Rúben Amorim fez a conferência de imprensa de antevisão ao Young Boys-Sporting, referente à 1.ª mão do playoff da Liga Europa e marcado para amanhã (17h45). Primeiro, falou Hjulmand. 

Em conferência de imprensa:

O que espera desta equipa? "Vai ser uma equipa muito pressionante. Ao ver o jogo com o City, foi o City que obrigou. Há uma identidade nesta equipa do Young Boys, que é muito pressionante. Jogava em 4x4x2, vendeu um jogador - acontece a todos (risos) - e um avançado que tinha grande influência na equipa. A equipa teve de equilibrar a equipa com outras nuances e passou a jogar em 4x3x3. É uma equipa perigosa, que não perde em casa para o campeonato há três anos - perdeu agora com o City e com o Leipzig - tem média de 3 golos em casa e esperamos uma equipa difícil. Até porque os portugueses, como esta equipa não é das principais ligas, podem olhar para este conjunto não tão perigoso. Mas são. Um extremo voltou da CAN e pode ter influência e tem médios muito talentosos. Joguei com um dos centrais que se lesionou agora, o Benito. É a equipa na Suíça que joga mais com o guarda-redes e isso é importante, é difícil pressionar alto uma equipa assim. Mas estaremos preparados. E depois o relvado, mas estaremos adaptados para um jogo que será muito difícil".

Haverá riscos, nomeadamente com Bragança, por exemplo? Ou Nuno Santos que tem jogado quase sempre? Serão poupados? Veremos a estreia de Koba? Chamada de Rafael Nel, o que vê nele? "O Nel tem a ver com a nossa forma de trabalhar e temos o Paulinho lesionado. Todas as vezes que o Nel foi chamado demonstrou capacidade e qualidade e acima de tudo muita humildade. Ao sabermos da recaída do Paulinho, trouxemos mais um jogador e damos seguimento ao nosso projeto. Se tiver de entrar, entrará. Não dá uma bola por perdida, tem feito muitos golos na equipa B e adaptou-se bem lá, crescendo dentro da dificuldade. Para mim essa capacidade de resiliência é muito importante. Irá para o banco e sentir o que é jogar pela equipa principal".

"O único jogador que ficou em Lisboa por causa do sintético foi o Coates. E neste momento não podemos perder qualquer jogador. O resto está tudo apto. Gostava que dissessem isso ao Nuno Santos de ele estar a jogar muito e vão ver o que ele responde. O Dani está recuperado da lesão e está apto. Temos de vencer e não podemos usar o relvado como desculpa. Azares acontecem em todos os campos".

"Aconteceu comigo mas não com muitos outros jogadores. E há males que vêm por bem. Se não fosse por isso não seria treinador do Sporting com esta idade. Foi uma benção".

"Koba é mais uma opção, não vou dizer que será titular. Todos querem vê-lo e se for preciso entrará mas estamos a tentar muita atenção à sua integração. Terá tempo para se estrear pelo Sporting. Veremos se amanhã ou não".

Se tiver de escolher, opta pelo campeonato e protege jogadores amanhã? Vai dizer ao Nuno Santos e ao Gyökeres que têm de parar de vez em quando? "O que fazemos é estudo dos jogadores e vamos conhecendo-os. Fazemos avaliação do jogos, sabendo que esta é a prioridade. A nossa grande prioridade é o campeonato mas não vamos deixar este jogo de lado. Em caso de dúvida, como no Coates, vai pender para o campeonato, por todas as razões que já falámos. Mas queremos vencer todos os jogos, sabendo que o campeonato mexe com o nosso clube e em caso de dúvida terá preferência".

Por ser num sintético, mudará a abordagem do Sporting? Sobre o Trincão, a que se deve esta boa fase e mudança? Ele está a bater à porta da Seleção? "O selecionador lá sabe mas está mais perto do potencial que ele tem. O que mudou, e junto o Quaresma aqui, não foi o treinador ou as informações. Tem a ver com a confiança dos jogadores. O que digo sobre o Trincão digo do Quaresma. Depende mais deles dar o salto do que o treinador, pois não mudámos a nossa abordagem. No caso do Quaresma também a concentração. O mérito está nos jogadores e nos companheiros, que não os deixam cair. Sobre a nossa saída de bola, não vai mudar nada. Simplesmente temos de saber as sensações que temos tido, as equipas esperam por nós. Neste jogo temos de pensar mais rápido, vamos ter pressão constante e os jogadores sabem o que fazer. Não vai mudar nada, temos é de pensar mais rápido e esquecer que teremos mais tempo, será tudo mais rápido. Teremos outras coisas para aproveitar pois eles vão esticar o jogo".

À Sport TV+:

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Gestão de Coates e o sintético: "Temos de fazer a gestão, tentamos precaver. Falando do Coates, tem a ver com as características dele e não quero que ele faça os jogos todos. E depois com o sintético, o impacto pode ser diferente. Não sabendo o que acontecerá se ele jogar aqui, vamos fazendo esse estudo mas sempre a pensar em vencer. Temos outros jogadores que irão ocupar a posição do Coates e preparados".

Conseguiu treinar em sintético na Academia? "Não tivemos tempo porque jogámos há pouco tempo. Não vamos fazer trabalho tático aqui. Perdemos isso para adaptar os jogadores. Nos outros campos eles já estão habituados ao ambiente e hoje quisemos que eles sentissem o relvado. Mas não será desculpa para nada, amanhã estarão preparados".

Uma equipa de que vem da Champions. Isso é bom para o Sporting? Eles têm mais responsabilidade? "Isso não existe, às vezes temos obrigações de ganhar às melhores equipas. Quando olhamos para o campeonato suíço, as pessoas não conhecem bem o Young Boys mas nós sim. Para os sportinguistas somos sempre favoritos, principalmente não sendo uma equipa das 5 ligas. Mas em casa ganham quase sempre, perdeu com o City mas foi difícil para o City. Temos de entrar no máximo para ganhar. Em Portugal veem sempre o Sporting como favorito".

Espera um jogo em casa pelo apoio dos adeptos? "É difícil pois o público aqui adere em força em jogos europeus. Mas em Portugal já temos dificuldades em perceber se jogamos em casa ou fora, pois os sportinguistas têm comprar os bilhetes bem cedo e apoiam. Esperamos fazer um bom jogo e deixar os portugueses orgulhosos"