Em 2006, Semedo era avançado do Odivelas, então na 2.ª Divisão B, orientado por Rui Gregório, antigo central do Belenenses. Nos treinos costumava estar um miúdo de 11 anos, filho do treinador, e já a sonhar com uma carreira no futebol. Na altura não imaginavam que nove anos depois partilhariam o ataque do Casa Pia, sendo mesmo os dois melhores marcadores dos gansos no Campeonato de Portugal Prio: Gonçalo Gregório com 5 golos e Semedo com 4.
“Na altura levava sermões do pai, agora levo do filho”, começa por dizer Semedo, de 35 anos, sempre brincalhão. “Agora a sério: não ralho, até puxo por ele. Vejo que o Gonçalo tem possibilidades de fazer alguma coisa no futebol, se me ouvir...” O avançado até falou com o antigo treinador sobre o filho: “O Rui Gregório diz-me para puxar por ele, mas é mais fácil aturar o filho”, de quem se lembra nos treinos do Odivelas: “Dava-lhe uns ‘caldos’ para ele ir buscar a bola.” Mau sinal, pois significa que não acertava na baliza.
Nessa altura, Semedo era já um avançado com nome na zona sul da 2.ª Divisão B. Era muito rápido e marcava golos. Aliás, na época seguinte (07/08) marcou 18 e deu mesmo o salto para a 1.ª Liga, mais concretamente para Vila do Conde.
“Antes de chegar o convite do Rio Ave, tinha decidido parar no fina dessa época. No futebol não ganhava o suficiente para subsistir e decidirá acabar. Deve ter sido o destino que me fez continuar no futebol, não me obrigou a mudar de rumo e a partir dessa altura as coisas mudaram”, recorda.
Pelo Rio Ave, marcou na estreia na 1.ª Liga e logo contra o Benfica (1-1). Só festejou outra vez, numa vitória sobre a Naval (2-0) mas foi o suficiente para conseguir um bom contrato no Chipre. Jogou em varios clubes, disputou a Liga Europa e, pelo meio, ainda esteve meia época na Albânia, ao serviço do KF Tirana e foi internacional por Cabo Verde, embora tenha nascido em Lisboa.
Em 2014 regressou a Portugal e agora, um mês antes de fazer 36 anos, continua em ação, com a mesma alegria de sempre. “Gosto de jogar, de estar neste mundo do futebol. Fisicamente sinto-me bem e enquanto estiver assim não paro. Fui muito bem recebido no Casa Pia e estou bem aquí, ainda não pensei no fim da carreira”, garante.
O goleador Gonçalo Gregório tem agora 20 anos e barba na cara mas lembra-se bem de ir para os treinos do Odivelas com o pai, confirmando (alguns) dos episódios recordados por Semedo.
“Lembro-me bem de o ver jogar, ele fazia dupla no ataque com o Ibraima, ele marcava muitos golos e era muito rápido. Na altura achava que o Semedo podía estar noutro patamar, numa 1ª Liga, e acabou por lá chegar. Eu queria ser futebolista, mas nunca imaginei jogar ao lado do Semedo, tantos anos depois.”
O jovem, claro, já recordou esses tempos com Semedo: “Ele diz que o meu pai era... lixado, mas que foi dos melhores treinador que teve e o meu pai também diz que ele é cinco estrelas.” Em campo, os dois atacantes entendem-se bem. “Ajudamo-nos mutuamente, damos indicações um ao outro. É um misto de experiência e juventude, como no resto da equipa.”
Gonçalo Gregório está cedido ao Casa Pia pelo Belenenses mas jogou no Vitória durante a formação. Domingo joga contra o clube de Setúbal, sem qualquer receio. “Defrontar o Frederico Venâncio e o François não me preocupa nada. Eles é que devem preocupar-se porque os centrais é que têm de arranjar maneira de travar os avançados. Eu durmo descansado...”
Por agora, a única preocupação do joven avançado é a de fazer uma boa ´temporada mas espera novas oportunidades num futuro próximo. “No verão disseram-me que só ia fazer a pré-época no Belenenses quem ficava no plantel mas espero na próxima estar lá”, remata.
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