Seleção Nacional foi recebida pelo Presidente da República no Palácio de Belém
Jogadores e comitiva portuguesa vão fazendo a festa nas ruas de Belém e vão dirigir-se para a Cidade do Futebol, onde darão continuidade aos festejos.
Obrigado por ter acompanhado connosco a chegada dos bicampeões europeus!
Marcelo Rebelo de Sousa já tirou a 'selfie' do costume com a Seleção Nacional!
Discursa Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.
"Primeira palavra para Tiago Brandão Rodrigues e todo o esforço que tem feito. Fernando Gomes: tem feito a diferença. Em 98 anos de FPF, tínhamos conquistado 15 títulos europeus e mundiais. Em 10 anos, durante os seus mandatos, conquistámos 15 títulos europeus e mundiais. Tantos como em toda a restante história do futebol português. Fez a diferença. E fez a diferença porque criou um espírito de família, porque preparou, soube organizar as estruturas, escolher as pessoas certas, e não vos largou um minuto. Continuamos a acreditar que até 2024 nos vai trazer mais títulos. Jorge Braz: eu bem o procurava, mas ele não atendia o telefone. É uma pessoa muito especial. Mistura o ar de tímido, que parece distante, ausente, mas não perde um pormenor do que se passa. Vibra por dentro. Sabe formar o espírito de equipa, sabe alimentar esse espírito junto de cada um de vocês. Mas é verdade que teve a ajuda de Fernando Gomes. De 2011 a 2018, fomos ganhando aos poucos ‘embalagem’ mas não chegavam os títulos. Fernando Gomes soube esperar, acreditar, percebeu que estava a ser feito um trabalho que ia dar frutos. Isto não é muito português. Em Portugal, ao primeiro desaire a ideia é mudar aquilo que se pode. E aqui persistiu-se, insistiu-se e valeu a pena. 2018, o ano passado, este ano: um Europeu, um Mundial, um Europeu. Não caem do céu. São fruto deste trabalho de preparação. Mas só isso não chegava. A preparação é muito importante, mas depois há o instante decisivo em que ou se ganha, ou se perde. E aí fomos muito portugueses. Heroicos nos momentos cruciais.Tinha a certeza que na final íamos virar o jogo. Porquê? Porque Jorge Braz, porque vocês. Campeões em 2018, 2021… iam virar os jogos. Serenamente, calmamente. Se na meia-final ouvia os comentários a hesitar um pouco, a serenidade com que acreditavam até era de mais. Aquele golo no último segundo, é uma espécie de brinde adicional depois de uma grande exibição. Lutámos, lutámos, lutámos, soubemos esperar, não perdemos a cabeça, mantivemos a motivação, sustentámos a garra, e ganhámos. Isso é um bom exemplo para o país, para as nossas representantes femininas dentro de poucos dias. Mas também para os nossos jogadores que vão lutar pelo Catar. Têm de fazer o que vocês fizeram. É um estímulo para o país. Estamos a entrar numa fase em que temos à nossa disposição muitos fundos europeus. É fundamental que sejam bem utilizados e a tempo, com rigor, transparência, profissionalismo, eficácia. É uma grande inspiração a vossa vitória. Temos de aproveitar até ao limite. E por isso disse logo ao Jorge Braz: ‘tem de vir cá!’. Já é uma tradição que temos de manter! Só não recebem ainda o que vão receber porque foi tudo muito depressa, mas irão receber aquilo que merecem. Para já, recebem o nosso abraço, o abraço de todos os portugueses. Porque ontem, como ao longo do vosso percurso, Portugal esteve convosco. Os que contribuíram, os jovens, os mais velhos… estivemos, estamos e estaremos convosco. Muito obrigado por mais uma alegria que deram a Portugal".
