O acordo para que Iker Casillas continue a sua carreira ao serviço do FC Porto está em risco. O processo negocial sofreu um sério retrocesso nas últimas horas e, embora estejam em causa questões financeiras que ainda são ultrapassáveis, o facto é que a imprensa espanhola dá conta de um mal-estar profundo. Ao que tudo indica, o guarda-redes, através dos seus representantes, pretende que os vencimentos que tinha de auferir até final do contrato (24 milhões de euros) fossem ponderados em termos brutos. Isso iria permitir-lhe beneficiar de uma fiscalidade mais favorável em Portugal, amortizando parte dos 8,5 milhões de euros brutos dos quais prescindiu do seu salário para que este ficasse comportável para o FC Porto.
No entanto, o Real Madrid, que ainda terá de abonar 5,5 milhões de euros a Casillas como complemento ao seu vencimento na Invicta, entendeu discordar dessa solução e, entretanto, o assunto explodiu na comunicação social. As últimas informações davam conta de uma diferença de 4 milhões de euros que terá de ser ultrapassada antes de o Real Madrid partir para a Austrália, no próximo domingo, caso contrário o negócio com os dragões pode ser abortado.
O facto é que, ao longo da tarde de ontem, já tinha transparecido a ideia de que o cenário cor-de-rosa afinal podia ter alguns espinhos escondidos. O entendimento parecia perfeito, mas o facto é que o Real Madrid tardava em dar cariz oficial ao negócio, avançando então para a prometida cerimónia de homenagem ao jogador no Santiago Bernabéu.
A saída de Casillas é irreversível, mas sem a comparticipação do Real o FC Porto não tem dinheiro para lhe pagar. Esse é o ónus levantado por um bloqueio inesperado face ao que sucedeu nos últimos dias.
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