Paulinho e os problemas de adaptação na época de estreia: «Ninguém queria mostrar casas por causa da Covid-19»

• Foto: Sporting CP

No dia em que se despediu em lágrimas do Sporting e foi oficialmente apresentado como reforço do Toluca, Paulinho concedeu uma extensa entrevista à Sporting TV na qual passou diversos temas em revista. Nesta parte da conversa, o avançado de 31 anos elegeu o golo mais importante, falou sobre o mini sismo em Alvalade e explicou o dedo na cabeça na hora de festejar o golo, mas também revelou de quem irá sentir mais falta. Por outro lado, Paulinho abordou ainda a mudança para Lisboa e os fatores que acabaram por prejudicar a adaptação na época de estreia. "Ninguém queria mostrar casas por causa da Covid-19", explica.

Grande assistência ou grande golo? [Fala do golo do título em 2020/21]

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"Depende do jogo... Um grande golo é um grande golo. Mas se uma assistência for para um golo do campeonato, acredito que o Nuno Santos prefira isso a um golo. Mas acredito que tenha gostado mais do seu golo de letra. O meu golo ideal? De pé esquerdo, claramente. Se for de direito, é Deus que está lá a ajudar-me, claramente."

Festejo com dedo na cabeça

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"Surgiu numa fase difícil, no Gil Vicente. Surgiu no sentido de termos de ser fortes psicologicamente. Ficou... Os jogadores da formação podem imitar à vontade. E que possam levar para a vida deles, é sinal que é eterno. É bom ver, é sinal que inspirei alguém."

Melhor golo

"Contra o Besiktas, lá e cá, para a Champions."

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Golo frente ao Vizela... e o mini sismo

"Sentimos o vibrar do estádio. Foi sinal que estávamos todos felizes"

Golo mais importante

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"O do título de 2020/21. Foi o mais importante da minha carreira. E foi de pé direito! Foi um virar de página, que espero que continue por muitos anos. O golo? A bola entrou na profundidade e o Nuno cruza muito bem - dos melhores que temos. Pensei: vou deixar-me em fora de jogo, para quando a bola entrar estar à frente dos defesas. Foi uma descarga e uma emoção muito grande. Nesse jogo, um segundo parecia uma hora..."

Época difícil?

"Eu cheguei e fiquei num hotel cerca de dois meses, porque ninguém queria mostrar casas por causa da Covid-19. Não consegui trazer a minha família, não podia ir a lado nenhum. Era treino-casa e casa-treino. O facto de termos um bom grupo, ajudou-nos. Foi um bocadinho deprimente jogarmos com os estádios vazios. Mesmo nos jogos fora, era incrível as receções que tínhamos."

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Jogo mais marcante dessa época

"Em casa do Rio Ave, onde ganhámos 2-0. Sentimos que já estava, que nem que tivéssemos de morrer em campo com o Boavista. Também o 1-0 ao Benfica, com o golo do Matheus, no dia em que cheguei. Também tivemos muitos golos aos 90, como em Barcelos, com dois golos do Seba, o 2-2 à BSAD nos últimos momentos [permitiu ir a Braga sem a hipótese de perder a liderança."

Taças

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"Estou um bocadinho frustrado por não ter aqui uma Taça de Portugal"

2021/22

"Acreditava bastante que íamos ser campeões. Posso dizer que quando ganhámos a Allianz Cup nesse ano, fomos todos sair à noite com o fato de treino do Sporting."

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De quem vai sentir mais falta

"Do Paulinho. No primeiro dia, tratou-me por senhor Paulo. Eu já lhe disse que ele é o único Paulinho. O maior Paulinho do Sporting. Vou sentir falta de muita gente, do Esgaio, do Seba, do Nuno, do Pote, do Neto, do Antonio [Adán], malta com quem estou há muito tempo... Do Quaresma... Mas se puderem cortar esta parte. Fica com muito moral... Do Bragança. A nossa amizade cresceu muito nos últimos dois anos. O Morten é muito bem disposto, o Geny é muito engraçado, o Franco, o Trincão... É injusto dizer nomes. Vou sentir saudades de toda a gente. Menos falta? Ninguém. Eu é que os chateio. Vão sentir saudades minhas, mas também aliviados, porque eu também sou chato. Vou dizer o Morten, para ele não ficar com muito moral. Até já marcou à Inglaterra..."

Por Record
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