João Matos: "É mais fácil jogar uma final europeia do que falar neste microfone. Estivemos aqui há cinco anos, agora voltámos aqui, não há duas sem três. Tocámos o céu, subimos ao topo de uma montanha e novamente chegámos lá. As grandes batalhas são dadas a grandes guerreiros e aqui estão sensivelmente 30, que personificam o que é ser português. Somos muito grandes, nós e o povo português, e estamos realmente de parabéns pelo que conquistámos. Uma palavra a Jorge Braz, tem de ser: a forma como nos conduz, como nos prepara, a forma organizada e pensada como leva todo este processo. O lado amigo, todos temos um carinho especial por este senhor, e ele certamente também está muito agradecido por aquilo que lhe damos, o lado que falamos de família é mesmo sincero. Dar os parabéns à FPF, pelo que tem proporcionado a esta Seleção, aos jovens, pela forma como investe na formação, algo que se reflete nesta Seleção. Deixar também uma palavra para a Seleção Feminina, que no próximo mês disputa a fase final do Europeu, e que sejam elas que cá estejam daqui a sensivelmente um mês e meio. Dar uma palavra à Ana Azevedo, capitã da Seleção, que fez questão de nos acompanhar: acredito que estas ligações nos levam ao sucesso, dar as mãos uns pelos outros e no final, está aqui", disse, emocionado, o capitão da Seleção.
Discursa Fernando Gomes, presidente da FPF.
"Creio que este é o 14.º troféu que trago a si, Senhor Presidente, durante os seus mandatos. O 30.º título na história. Metade deles foram conquistados depois de 2015. Esta ambição que nós temos, permanentemente de representar Portugal, deve ser sinónimo de ambição, de todos os desportistas que representam o nosso país. Como eu já disse algumas vezes, não se ganha sempre, muitas das vezes até se perde. Mas é na derrota, ou nas derrotas, que conseguimos criar as condições par anos tornarmos mais fortes, sermos melhores, e a partir daí conseguirmos as vitórias. Esta Seleção, antes de 2018, perdeu muitas vezes. Eu diria que perdia quase sempre. Mas com essas derrotas, com essa ambição, com esse saber, conseguimos dar a volta, e é esta ambição que queremos manter sem nunca esquecer o papel da Federação enquanto entidade social do país, para unir os povos, famílias, e intervir de forma muito presente em toda a sociedade e vida portuguesa. Gostaria de enfatizar este espírito de grupo, deste grupo fantástico, que representa a Federação, o desporto português e o país. Fazem da união, da garra, da dedicação, do talento, de uma capacidade psíquica fora do normal, com que tenhamos a felicidade de assistir a vitórias verdadeiramente fantásticas nos últimos tempos, verdadeiramente saborosas, e um marco que nos lembraremos para sempre. Também uma palavra a Jorge Braz: não é por acaso que este caminho está a ser seguido. Com a sua capacidade de organização, de liderança, alicerçados por um staff técnico e uma grande estrutura, conseguiram colocar o futsal português num patamar de excelência do panorama desportivo mundial. Temos outros desafios, mais desafios: daqui a pouco teremos uma fase final de futsal feminino, também dos sub-19, e muito sinceramente é esta ambição com que queremos continuar, para conquistar títulos e engrandecer Portugal. Não ficaria muito bem se não trouxesse aqui o primeiro título de uma modalidade coletiva do desporto feminino, tudo iremos fazer para o conseguir. Uma palavra que deve ser referenciada aqui, a todos os clubes e dirigentes deste país, que de uma forma fantástica e numa altura extremamente difícil, conseguiram manter os escalões de formação a funcionar. Todos sabemos o quão importante é para as vidas das seleções e alargamento das bases, que se pode constatar pela juventude desta Seleção. Muito obrigado por esta receção, é sempre um gosto vir aqui".
Seleção Nacional já chegou ao Palácio de Belém, onde vai ser recebida, dentro de instantes, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
André Coelho: "Quem começou a abrir o caminho dos portugueses para o campeonato espanhol foi o Ricardinho, já nos vêem de outra maneira há algum tempo. Os espanhóis e o Mundo do futsal já começaram a ter mais respeito por nós, e eu já sinto isso. Ainda assim, acho que os portugueses continuam a não ser vistos da forma que deviam ser".
Bruno Coelho: "A emoção e tudo o que representa, para nós 14 mais o Bebé e o Cardinal, que por lesão não nos conseguiu acompanhar, todos sabemos a dificuldade que é e o trabalho que dá conquistar estes troféus seguidos. Estamos todos de parabéns por isso mesmo. No fim vale sempre tudo a pena. Se estamos aqui, temos de fazer valer a pena, e até à data de hoje, tem valido muito. Eu acho que ainda vão poder contar comigo, enquanto me sentir bem vou estar disponível para ajudar, mas também depende do seleccionador!".
