Vítor Bruno lamentou o resultado da 4.ª jornada da Liga Europa, uma derrota ao cair do pano diante da Lazio (2-1), em Roma.
"Foi um FC Porto que entrou equilibrado, na 1.ª parte temos um lance de golo para abrir com um remate do Fábio. Mesmo na recarga, dá fora de jogo e não me parece. Há lances de transição que podíamos ter definido melhor para poder ficar na cara do golo. O adversário faz um golo num momento crítico e de bola parada. Na 2ª parte entrámos bem, com as mexidas injetámos outro tipo de dinâmicas e fazemos o golo numa jogada brilhante e depois, quando nada fazia prever, na fase final, acontece o que aconteceu. É importante não olhar de forma pouco responsável, porque não aconteceu só hoje, também já aconteceu com o Manchester, ficamos privados de três pontos nesses dois jogos, podíamos ter sete agora. Nada está acabado, temos quatro e estamos dentro da luta pela qualificação. Temos de crescer por cima dos erros, mas tem de ser em competição, não só no treino. É impossível, temos de dar todos uma resposta muito forte e fazer leituras imediatas durante o jogo, porque sei que temos uma vontade muito grande de ganhar. Precisamos de tomar boas decisões, mas perdemos o jogo, não há nada a fazer, está fechado. A agonia vai demorar umas horas, mas não há tempo para muito. É atacar já o seguinte porque é já no domingo e é muito importante." Gestão física dos jogadores, como vai ser feita?
Gestão física dos jogadores, como vai ser feita?
"Fica a mossa de quem perde um jogo e não está habituado, mas é algo que tem de demorar pouco tempo. A partir de amanhã começamos a preparar o jogo com o Benfica já em solo italiano, treinando cá e olhando para o jogo a talhar caminho. Temos de analisar o jogo, o que aconteceu para que não volte a acontecer e atacar o jogo com o Benfica. Em relação à preparação, já falei disso, creio que somos a única equipa de Portugal a jogar ao 3º dia. Para além disso, jogámos fora de casa, que implica mais uma viagem e ficarmos privados de mais uma unidade de treino de manhã. Mas isto é para quem vai de corpo inteiro e com alma. Isto é o traço do FC Porto, crescer na dificuldade, dar uma resposta melhor e já na Luz. Sei a revolta que está ali dentro no balneário, não só pelo resultado mas por tudo o que foi no jogo. A revolta é grande, é preciso chegar a domingo e perceber o que fizemos menos bem hoje e não passar por cima dos erros. Temos de atacar o jogo da melhor maneira."
Terá faltado aos jogadores alguma experiência para suster momento? Como ficam as contas do apuramento?
"As contas são claras. Estamos na 4ª jornada com quatro pontos, temos mais quatro jogos e 12 pontos em disputa. Dentro dos lugares de qualificação ao playoff. Temos de olhar para um jogo de cada vez, não interessa pensar muito à frente, interessa sim pensar no Benfica e depois no Anderlecht. Olharemos para esta prova, onde nada está fechado, está tudo em aberto. Este formato obriga a andar muito perto da perfeição e quem está melhor pode cair, assim como quem está pior pode crescer. O nosso objetivo é ganhar todos os jogos. Em relação à experiência e matreirice, são as dores de crescimento que eu falo muitas vezes, dos avanços e recuos. Não queremos vir atrás em cima de resultados negativos, mas não há outro caminho. Aconteceu no passado e hoje voltou a acontecer e temos de olhar para o momento. Temos de perceber o que o jogo está a pedir. Se calhar é este espírito de conquista que nos atraiçoou, porque se calhar naquele momento era preciso segurar um pouco de bola e não lançar transições em cima de jogadores que já tinham alguma fadiga acumulada. Partiram um pouco a equipa quando o jogo estava a acabar. Quisemos ser ambiciosos e fomos traídos por isso. É importante analisar e dizer verdades, sem fugir a nada, olho no olho e resolver problemas em cima de problemas. Temos de talhar caminho sobre competição. O adversário que se segue é o Benfica, na Luz, e vamos querer muito ganhar."
Por Rui Sousa. Roma. Itália