Bis quase terminou com caminhada do Boavista

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O futebol brasileiro ficou esta quarta-feira mais pobre depois da notícia da morte de Alex Alves, aos 37 anos, ele que estava a fazer um tratamento para curar a leucemia de que padecia.

O antigo avançado canarinho atuou em grandes equipas do Brasileirão, como o Palmeiras, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Vasco da Gama, mas foi ao serviço do Hertha, onde alinhou durante quatro temporadas, que mais se destacou.

E foi mesmo durante essa aventura em solo alemão que Alex Alves se cruzou com o Boavista. A eliminatória até deixou boa memória aos axadrezados, que qualificaram-se para os quartos-de-final da Taça UEFA 2002/2003, mas na primeira mão o atacante canarinho quase deitou por terra o sonho da formação nortenha.

A 21 de fevereiro de 2003, o Boavista deslocou-se até Berlim para enfrentar uma equipa que na altura estava entre as melhores da Bundesliga.

O técnico boavisteiro era Jaime Pacheco e apostou no seguinte onze: Ricardo; Rui Óscar, Paulo Turra, Éder e Erivan; Ávalos, Pedrosa, Pedro Santos e Filipe Anunciação; Martelinho e Silva.

Aos 15 minutos o Boavista já perdia por 1-0, depois de Alex Alves concluir da melhor forma um cruzamento de Hartmann que havia sido desviado por Preetz.

Rui Óscar, aos 37 minutos, empatou a partida depois de um grande golo de pé esquerdo, mas Alves viria a colocar os germânicos novamente na frente do marcador, volvidos 5 minutos, ao corresponder de forma certeira a um cruzamento de Marcelinho Paraíba.

Pacheco lançou Cafú ao intervalo para tentar inverter o rumo dos acontecimentos, mas foi Alexandre Goulart, aos 73 minutos, ele que já havia entrado no decorrer da segunda parte, a empatar novamente a partida.

No último minuto, Van Burik, de bicicleta, deu o golo do triunfo ao Hertha, mas o Boavista seguia para a segunda mão com dois preciosos golos marcados fora de portas.

Uma semana depois da derrota na Alemanha, o Boavista venceu no Bessa por 1-0, com um golo de Ávalos, aos 85 minutos, num jogo onde Alex Alves saiu aos 70 minutos para dar lugar ao português Roberto Pinto.

A equipa portuguesa qualificava-se para os quartos-de-final, numa edição onde só foi parada pelo Celtic nas meias-finais. Na final haveria de ser o FC Porto de Mourinho a celebrar a conquista do troféu.

Derrota com dragões

O avançado canarinho enfrentou equipas portuguesas nas competições europeias em três ocasiões. Antes do duplo confronto com o Boavista, já Alex Alves havia perdido com o Hertha na receção ao FC Porto, num jogo a contar para o Grupo A da segunda fase de grupos da Liga dos Campeões em 1999/2000.

Depois de um primeiro jogo no antigo Estádio das Antas, a 8 de dezembro de 1999, em que os dragões venceram por 1-0, com um tento de Drulovic, a formação alemã recebia, a 21 de março de 2000, os campeões nacionais com um reforço de inverno.

Alex Alves tinha sido contratado em janeiro ao Cruzeiro por um preço recorde de 14,5 milhões de marcos, qualquer coisa como 7 milhões de euros.

Alves, na altura com 25 anos acabados de fazer, foi substituído por Aracic aos 57 minutos e já não viu o compatriota Clayton, aos 69’, dar novo triunfo aos dragões por 1-0.

O malogrado jogador brasileiro apontou um tento nessa temporada na Liga Milionária na derrota da equipa da capital alemã por 3-1 em… Camp Nou.

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