Dimensões do São Luís perturbam visitantes

TODAS as épocas a questão regressa à actualidade sempre que o Sporting, FC Porto ou Benfica enfrentam o Farense no Algarve: o relvado do Estádio São Luís é mais estreito e mais curto do que a média dos outros campos das equipas da I Liga? Os números sustentam em parte esta impressão, agravada pelo facto de as bancadas caírem directamente sobre o relvado, provocando a ilusão de que o espaço é ainda mais acanhado do que é na realidade. Ou seja, a atmosfera ideal para o Farense neutralizar os opositores mais ofensivos.

A sensação de aperto já foi tantas vezes apontada por treinadores e jogadores que se tornou num dos pontos fortes do S. Luís. No entanto, as medidas exactas do relvado revelam que em comprimento ou em largura o campo está muito próximo da média nacional. E comparando com o Estádio José Alvalade, a diferença é mesmo ligeiríssima: o S. Luís tem 103 metros de comprimento, apenas menos dois do que Alvalade (105). E quanto à largura, a diferença é ainda menor: só um metro; dos 67 para os 68.

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É por este motivo que Paco Fortes, antigo treinador do Farense, sustenta que a vantagem situa-se apenas no campo psicológico. "O espaço é um conceito relativo, porque quanto mais rápido os jogadores forem, mais espaços livres descobrem. O que acontece é que em Faro as equipas já entram a pensar que estão apertadas e, afinal, a verdade é outra: o Farense luta é mais do que os adversários, porque o relvado é quase igual aos outros."

Manuel Balela tem a mesma opinião. Mas admite que a proximidade entre as bancadas e os relvados ajuda a acentuar "a sensação de aperto" e afasta os jogadores da linha lateral. "E aí lá se vão mais uns bons metros."

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