Ricardinho: «Antigamente éramos a seleção do 'quase'. O Mundial foi uma chapada de luva branca»

Antigo capitão da Seleção de futsal diz que vai ser "horrível" assistir ao Europeu de fora

• Foto: Lusa

"Vai ser horrível". É sem rodeios que Ricardinho admite que vai ser difícil ficar a assistir ao Europeu de Futsal, que arranca hoje, de fora. Ainda assim, e em entrevista à Rádio Renascença, o antigo capitão da Seleção Nacional, que se despediu da equipa das quinas em novembro último, sublinha que o seu "legado será correspondido à altura".

"Custa olhar para os 14 convocados e não ver o meu nome. Vai ser horrível, porque é o palco onde todos os atletas querem estar. Saber que poderia ainda bater mais recordes e ajudar a seleção a defender o título, provar que o último não foi obra do acaso, ajudar ainda mais o crescimento dos jovens. Sei que o legado será correspondido à altura", disse, apontando à forma como a seleção de futsal portuguesa é vista nos dias de hoje.

"Antigamente éramos a seleção do "quase". Tínhamos muita qualidade, mas não conseguíamos dar o passo em frente. Depois da conquista do Europeu começaram a olhar para nós de outra maneira, apesar de haver sempre duvidosos, mas a machadada final foi a conquista no Mundial, foi uma chapada de luva branca a muita gente. É como que um murro na mesa, a dizer que estamos cá. Não fomos pelo caminho mais fácil, que era naturalizar jogadores nos momentos mais difíceis, fomos trabalhando a formação e estamos a ter aproveitamento com jovens de grande qualidade como o Tomás Paçó, o Zicky, o Afonso Jesus… Jogadores jovens e de muita qualidade. Com o tempo espero que sejam a cara da nossa seleção, para mostrar que o sucesso não foi obra do acaso".

Portugal arranca hoje o Euro'2022 frente à Sérvia (16H30).

Por Record
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