Regressão nas relações com a FPF

PINTO da Costa está desiludido com Gilberto Madaíl. O presidente do FC Porto assumiu uma posição bastante crítica em relação à proposta do Sindicato de Jogadores para a redução do número de estrangeiros nas I e II Liga – de 6 actualmente para 4 inscritos na próxima época, podendo estar em campo apenas 2, e nova redução para metade em 2002/03 –, aprovada recentemente pela Assembleia Geral da FPF e que mereceu o apoio do presidente da FPF.

Em declarações ao jornal ”on-line” Desporto Digital, o líder portista não foi de meias palavras: ”O dr. Gilberto Madaíl vai ficar duplamente na história do futebol português. Primeiro positivamente pela conquista do Euro-2004, que sem a sua acção não teria sido possível conseguirmos. E vai fazer história por ter sido um dos coveiros do sucesso das equipas portuguesas nas provas da UEFA.”

A reacção de Pinto da Costa é o primeiro sério sinal da polémica em que se envolverá a questão: ”A FPF e as Associações que votaram a favor desta aberração vão ficar na história como tendo dado um grande contributo para que futebol português regrida.”

Actualmente, como, mais uma vez, ficou provado esta época, já é enorme a dificuldade que os clubes portugueses sentem para responder nas competições da UEFA contra adversários que beneficiam de completa abertura do mercado de jogadores.

Não admirará, por isso, que a limitação de estrangeiros provoque um aumento das dificuldades no futuro como prevê Pinto da Costa: ”Tal medida é colocar os clubes portugueses em posição de total desigualdade com os clubes estrangeiros. Vão assassinar a competitividade das equipas portuguesas. O valor das equipas será nivelado por baixo. No campeonato poderá não se notar porque todos vamos ficar mais fracos. Agora, quando formos para a Europa que não venha a Federação dizer que está preocupada com o ”ranking” do futebol português.”

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