Edu Sousa, que passou momentos complicados nos últimos dias graças à Covid-19, confessou que "os últimos segundos" do jogo de ontem foram muito especiais.
"Felicidade enorme, passei sete dias de isolamento muito maus, mas quando voltei a receber a chamada para voltar foi uma felicidade enorme, cheguei com muita vontade. Os últimos segundos ontem foi como se tivesse jogado o Mundial e o Europeu todos juntos. Chegar e sair logo campeão é o que toda a gente gosta, mas é preciso continuar a trabalhar para levar isto [Medalha de Ouro] para casa".
Questionado acerca de uma defesa decisiva mesmo a acabar a final frente à Rússia, André Sousa garantiu ter sido "por instinto", na sequência de um lance "muito rápido".
"É um remate muito perto, foi por instinto. É um lance muito rápido, no desenrolar do jogo mesmo a acabar. Felizmente ela bate-me, fica presa e garantimos a vitória. O nosso espírito é sempre o mesmo, ter profissionalismo ao longo dos tempos. Temos de trabalhar para merecer a confiança do treinador".
João Matos: "É um título diferente, igualmente especial. Claro que o primeiro é sempre o primeiro, mas desta vez com o respeito que conquistámos pelas do passado, foi mais difícil, com algumas remontadas épicas, aliadas a este espírito, união e superação que este grupo demonstrou. É algo muito caraterístico do nosso povo, da nossa Seleção. Gostamos de fazer o povo sofrer, mas nós próprios também sofremos muito. Pelos vistos, gostamos de começar a dar 2-0 ao adversário. Estamos realmente de parabéns. Conquistar uma vez a Europa é complicado, duas vezes seguidas é extraordinário. Poder dar voz aos 14 que estão ali atrás é incrível, e muito tem de ser dito sobre este senhor, Jorge Braz, que transmite mais confiança do que nós próprios temos. É muito por ele também. Precisámos de um abanão e assim foi. Começou no jogo com a Sérvia, nas meias-finais e final de igual forma, mas acho que fomos merecedores do título. A nível pessoal e individual é extraordinário, mas se não fossem esses títulos, estes números de nada valiam, era uma mera história. É muito bonito o que se tem conquistado nos últimos quatro anos, tem sido uma tremenda loucura a nível internacional".
Jorge Braz: "Ontem a sesta consegui dormir, à noite nem por isso. Sentimos uma satisfação enorme pelo comportamento deles, pelo que ia acontecendo, era olhar para os olhos dele e ir jogando com as peças, sempre sentindo que era possível. O jogo tem mesmo de ser uma festa. Temos de ter uma base enorme para chegar ao topo, os meninos e meninas jogarem cada vez mais futsal, isso é fundamental para continuarmos a ter dias felizes como hoje".
André Coelho: "Felicidade tremenda, marquei eu, podia ter marcado outro. Tenho tempo para descansar logo à noite, agora queremos aproveitar e ter o privilégio de receber o carinho e agradecimento do nosso Presidente da República. Felizmente estamos habituados a ganhar, estamos há cinco ou seis anos sem perder, estamos no bom caminho"
Tomás Paçó: "O realizar de um sonho, eu e o Zicky já temos todos os troféus possíveis de conquistar. É continuar assim e mostrar o potencial do futsal português. Felizmente não descansei esta noite, mas vou ter tempo quando chegar a casa. Já fomos no Mundial a Belém, e lá estaremos de novo".
André Sousa, guarda-redes da Seleção Nacional, reitera o "triunfo justo" de Portugal, enquanto carrega o cartaz que se tornou famoso em Amesterdão, Bagaço>Vodka.
"Felizmente conseguimos atingir este patamar e acho que Portugal sai um justo vencedor".
Bruno Coelho destaca o "feito histórico" da Seleção Nacional.
"É espetacular regressar a casa, ao fim de uns dias recuperar energias assim é muito gratificante. É muito tempo fora, concentrados e focados no que era importante, e agora chegar e ser recebido pela família é fantástica. Temos de ver que nos últimos quatro anos ganhámos dois Europeus e um Mundial. Um feito histórico, que ficará nas nossas memórias, e espero que os portugueses nunca se esqueçam deste feito".
