Armando Evangelista despede-se de Francisco Moura: «É alguém que todos aqui admiramos»

Cumprida a paragem para as seleções, o campeonato está de volta e, no caso do Famalicão, o regresso contempla uma receção ao Gil Vicente, em mais um dos muitos dérbis minhotos da Liga Betclic. Será o primeiro jogo depois do fecho do mercado em Portugal, onde Armando Evangelista acabou por perder Francisco Moura no derradeiro dia. Ainda assim, quem chegou para render o agora jogador do FC Porto dá totais garantias ao treinador. 

"A saída do [Francisco] Moura está colmatada com a chegada do Rafa [Soares], foi uma solução que nos deixou satisfeitos. O Rafa não é um desconhecido para o futebol português, tem muita experiência na 1ª Liga, um trajeto nas seleções... Quanto ao Moura desejo-lhe felicidades. Foi nosso capitão, defendeu as cores do Famalicão com muito orgulho e empenho até ao último minuto. É alguém que todos aqui admiramos. Desejo-lhe a maior sorte do mundo, menos quando defrontar o Famalicão", referiu Armando Evangelista, que comentou ainda a situação de Riccieli, que esteve sob forte cobiça nas últimas semanas mas acabou por continuar em Famalicão. 

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"À imagem de muitos outros jogadores nossos, o Riccieli foi cobiçado e é apreciado. As coisas não se concretizaram, continua integrado, continua a ser o nosso capitão, o profissional que sempre foi, sabendo nós que, como é obvio, estas situações mexem sempre com o psicológico. Mas, como profissional e grande homem que é, soube lidar com a situação da melhor a forma. E nós estamos cá para o apoiar", assegurou o treinador, fazendo depois uma análise ao mercado: "Não acredito que haja treinador no mundo que esteja totalmente satisfeito, se assim for é uma pessoa acomodada. Não sou acomodado, quero sempre mais, exijo sempre mais. Mas estou satisfeito com a forma como os jogadores têm trabalhado, pela forma como têm assimilado as ideias, isso sim, estou satisfeito." 

Sobre o jogo com o Gil Vicente, Armando Evangelista preferia que tivesse acontecido logo depois do desaire em Guimarães, na última jornada. "Face ao último jogo que fizemos e a alguma revolta que sentimos, porque merecíamos mais, jogar logo de seguida podia ser bom para nós para aproveitarmos um pouco dessa revolta", considerou, completando: "Uma paragem é sempre benéfico porque nos dá espaço para trabalhar. Poderia sê-lo mais se tivéssemos toda a gente aqui durante estas duas semanas, mas perdemos cinco jogadores para as seleções, o que condiciona sempre um bocadinho. Mas também nos abriu espaço e uma janela de oportunidade para vermos alguns sub-23, tirar ilações sobre o seu valor." 

O técnico dos minhotos foi expulso no jogo frente ao Vitória e não se poderá sentar no banco com o Gil Vicente. "Não vai ter reflexo nenhum. A preparação é feita durante a semana. Uma coisa é eu gostar de estar lá e de querer estar lá, para mim é importante, é o lugar onde me sinto confortável, mas tenho uma equipa técnica em que confio plenamente. Sabem o que têm fazer, como motivar, o que corrigir", vincou Armando Evangelista.

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Por José Miguel Machado
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