Sotiris e o jogo com o E. Amadora: «Temos de olhar para eles como uma oportunidade»

• Foto: Luís Vieira/Movephoto

O Rio Ave vai, pelas 20h30 deste sábado, à Reboleira visitar o E. Amadora, num encontro entre duas equipas que acabaram de ser eliminadas da Taça de Portugal por clubes de escalões inferiores. Um desfecho que obriga os vilacondenses, segundo o técnico Sotiris Silaidopoulos, "a responder", utilizando o jogo com os tricolores como "uma oportunidade para demonstrar os princípios" que é necessário ter na 1ª Liga. 

"Precisamos de devolver uma resposta forte, sabemos que foi um mau jogo (frente ao Sintrense) e é preciso olhar para o Estrela como uma chance. Temos que demonstrar a disciplina tática que nos caracteriza, tal como fizemos com o Benfica, com o Famalicão e, agora, com o Tondela. A Taça de Portugal foi uma boa lição e precisamos de melhor, sem menosprezar o adversário", atirou o treinador grego, querendo regressar à "boa sequência" mental que vinha a evoluír no seu grupo: "Podemos utilizar um jogo como este de forma positiva, sendo consistentes a 100 por cento durante os 90 minutos. Estou a falar de mentalidade, tomar conta dos detalhes e ter disciplina, porque, em Portugal, o que temos visto é que todos os jogos são difíceis, portanto vamos pagar por todos os segundos que estivermos desconcentrados. Mas preparámos este jogo como preparamos qualquer um."

Ser eliminado de forma prematura da Taça aumenta a responsabilidade de vitórias no campeonato? "De uma forma sim, de outra, não. A pressão de ganhar existe em todos os jogos, é o que queremos e é a nossa motivação principal. Vem de dentro, não é externo e não depende das derrotas. A nossa equipa tem qualidade e é uma boa equipa para vencer qualquer e todos os jogos. É o que disse depois do jogo com o Benfica, não somos melhores por ganhar nem somos piores por perder, temos que nos valorizar todos os dias."

A Reboleira é um recinto tradicionalmente difícil. O que espera do Estrela? "Sei que é difícil, as pessoas dentro do clube já me passaram essa mensagem e eles próprios também perderam na Taça. Querem, com certeza, dar uma resposta, tal como nós. Têm um novo treinador, mas a equipa é a mesma, sabem atacar espaços. Mas estamos prontos para o que vier, sei que costumavam jogar sempre com cinco defesas mas têm jogado com quatro. Estamos preparados para os dois cenários e queremos regressar aos bons resultados."

A pausa internacional. "Tivemos um bom rendimento durante essa pausa, deu tempo para treinarmos. Estou satisfeito com os treinos, porque pudemos dar novos detalhes às nossas ideias táticas, como pressionar melhor e como reagir em alguns momentos do jogo. Foi, também, positivo para descansar os jogadores para a sequência de jogos que aí vêm, assim como descansar mentalmente da competitividade que existe. Isso é um grande problema para os jogadores, há apenas uma pequena pausa agora em novembro e outra em março. Temos que usar estes dias para descansar."

Gual e Zoabi marcaram na Taça, enquanto Spikic fez uma assistência. São alternativas válidas a Clayton? "Foi positivo ver estes jogadores a aproveitar a oportunidade, ver a qualidade que têm e, claro, os atacantes marcarem dá-lhes confiança. O mais importante é o que vejo no treino, estão a trabalhar muito bem. Podem responder e acho que podem ser boas alternativas, se precisarmos de mudar a linha do ataque."

Por João Albuquerque

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