João Matos: "Muitas saudades de casa. É extraordinário voltarmos a tocar o céu, e agora regressarmos um bocadinho à realidade. É incrível o que temos feito, extraordinária a energia que temos recebido dos portugueses, e agora é estar com a família, com os que nos querem bem. O que fizemos é algo de extraordinário e ficamos felizes por isso".
Já se faz a festa no aeroporto Humberto Delgado! Os jogadores chegaram perto dos adeptos, que vão entoando cânticos de apoio à Seleção Nacional, enquanto os craques saltam e mostram o tão desejado troféu.
?? Atenção Portugal: os Bicampeões aterraram! #VamosComTudo #TeamPortugal pic.twitter.com/0EcLEPppAK
Bebé, guarda-redes português que foi um dos protagonistas do triunfo no Mundial'2021, também já está no aeroporto Humberto Delgado para receber os bicampeões europeus.
"O objetivo é continuar a manter este nível, e como o míster diz, já arranjou um problema. A expectativa para os receber é grande, muitas saudades, apesar de termos falado diariamente não é a mesma coisa. Quero estar com eles, dar-lhes um abraço pessoalmente e festejarmos todos juntos. Muitos nervos, quando o jogo acabou parecia que tinha acabado de jogar também".
O avião que transporta a Seleção Nacional já aterrou no aeroporto Humberto Delgado, e os jogadores deverão estar a poucos minutos de se encontrarem com os adeptos que os esperam perto do autocarro.
O autocarro da Seleção Nacional já chegou ao aeroporto Humberto Delgado para transportar os jogadores até ao Palácio de Belém. Vai-se aproximando a hora!
Primeiros adeptos vão chegando ao aeroporto Humberto Delgado e revelando os desejos de receber alguns autógrafos dos bicampeões europeus.
Jorge Braz, selecionador português, revelou, em declarações à RTP3 no final do encontro em Amesterdão, as palavras que disse aos jogadores ao intervalo, frisando o "orgulho" que tem em toda a equipa.
"Sermos nós, desfrutar, sermos nós e termos muito orgulho no que fazemos. Tem sido uma felicidade tão grande estar com esta malta que tínhamos de terminar da mesma forma que estamos os dias todos. Ter muito orgulho em Portugal, em todos nós e no nosso desporto. Fomos todos os dias felizes aqui, juntos. Tinha a alma cheia. Fomos fantástico. Foi só isso, ser Portugal".
Vencemos! #Portugal é novamente campeão da Europa de Futsal. As minhas felicitações aos jogadores e equipa técnica que continuam a fazer história na modalidade. Parabéns! #FutsalEURO @selecaoportugal
Logo após a partida, o Presidente da República deixou os parabéns a Portugal pela (re)conquista do Europeu de futsal, revelando que vai condecorar toda a comitiva.
"Na primeira parte tivemos o que tivemos de jogar. Na segunda parte percebemos que tínhamos de jogar para ganhar, nem que fosse com um golo no último segundo. Ser Portugal é ser assim. Sofremos mais, mas depois também temos uma alegria redobrada", começou por dizer.
"[Vou dizer-lhes] O que são, o que tenho a acrescentar ao que lhes disse em 2018 e depois tenho de confessar: vou condecorá-los, mas não houve tempo de ter todas as condecorações disponíveis. Apesar de acreditarmos muito na vitória, é algo que não é possível de um momento para o outro. Irão recebê-las posteriormente. Eles merecerem-nas. Não se imagina o que se vibrou aqui, em Portugal, com a vitória. A equipa imagina apenas parcialmente", terminou.
Bom dia!
A Seleção Nacional de futsal, que se sagrou bicampeã europeia este domingo ao bater a Rússia (4-2) na final, regressa hoje pela manhã a Lisboa e vai ser recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelas 10H00 no Palácio de Belém.
Fique connosco e acompanhe ao minuto a chegada da comitiva lusa.
Duelos a 20 e 22 de setembro, em Vila do Conde, marcam arranque da preparação para o Europeu'2026
Triunfo das águias por 2-1
Leões foram salvos por milésimos de segundo
Fayza Lamari revela curiosas histórias sobre o craque francês e os seus ídolos
No processo que acabou por redundar no empréstimo de Kolo Muani ao Tottenham
Interrogatório do Hungria-Portugal
Evento decorre de 8 a 11 de outubro
