Presidente do Sporting abordou a atualidade e futuro dos leões
Frederico Varandas concedeu uma entrevista ao Canal 11 onde falou da atualidade e futuro do Sporting. O presidente leonino explicou que já na próxima época quer um "plantel composto por entre um terço a metade dos jogadores formados no Sporting", elogiou Rúben Amorim e jovens como Matheus Nunes ou Tiago Tomás.
O líder verde e branco falou nas saídas de dois membros da direção, no diferendo com o Sp. Braga por causa de Battaglia e das rescisões/acordos após o ataque de Alcochete. E apelou à redução de equipas na Liga NOS.
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Miguel Quaresma foi fulcral na forma como pensou o modelo centrado no jogador. Ele e João Couto fizeram um trabalho espetacular. Tenho várias reuniões de trabalho semanalmente e observava que os treinadores do Sporting na formação tinham contrato de ano a ano. As pessoas olhavam para os títulos, se não éramos campeões os treinadores não prestavam. Vai embora. O treinador sente uma pressão enorme para ter sucesso imediato. Olhemos para o Cristiano Ronaldo, o melhor jogador que o Sporting formou até hoje. Quantos títulos ganhou na formação? Nenhum. É isto o que o Sporting tem de fazer. É o que a Academia tem de fazer. O objetivo do cozinheiro, do senhor que abre a cancela, de toda a gente na Academia é ver um jogador a chegar à equipa principal como foi o caso do Thierry Correia. Fez uma pré-época e foi vendido por 12 milhões de euros. Todo o funcionário da Academia tem de estar realizado por ele. Conciliar com títulos? Maravilha. Mas o objetivo é formar jogadores." Formação
Formação
Formação
Plantel 2020/21 Matheus Pereira
Plantel 2020/21
Matheus Pereira
Plantel 2020/21
Matheus Pereira
Acuña
Acuña
Acuña
Palhinha
Palhinha
Palhinha
Mathieu Cédric e Wilson Eduardo Adrien e João Mário
Mathieu
Cédric e Wilson Eduardo
Adrien e João Mário
Mathieu
Cédric e Wilson Eduardo
Adrien e João Mário
Jesé e Bolasie
"Um Tiago Tomás estava preparado para ser titular do Sporting, ou para ajudar a equipa [no início da época]? Por exemplo. Tínhamos de ter jogadores para completar o plantel… Não há milagres. Eu não tinha estes miúdos. Se tivéssemos estes miúdos de 19 anos a chegar eu autopenalizava-me. O empréstimo é um sistema que não me agrada nem nunca me agradou. Fi-lo por necessidade. Não podemos esquecer o passado. Preparámo-nos no mercado para vender o nosso principal ativo que era o Bruno Fernandes por valores que acabámos por vender. Não conseguimos vender em agosto. Tínhamos obrigações financeiras que não podíamos incumprir e não o fizemos." Rúben Semedo no Benfica?
Rúben Semedo no Benfica?
Rúben Semedo no Benfica?
Rafael Leão
Rafael Leão
Rafael Leão
Modalidades
Modalidades
"Tem de haver a palavra ‘adaptação’ e não cortes. Irão sobreviver os que se adaptarem melhor à nova realidade. Não tenho duvida nenhuma que quando vemos o PIB que o FMI projeta, as empresas e famílias irão ressentir-se. Provavelmente os clubes também. Neste momento, não temos sequer o orçamento da equipa de futebol na próxima época, na SAD. No clube será igual. Nem sei como é que vão ser as modalidades de pavilhão. Vamos poder jogar em setembro? Num pavilhão indoor? Não faço ideia. Há algo que qualquer sportinguista entenderia se eu dissesse o seguinte. O Adrien é da formação e o motor do Sporting que é o futebol… estamos a fazê-lo e temos de o fazer, apostar na formação.. O foco das modalidades tem de ser a formação. Tem de ser obrigatório. Não há hipótese de contratar só craques. Ou os nossos rivais também vão por este caminho ou ninguém se aguenta. Da nossa casa sabemos nós. O histórico das modalidades de há muitos anos era a formação, eu fui atleta de modalidades amadoras. Não nos podemos esquecer. É possível ser campeão so com a formação? É impossível. Nas modalidades dizemos que os objetivos das modalidades é a disputa de títulos. Temos grandes treinadores que vão ter um desafio. À imagem do futebol, a base tem de ser a formação." Equipa B
Equipa B
"Vamos tê-la já este ano. Ainda não é oficial. Ainda não está consumado, apesar de já ter tido uma conversa com o presidente Fernando Gomes. Tínhamos planeado o regresso da equipa B em 2021/22. Mais uma vez, é fácil destruir mas construir é difícil. A equipa B é fundamental no processo da formação que é a última etapa. O treinador ainda não temos. Tem de ser completamente alinhado com o treinador da equipa A. Eu quero que o Rúben Amorim tenha uma palavra nessa escolha. A equipa B à imagem do que são as outras equipas da formação, o objetivo número um é formar jogadores.
