Jakub Kiwior aproveitou a concentração da seleção da Polónia para conceder uma entrevista ao portal polaco 'TVP Sport', onde abordou os primeiros tempos no Dragão e também a troca do Arsenal para o FC Porto.
"Não acho que tenha dado um passo atrás. O FC Porto tem muito em comum com o Arsenal, são grandes clubes, com grandes aspirações, adeptos fantásticos, estádios e história. Não foi difícil dizer adeus a Londres, tendo em conta quais eram as perspetivas desportivas", considerou o central, explicando depois o quanto valorizou a insistência de André Villas-Boas em contratá-lo.
"Quem me convenceu foi o FC Porto, com a sua determinação. A certa altura, contactavam-me todos os dias. Lutaram com todas as suas forças, vi que se importavam. Não desistiram e não desanimaram, apesar das muitas recusas do Arsenal. Perseguiram o seu objetivo e conseguiram-no. Vi que não desistiam, por isso achei que valia a pena ir por esse caminho. Tive muitas propostas, mas a certa altura apostei no FC Porto. E quando vi que o Janek Bednarek se tinha juntado a eles, disse a mim mesmo: 'Se der certo, vai ser ótimo'. E está a ser", acrescentou Kiwior, que não escondeu o entusiasmo com o que encontrou nos azuis e brancos.
"Estou positivamente surpreendido. Vindo do Arsenal, não podia haver um grande efeito 'uau', mas recentemente toda a equipa visitou o museu do clube, tivemos um encontro com lendas do FC Porto, vimos filmes do passado... Eu cheguei a um clube realmente grande, com enormes tradições. Recomendo a todos, ainda hoje se lembram bem dos polacos. O Józef Mlynarczyk, que em 1986 conquistou com eles a Taça dos Campeões Europeus, continua a ser uma lenda. Graças aos polacos que jogaram lá no passado, também é mais fácil para nós, e eles sabem que tipo de pessoas somos. Espero que continuemos assim e tenhamos sucesso. O objetivo é reconquistar o campeonato português, que o FC Porto ganhou pela última vez em 2022", assumiu Kiwior, explicando também que tem sido muito fácil adaptar-se às ideias de Farioli.
"Tivemos uma reunião, ele mostrou-me como quer que joguemos na defesa. Quando as negociações estavam em curso, mas tudo indicava um desfecho positivo, assisti a alguns jogos do FC Porto para saber o que me esperava. Integrei-me rapidamente na equipa. Às vezes, o treinador mostra um esquema no quadro e um jogador tem dificuldade em acreditar que será capaz de executá-lo em campo. Mas depois assiste ao vídeo e vê que é possível. O treinador dedica muito tempo à preparação tática, presta atenção aos pequenos detalhes", referiu.
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