Candidato à presidência do FC Porto diz ao 'Tribuna Expresso' que o clube "não é dos seus sócios, é dos bancos e fornecedores"
"Uma péssima mensagem". É desta forma que André Villas-Boas - que será candidato à presidência do FC Porto já em 2024, tal como Record avançou ontem em primeira mão - avalia a questão dos prémios aos administradores dos azuis e brancos numa altura em que o clube vive uma grave situação financeira.
"O que deveria ter acontecido era a existência de ponderadores negativos, o que no panorama financeiro do clube do FC Porto retiraria todo e qualquer direito à premiação. O que me parece é que há ponderadores positivos que estão relacionados com a parte desportiva, que acabam por premiar os administradores quando o clube se encontra em ruína absoluta. O que é que acontece no FC Porto e que eu acho que tem levado à saturação das pessoas: há uma grande disparidade entre sucesso desportivo e desequilíbrio financeiro e isso corresponde especificamente à gestão da organização. O FC Porto tem gastos absurdos não só na sua massa salarial, mas também nos seus serviços externos, nos comissionamentos, na administração. Há uma série de poupanças que são evidentes e fáceis de fazer, havendo desejo para que as mesmas aconteçam. E acho que isso não aconteceu no caso desta administração. Mas, digo-vos sinceramente, o que mais me choca é a forma leviana e de bom tom e de cavaqueira com que se apresentam contas de 50 milhões de euros de prejuízo. Isso é grave e acho que é isso que leva à saturação atual porque não pode ser tão fácil e tão gozão apresentar umas contas destas. E é isso que leva à revolta das pessoas e a um desejo sentido de mudança. (...) Havendo a continuação de uma gestão destas no futuro entraremos em ponto de não retorno, porque os ativos do FC Porto estão hipotecados, o estádio está hipotecado. Portanto, o FC Porto neste momento não é dos seus sócios: é dos bancos, é dos fornecedores, é dos clientes. As receitas futuras estão cada vez mais antecipadas, o que por si só também é uma prevaricação com o futuro do FC Porto", afirmou Villas-Boas em entrevista ao 'Tribuna Expresso'.
Relacionadas
E prossegue, apontando o que, na sua opinião, deve ser mudado de imediato: "Falemos do que é intocável: a obrigação de ser campeão. O FC Porto não pode construir um modelo só dependente das receitas da UEFA e televisivas. Tem de arranjar um crescimento de marca, maneiras de criar valor e de se organizar internamente para que, um dia, se algum descalabro aconteça — particularmente uma não qualificação europeia —, o FC Porto possa sobreviver sem essas receitas. Estar, durante os últimos 20 anos, somente sustentado nas receitas da UEFA e nas vendas de jogadores ditou esta perda constante de valor até ao ponto quase de não retorno".
Pablo Rosario mereceu a preferência de Farioli para continuar em campo até ao fim do jogo com o Nottingham Forest
Primeiro desaire não surgia tão tarde há uma década. Treinador segue fiel à sua estratégia e confia em resposta positiva no imediato
FC Porto defronta Moreirense esta segunda-feira à noite
Lateral-esquerdo da equipa B enfrenta agora paragem para recuperação
Nunca uma equipa chegou à final da Libertadores depois de ter perdido a 1.ª mão das ‘meias’ por três golos
Estava desempregado desde 2024
Craques ficaram à conversa depois do Real Madrid-Juventus
Josko Gvardiol era pouco utilizado nos escalões de formação do Dínamo Zagreb e ponderou outras opções