CAN 2002: Humberto e Queiroz em encontro fraticida

A TAÇA de África das Nações assiste hoje a um autêntico duelo fratricida entre dois antigos seleccionadores portugueses, Humberto Coelho, actualmente ao serviço de Marrocos, e Carlos Queiroz, seu homólogo da África do Sul, que se defrontam na última jornada do Grupo B, com a obrigação de vencerem para continuar em prova. O problema de ambos é que um deles ficará pelo caminho caso o Gana vença aquela que é considerada a formação mais fraca do agrupamento, o Burkina Faso. No entanto, ambos podem continuar em prova se os burquinabos surpreenderem os ganeses.

Seja como for, é Humberto Coelho que parte em clara vantagem, pois um empate é-lhe suficiente, embora não seja esse o resultado que procura. “Será um jogo difícil, mas não temos outra alternativa que não seja a vitória. Os sul-africanos têm um ataque capaz de nos criar dificuldades, mas também temos as nossas armas”, sublinhou o treinador luso.

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Já a Carlos Queiroz só a vitória interessa depois dos dois empates a zero nas rondas anteriores. Em caso de eliminação, seria um enorme revés para o técnico que apurou os “Bafana Bafana” para o Mundial-2002 e dava pano para mangas aos seus detractores. Quem está disposto a dar tudo para ajudar o seu treinador é o portista Benni McCarthy. “Temos a habilidade necessária para bater Marrocos. Basta pôr em acção o nosso colectivo para nos apurarmos. Em 1998, também tínhamos empatados os dois primeiros jogos e seguimos em frente”, justificou o avançado sul-africano.

Também Shaun Bartlett mostrou disponibilidade para apoiar Queiroz, apesar de não estar totalmente recuperado da lesão sofrida no primeiro jogo da CAN. “Estou disponível para a selecção se ela precisar mesmo de mim. Há sempre essa possibilidade. Aliás, gostaria mesmo de jogar, pois não quero ir para casa tão cedo”, referiu o jogador do Charlton – onde é companheiro de equipa do defesa português Jorge Costa –, acrescentando, “vimos o jogo de Marrocos com o Burkina Faso e Nomvete [avançado sul-africano] previu que eu podia marcar muitos golos, pois o guarda-redes deles sai mal nos cruzamentos”.

Cidade com Marrocos

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Certo é que o apoio do público de Segou, cidade onde o jogo se disputa, vai estar com Marrocos. Isto porque os habitantes estão descontentes com os sul-africanos, que consideram “convencidos e distantes”. “Queremos que se vão embora depressa, pois são bastante convencidos”, dizem os adeptos locais, segundo o relato dos enviados da AFP.

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