Tiago Margarido e o "fortíssimo" Famalicão: «Ainda não perdeu fora de casa e só tem uma derrota no campeonato»

Tiago Margarido, treinador do Nacional

O Nacional já não perde na Liga Betclic há três jornadas, somando duas vitórias e um empate, tendo ainda averbado mais um triunfo na Taça de Portugal. Trata-se do melhor momento da equipa orientada por Tiago Margarido e, amanhã, a tarefa que o onze alvinegro terá pela frente não será fácil, pois o Famalicão é o atual quinto classificado e só perdeu uma vez, frente ao bicampeão Sporting.

“Fora de casa é um adversário que ainda não teve derrotas, será um opositor de extrema dificuldade, mas estamos preparados. Estamos a falar de um Famalicão fortíssimo, um projeto de excelência reconhecido por todos, que engloba jogadores de grande qualidade. Só tem uma derrota no campeonato e foi frente ao Sporting, é a segunda defesa menos batida da Liga e isso configura obviamente um teste de fogo. Um teste onde vamos desafiar o nosso nível atual. Acredito que será um grande jogo de futebol. Acredito que o Famalicão vai manter os seus padrões, trata-se de uma equipa que procura um jogo ligado na amplitude do terreno, com muita participação de extremos em largura máxima, com muito desenvolvimento em corredores laterais, através das triangulações de Gustavo Sá, do Sorriso, do Rodrigo, do Rafa, do Joujou e do Mathias Amorim. É uma equipa que conhecemos bem, joga bom futebol e acredito que será uma grande espetáculo. Foi para isso que nos preparámos também”, disse o técnico da equipa da Choupana, após ter dirigido mais uma sessão de trabalho à porta fechada.

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"O importante é vencer"

O treinador do onze alvinegro não liga ao facto de esta temporada os nacionalistas já terem perdido no seu relvado por três vezes. “Para nós é importante vencer, não para apagar qualquer tipo de estigma, pois isso não existe, é algo criado por narrativas feitas. Para nós o estigma que há é a qualidade e a evolução do nosso processo e esse estamos a consegui-lo. Isso será uma consequência. Obviamente que queremos muito ganhar, pois estamos a jogar em casa, perante os nossos adeptos. Queremos dar continuidade aos três jogos a pontuar na 1.ª Liga, o que é bastante difícil, mas esse sim, é o nosso foco”, afirmou.

Margarido admitiu que “o mais difícil na 1ª Liga é manter a consistência". Felizmente estamos num período com três jogos a pontuar e um encontro na Taça em que também vencemos. A equipa atravessa um bom momento, conseguimos perceber que o nosso processo está consolidado e agora o importante é manter essa consistência, num teste muito difícil. Mas temos plena convicção que a vamos manter.”

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Questionado se o adversário de amanhã poderá ser mais perigoso na segunda parte, como revelam as suas estatísticas, o treinador de 36 anos - que está na sua terceira temporada à frente do Nacional -, foi claro: “Nós temos os dados do Famalicão e temos de estar preparados, quer para a primeira parte, quer para a segunda. Queremos entrar forte, mas também queremos contrariar esse ascendente estatístico do Famalicão. É uma equipa que faz muitos golos de bola parada e preparámos muito esse momento. Conhecemos bem a equipa e preparámo-nos em função dela. A questão de serem mais fortes na segunda parte a nós não nos diz muito, pois sabemos que temos de ser muito mais fortes que o Famalicão na primeira e na segunda parte”.

Arbitragem

O presidente Rui Alves deu a entender nas declarações que fez, aquando da assinatura de uma parceria, que o seu emblema poderia ter sofrido com algumas decisões menos acertadas por parte da arbitragem e, com isso, somar menos pontos.

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“Tem havido de facto uma ou outra decisão de arbitragem que é questionável, considerando que são erros humanos, partilho um pouco da opinião do nosso presidente”, afirmou o líder dos homens da Choupana. Mas mostrou convicção que, no final da competição, a história poderá ser diferente: “Acredito que no final as contas serão equilibradas para todas as equipas, é o que eu quero acreditar. A verdade é que até ao momento temos sido um pouco prejudicados por uma ou outra decisão, mas não nos podemos focar nisso. Temos de nos concentrar naquilo que controlamos, nas nossas ações no jogo, nas minhas enquanto treinador e nas dos meus jogadores. É aí que gastamos toda a energia, com o foco no que temos de controlar. Quanto aos factos de arbitragem que disse, concordo, pois são factos, é verdade, mas o meu foco, o meu trabalho passa por controlar outras coisas.”

Satisfeito com o rendimento dos seus pupilos, Tiago Margarido acredita que a equipa ainda pode crescer. “Pode evoluir mais, tenho a certeza disso, mas já estamos num ponto de consolidação de um processo interessante e a prova é a consistência ao nível dos resultados e exibições que temos conseguido. Acredito que o caminho daqui para a frente ainda será mais risonho”, afirmou.

Depois abordou a ausência de dois defesas centrais, ambos por lesão: Ulisses Wilson e Ivanildo Fernandes: “É algo que me preocupa sim, estamos a precaver-nos quanto a possíveis substitutos caso exista algum imprevisto, isso também faz parte do nosso trabalho. Mas é óbvio que não ter dois centrais deixa-me preocupado”.

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Adeptos

O Estádio da Madeira costuma registar boas molduras humanas ao nível dos sócios nacionalistas, sendo esse facto, sem dúvida, uma mais valia para a equipa. Amanhã, o treinador espera um apoio incondicional dos apoiantes alvinegros: “Os nossos adeptos neste tipo de jogos, onde as equipas se pautam por equilíbrio, têm um peso muito grande, uma palavra a dizer no resultado final. Peço - e já não lhes peço alguma coisa há algum tempo - que o apoio seja imenso, pois acredito mesmo que poderão ser chave para o resultado final. Peço que compareçam em massa, que nos apoiem, mesmo num ou outro momento que a equipa não tenha uma boa ação, que nos puxem para cima. Os adeptos podem ser de facto o grande fator de desequilíbrio do que poderá ser o resultado final."

O Nacional, 10.º classificado, com 11 pontos, recebe no sábado o Famalicão, que é quinto, com 16, a partir das 15:30, no Estádio da Madeira, no Funchal, sob arbitragem de Cláudio Pereira, da associação de Aveiro.

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Por João Manuel Fernandes
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