João Pedro Sousa vai à Luz "sem medo" e assume: «É um dos jogos mais importantes da época»

• Foto: José Coelho

É já na quarta eliminatória da Taça de Portugal que o Famalicão vai ter a primeira grande barreira até à meta do Jamor. Os minhotos deslocam-se à Luz, este sábado, para defrontar o Benfica, precisamente o emblema que impediu a equipa também aí liderada por João Pedro Sousa de alcançar a final da prova, em 2019/20.

Desta vez, o técnico quer um desfecho diferente, até porque em jogo está um dos grandes objetivos da temporada. "Já falhámos um objetivo e era um objetivo muito pessoal, que era a Taça da Liga. Tinha vontade de chegar a uma fase da competição a que o clube ainda não tinha chegado. Agora temos o segundo. Quando aceito da administração este desafio foi tendo a consciência de que podia acontecer isto à 3ª ou 4ª eliminatória, ter um jogo desta dimensão. Mas não estou nada assustado ou preocupado. O meu foco é perceber se conseguimos introduzir no jogo o que queremos. É um jogo importante nesse sentido", disse João Pedro Sousa, reiterando a ideia de que não há receio nenhum para este encontro.

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"Não temos medo. Tentamos jogar sempre bem na nossa forma de ver o jogo e até sabemos que corremos, por vezes, demasiados riscos, e percebemos que as coisas não estão a resultar. Acreditamos na nossa ideia, os jogadores acreditam, trabalham para correr bem durante o jogo. É isso que vamos fazer. Sabemos a forma como o Benfica tenta pressionar e defender, vamos tentar explorar alguns espaços, tentar condicionar algumas zonas do campo e pressionar Benfica com a bola. Onde o Benfica nos pode ferir é com a qualidade individual, capacidade coletiva que, em todos os jogos aparece. Em alguns jogos nota-se uma ou outra dificuldade, mas aparece. E quando aparece o coletivo torna-se uma equipa difícil de contrariar no corredor central. O espaço entre linhas tem muitos jogadores, tem jogadores rápidos, como o Rafa, com qualidade técnica acima da média, como Di María, João Mário, se não quebrarmos essas ligações, vamos ter dificuldades. Eles introduzem muitas variáveis, como a velocidade, a qualidade técnica, a finalização. Projetam os laterais e quando fechamos por dentro a bola pode entrar nos corredores laterais e aí sim podemos sofrer. Com bola, temos de ter cuidado com a forma como defendem e o momento em que o Benfica ganha a bola. São muito fortes em transição, têm jogadores criativos e com espaço são difíceis", apontou, antes de referir que, pese embora as dificuldades, esta partida vem em boa altura.

"Independentemente de ser final ou meia-final, é importante disputar estes jogos. Para nós até vem em altura boa, aliás, como frisei há umas semanas, a equipa precisa de competir, de treinar sobre a competição. Depois de melhorias em vários aspetos nos últimos jogos, este desafio forte, fora do nosso ambiente, é uma boa altura para testar esse tipo de comportamentos que já temos vindo a melhorar. É bom ser um jogo a eliminar, não há qualquer tipo de pensamento em deixar as coisas correr porque eventualmente até podemos trazer resultado positivo mesmo não sendo vitória. Temos de ir para este jogo com o nosso jogo e a nossa ideia e só com o objetivo de ganhar", frisou.

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Apesar de há quatro anos ter sido eliminado nos detalhes precisamente pelo Benfica, João Pedro Sousa não encontra paralelismo com esse encontro. "Não escondo que me recordo com saudade dessa meia-final, mas nada tem que ver com este jogo. São equipas diferentes. A eliminatória é diferente, o nosso clube é diferente para melhor, portanto em nada vamos relembrar esse joggo para transportar o que quer que seja para este. Se atuarmos com a mesma qualidade e com a mesma competência, perfeito. Mas teremos de o fazer de forma diferente", apontou.

Questionado sobre a oscilação de resultados do Benfica e sobre a vitória no dérbi com o Sporting, que afastou alguma contestação, João Pedro Sousa desvalorizou e assumiu esperar dificuldades. "Não surgindo vitórias, jogo após jogos, há pessoas a questionar pequenas coisas. Olhando até para nós proprios percebemos também nos que passamos pelos mesmos problemas. Jogadores que vieram reforçar o 11 ou surgiram lesões, ou não se adaptaram, plantel em determinadas posições curto, adversário que alteraram sistema tático. Também aconteceu connosco. Não vamos tirar vantagem porque o adversário está a pensar da mesma forma, há problemas, há jogadores que têm de se adaptar melhor, render mais, questões de lesões. Não é por aí, não me parece que essas situações vão condicionar", concluiu.

Por Pedro Morais
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