Correr riscos mas sem exageros

Leonardo Jardim avisou e só não cumpriu (ainda...) porque o dérbi foi adiado. O treinador do Sporting prometeu entrada a matar e, por isso, elegeu um onze onde figuravam Montero e Slimani, as suas duas grandes referências de ataque, juntos de início pela primeira vez.

Este plano inédito visa garantir o tal poder de fogo anunciado por Leonardo Jardim na antevisão do clássico dos clássicos, ainda que Record saiba que a estratégia não passaria – nem passará hoje – pelo recurso a um 4x4x2 com o colombiano e o argelino lado a lado na frente. A tática passa, por outro lado, pela aposta no tradicional 4x3x3, ainda que com características distintas das normalmente apresentadas pelos verdes e brancos, no decurso desta época.

Neste cenário, Montero jogará mais recuado do que o habitual, entregando o papel de ponta-de-lança a Slimani. A alteração faria – e fará – André Martins deslocar-se da posição 10 para o lado direito do ataque, tal e qual um falso extremo capaz de garantir maior posse de bola ao invés da verticalidade normalmente oferecida por Capel, Carrillo ou Wilson Eduardo. O mesmo plano contemplava a entrada direta de Heldon no onze, apenas uma semana depois da sua contratação. O cabo-verdiano jogaria descaído sobre a esquerda, no apoio a Slimani, com maior liberdade para atacar do que André Martins. Nas costas deste trio, Montero. A posição não lhe é desconhecida e seria aproveitada para prender Fejsa e “prendê-lo” à dupla de centrais do Benfica, na tentativa de encostar a águia às cordas desde cedo.

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