Campo? Temos tudo em cima do joelho. Agora imaginem se não tivéssemos mudados dois campos relvados, um sintético… Têm de treinar. Acordo com algum clube? Vamos ver. Estávamos preparados para ter a equipa no ano seguinte. A pandemia e a reestruturação da 3.ª Liga abriu a porta e tem de ser agora. Tem uma agravante que é o covid-19. Temos de o fazer agora. São várias medidas em cima do joelho. Nas próximas semanas teremos novidades." Tiago Tomás Formação e jovens no plantel
Tiago Tomás
Formação e jovens no plantel
Tiago Tomás
"Investir na Academia não é só mudar os relvados. Diretor de recrutamento, de unidade de performance, de scouting, de departamento clínico mudaram todos. Mudámos estes recursos humanos e vimos o que tínhamos em termos de formação. Tínhamos uma equipa de sub-23, uma equipa B que desceu de divisão e foi desativada. Um erro crasso. Na equipa sub-23 tínhamos Marcos Túlios, Paulinhos, jogadores com 22 anos e 23, ordenados pesados, que rendimento deram? Agora temos miúdos com talento. Fizemos um grupo de elite que idade têm? 15 e 16 anos. Podiam ajudar a equipa principal? É difícil. Então o que é que vamos fazer? Portanto, são juvenis e para o ano vão estar nos sub-23. O Tiago Tomás, o Eduardo Quaresma, o Nuno Mendes estão na equipa principal. Vamos chegar lá. Temos hoje um modelo de evolução centrado no jogador. Há um grupo de elite identificado, seja sub-13, sub-15 e sub-17. Estão catalogados como grupo de elite. Todo o staff, desde os recursos humanos, do pessoal da nutrição sabem quem são eles no grupo de elite. O objetivo é chegar à equipa principal. O Matheus Nunes foi contratado por nós em janeiro de 2019 e estava no Estoril B. Preparámos os miúdos e mesmo agora não é fácil, porque esses miúdos têm 17 anos.
No mercado de verão, o Sporting tinha capacidade para ir buscar jogadores de 12 milhões, de 10? Como FC Porto e Benfica fizeram? Não. Temos de ter um plantel composto por entre um terço a metade dos jogadores formados no Sporting. Isso vai verificar-se já no próximo ano. É uma das grandes apostas e eu posso ter uma visão e uma estratégia e esta é talvez a maior dificuldade de toda a máquina chamada treinador."
Rúben Amorim
"A minha visão de quem trabalhou com N treinadores, há uma peça fundamental que é o treinador. Hoje o treinador está altamente valorizado, não é só o jogador. Basta olhar para um Paulo Fonseca, Jesus, Jardim, Vítor Pereira, Villas-Boas… Há um pormenor muito importante que é o vencimento. É hoje muito difícil atrair um grande treinador português. Sei isso por experiencia própria.
