás a ouvir-me? Isto para mim não é suficiente. Para mim é golo.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Intervenção resulta por parte de uma queixa e da equipa que sofreu o golo. Há contacto, normal no futebol. Não é por isso que o jogador cai. Jogador deixa-se cair. Para anular o golo tem de ser algo evidente. Árbitro seguiu muito bem a sua linha dentro do jogo e manteve-a muito bem em validar o golo. Falta aqui energia, um claro empurrão. Uma mão nas costas, mas insuficiente para ser faltoso. Intervenção do videoárbitro devia ser evitada."
VAR: Daqui VAR, aconselho-te a vir à zona de revisão para ver uma falta.
Árbitro: Já cá estou! Quero isto bem para trás. No movimento da passada dela, ele está na corrida, o outro tem o pé, é totalmente acidental. É mesma perceção que eu tenho no relvado. Tens outra imagem ou esta é a melhor que tens?
VAR: Vou colocar outra..
Árbitro: Ok. Vou manter a decisão. Para mim é golo.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Neste campeonato temos tido um conjunto fértil de lances desta natureza aos quais chamamos de 'trocas pés', o jogador passa por trás, tropeçam e... temos marcado alguns penáltis e anulado alguns golos, não interessa. Neste lance, o atacante vai na perseguição da bola e de repente o defesa passa-lhe à frente e toca com o pé. Ação acidental dos dois jogadores. Anular um golo por isto é demasiado. Árbitro percebeu que era uma situação acidental e validou o golo, e muito bem."
VAR: Daqui VAR, Godinho. Aconselho-te a vir à zona de revisão para cancelar penálti.
Árbitro: Espera. Mostra. Estou cá. Ele joga a bola... Tens curtos?
VAR: O defesa joga a bola e depois há o contacto.
Árbitro: Ele joga a bola, não é?
VAR: O defesa joga a bola e o atacante pisa.
Árbitro: Ok, eu vi ao contrário. Falta atacante.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "Este lance é muito interessante em termos pedagógicos porque é múltiplo. Há um incidente antes, de possível mão, ele preocupa-se em dizer que não há nada, e quase naquele instante é obrigado a olhar para baixo e fica com a sensação de que é falta. Não resulta outra solução que não a intervenção do videoárbitro e assinalar falta do atacante."
VAR: Daqui VAR, Gustavo. Peço que venhas à zona de revisão para ver um vermelho por conduta violenta. O jogador não tem intenção de jogar a bola e atinge o adversário com o cotovelo. Tens aqui o ponto de contacto.
Árbitro: Não preciso de ver mais, vou tirar o amarelo ao jogador 85 e vou mostrar o vermelho.
O veredito de João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem: "O facto é muito evidente, o gesto do jogador e o braço armado. Há ali uma intenção, maldade e malícia. Perante estas imagens, não resultaria outra solução se não mudar o cartão amarelo para cartão vermelho. Intervenção do videoárbitro foi corretíssima."
"Falta aqui uma evidência forte, o jogador do Sporting joga a bola, claro que toca no defensor é um lance discutível mas para anular um golo tem de haver evidência maior. Parece-nos a nós que a melhor decisão deveria ter sido validar o golo", disse João Ferreira, vice-presidente do Conselho da Arbitragem, durante o programa 'Juízo Final'.
VAR: Nuno, sugiro que venhas à zona de revisão porque não há fora de jogo mas há uma falta na fase de ataque.
Árbitro: Na área?
VAR: Aqui, está?
Árbitro: Falta atacante..
VAR: Vou-te dar também do outro. O jogador não está em fora de jogo... Há esta falta antes.
Árbitro: Ou seja, não há fora de jogo, mas há uma falta antes... Ah, ok..
(Para os jogadores): Isso são maneiras de falar? Têm necessidade disto?
Boa noite! O Conselho de Arbitragem divulga esta quinta-feira, a partir das 19h30, no programa 'Juízo Final' da Sport TV, as comunicações áudio do VAR nos jogos da Liga Portugal Betclic. Aqui estarão todos os lances, as imagens e os vídeos das jogadas que serão analisados.
Em análise estarão, a título de exemplo, três lances do clássico entre Sporting e FC Porto, da 14.ª jornada da competição: os golos anulados a Viktor Gyökeres (45') e a Paulinho (90'+6) e ainda a expulsão de Pepe (51').
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