Há dois treinadores que estão lá em cima depois de tudo o que eu tinha trabalhado até hoje: são Leonardo Jardim e Jorge Jesus. Hoje, posso dizer isto aqui sem dúvida alguma, o treinador do Sporting dificilmente em três a quatro anos não estará nos melhores clubes europeus. Não tenho a menor dúvida. Leonardo Jardim não conseguiu títulos e foi. Rúben Amorim com metodologia de treino, a liderança, o não ter medo de apostar na Juventude…
Em relação ao valor, eu vou dar um exemplo. O Sporting tem tem 50 por cento do passe de Matheus Nunes e pagou 500 mil euros por essa parte. Tem a hipótese de comprar mais 50 por cento por outros 500 mil euros. Temos todo interesse em comprar. Ele custou 500 mil. Do que eu já vi do Matheus Nunes, como está a treinar hoje com os colegas com Battaglia, Doumbia, Vietto… Não tenho dúvidas nenhumas que vai pagar o Rúben Amorim. Só ele vai pagar o Rúben Amorim. Eu, para acertar no treinador, tem de ser competente e completamente em sintonia com a aposta nos jovens."
Documento ‘regresso ao futuro’
"O que está no documento segue um plano estratégico mas está em execução desde setembro de 2018. Isso é importante. Porquê agora fazer este ponto de situação? Primeiro, queremos diminuir a assimetria de informação que existe entre clube e sócio. Esta pandemia criou-nos mais essa vontade. Obviamente, se sair de presidente e for para a posição de sócio, vejo todos estes cenários de que se fala, o CEO da Bundesliga a dizer que só daqui por dois anos é que o mercado vai normalizar. Provavelmente as gameboxes serão só vendidas a um quinto no próximo ano. O que é que isto vai comprometer? Quisemos fazer um ponto de situação de como estávamos e o que foi feito. É muito injusto quando uma equipa chega a um local e tem de gastar boa parte dos seus recursos em resultados invisíveis à maioria dos sócios. Muito do que foi feito foi o trabalho de alicerces. Hoje estou muito mais feliz. Reduzir custos foi um desafio, foi duro? Foi. Resolvemos o empréstimo obrigacionista, o problema de tesouraria. Conseguimos cumprir o fair-play financeiro. Conseguimos no meio disto vencer dois títulos no futebol. Conseguimos ainda vencer oito títulos europeus nas modalidades. Isto tudo em 20 meses."
"Chegamos em setembro de 2018. Significa que tivemos de fazer uma medida no passivo face ao momento de tesouraria extremamente difícil e tendo o incumprimento do fair-play financeiro à porta, tivemos de aumentar propositadamente o passivo com a operação da titularização do contrato da NOS. Aumentamos transitoriamente o passivo numa medida de sobrevivência. Faz parte da estratégia. A partir daí, em três trimestres seguidos, reduzimos o passivo. À data de hoje, apresentamos cerca de 304 milhões de euros de passivo, um valor já inferior ao passivo de 2016/17. Estamos a reduzi-lo de forma consistente até à pandemia. Agora temos um problema chamado covid-19 que mexe com o Sporting e com todos os clubes. Isto foi delineado. Sofre a competitividade e sabemos que o segundo ano do mandato era o mais duro porque foi o ano em que tivemos de perder os ativos desportivos que valiam mais e não tínhamos os ativos da formação ainda prontos para integrar no plantel. Agora temos." Proximidade com Vieira e Pinto da Costa
Proximidade com Vieira e Pinto da Costa
"Nessa reunião, falo em nome do Sporting mas também em nome do Benfica, do FC Porto e do futebol português. O papel fundamental que a FPF teve também. Tivemos uma reunião primeiramente em videoconferência onde nada se soube. Os três presidentes estiveram presentes com Fernando Gomes e Tiago Craveiro, em que expusemos as nossas preocupações do futebol português, produto e exportador de talento. A principal linha de receita vem de venda de jogadores. Fernando Gomes ouviu-nos e disse que seria de chegar ao primeiro-ministro. Tinhamos pedidos de todos os clubes da Primeira Liga para nos juntarmos e defendermos o futebol português. Foi o que fizemos. Passado uma passado, o presidente da FPF informa-nos que íriamos com ele e Tiago Craveiro ao primeiro-ministro onde estariam outros ministros. Foi pelos vistos um momento histórico. Infelizmente é um momento histórico e digo infelizmente por uma razão. Eu não tenho de ser amigo do presidente do FC Porto e do Benfica. Muito menos podemos esquecer as rivalidades, elas fazem parte do futebol. Do ponto de vista da industria, é uma loucura Benfica, Sporting e FC Porto não estarem alinhados, pelo menos 80% da visão do futebol português. Não estou a falar de rivalidade nem processos na justiça. Falo do ponto de vista empresarial e da indústria. Nenhuma indústria se não houver alinhamento na base… Houve uma necessidade. Aqui os clubes sentiram-se com as suas receitas completamente cativadas. E agora? O que posso dizer é que realmente o que levou Sporting, Benfica e FC Porto a estarem juntos naquela sala foi a necessidade de lutarem pela indústria do futebol português. Esta luta tem de ser contínua durante o ano, apesar das divergências."
"O Sporting tem de ser muito mais bem tratado em temas como a violência, a defesa do espectáculo, as reformas. Têm de haver reformas do quadro competitivo. Revejo-me no documento de Fernando Gomes. Acho que a 1ª Liga tem urgentemente de reduzir para 16 equipas. É mais à frente até. Playoff? Não acho que seja necessário. As equipas têm de ser muito mais protegidas, têm de aumentar a competitividade. Temos de ter menos equipas mas com melhores condições. Temos de ter pessoas que queiram pagar um bilhete mas têm de estar num estádio onde haja uma cadeira e não chova em cima deles, que não haja agressões e violência. Se os três grandes não estiverem alinhados nisto não se faz nenhuma reforma. Com muito boa intenção que tenha Liga e FPF. O futebol tem de ser de famílias e isto não há. Temos de valer mais. Como? Temos jogos com cinco mil pessoas e temos de ajudar esses clubes."
Contratação de Wang Jiahao Competitividade no plantel Contrato com a NOS Sem transferências Gameboxes
Contratação de Wang Jiahao
Competitividade no plantel
Contrato com a NOS
Sem transferências
Gameboxes
Contratação de Wang Jiahao
Competitividade no plantel
Contrato com a NOS
Sem transferências
Gameboxes
Pandemia – Quanto desconta dos orçamentos?
Pandemia – Quanto desconta dos orçamentos?
"Essa é uma pergunta que a resposta hoje nenhum clube tem. Hoje é um desafio fazer um orçamento. Quando o fazemos estimamos receitas. Se nos disserem a nós, olhando para as linhas de receitas nos últimos anos é fácil: na venda de jogadores como será o mercado? Os orçamentos vão baixar, só não sabemos o quanto. O que posso dizer é que a pandemia… ninguém estava preparado para ela. Esta pandemia se tem sido há um ano o Sporting colapsava financeiramente. Neste momento o que é que há a fazer? Tivemos medidas de gestão a curto prazo. Foi um clube que se organizou muito rapidamente. Tomámos a decisão da administração ter cortes salariais de 50 por cento. Os jogadores da equipa de futebol profissional de 40 por cento, dos atletas das modalidades de 30 por cento e colocámos 86% dos nossos funcionários em layoff. A ajudar a isto há o planeamento de consolidação financeira que o Sporting tem desde setembro de 2018. Isto é extremamente importante. Em 18 meses, chegámos há ano e meio, reduzimos 18 milhões de euros na massa salarial da equipa principal. Ao mesmo tempo, canalizamos recursos para potenciar o que pode vir a produzir valor: a formação. Hoje estamos muito mais bem preparados. Temos um plantel onde 13 jogadores têm abaixo de 21 anos. Seis deles formados e identificados por nós há dois que agora estão na equipa principal." Queixa da Sampdoria por causa de Bruno Fernandes Relação com Sp. Braga e a situação de Battaglia Saída de dois elementos da direção 21h59 - Começou a entrevista
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