Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro da Ucrânia, enviou esta quarta-feira uma carta a Aleksander Ceferín, presidente da UEFA, em jeito de agradecimento pela chamada que o dirigente máximo do organismo que tutela o futebol europeu realizou esta segunda-feira, sublinhando também o apoio demonstrado pela UEFA ao seu país desde que se iniciou o conflito armado com a Rússia.
Nesta missiva, à qual o jornal espanhol 'AS' teve acesso, Volodymyr Zelensky agradece a Ceferín pelas sanções que foram colocadas à Rússia, desde o ponto final na ligação com a empresa russa Gazprom, a mudança do palco da final da Liga dos Campeões de 2021/22 da capital russa São Petersburgo para o Stade de France, em Saint-Dennis, França, ou até mesmo a suspensão de todos os clubes e seleções da Rússia de competirem nas provas sob a tutela da UEFA.
"No dia 23 de agosto deste ano, no dia da Bandeira Nacional da Ucrânia, retomámos o nosso campeonato nacional de futebol: a primeira divisão da Ucrânia para a temporada 2022/23, um evento muito importante para o nosso país. Depois de tudo, durante a guerra em grande escala da Rússia contra o nosso país, todo o povo ucraniano defendeu heroicamente a sua pátria, defendeu a democracia, a liberdade, a soberania, com um grande desejo de viver com estes valores juntamente com a família dos países europeus", começou por escrever o primeiro-ministro ucraniano, prosseguindo: "Era extremamente importante para a nossa gente que nós, como ucranianos, continuássemos a nossa Liga. As competições de futebol são outra manifestação de coragem e resiliência nas condições extremamente difíceis que hoje atravessamos. Posso dizer com grande orgulho que agora o futebol ucraniano encarna coragem e demonstra sede de vitória, apesar dos crimes cometidos pelos agressores russos contra a Ucrânia."
Sobre as sanções à Rússia, Volodymyr Zelensky diz que se trataram de "mais oportunidades" para o povo ucraniano. "Obrigado, senhor presidente. Obrigado pelo seu apoio pessoal e pela decisão da UEFA, tomada no final de fevereiro deste ano, de terminar a cooperação com a empresa Gazprom, a deslocalização da final da Liga dos Campeões de São Petersburgo e por suspender os clubes e equipas nacionais russos de todas as competições sob alçada da UEFA. Agradecemos muito o seu apoio e ajuda, graças ao qual a Associação Ucraniana de Futebol e a nossa liga nacional poderá seguir em frente. Obrigado por continuar a oferecer mais oportunidades ao povo ucraniano, especialmente aos nossos jovens. Estou seguro que iremos demonstrar ao mundo inteiro o quão unidos são os ucranianos, como apoiamos apaixonadamente os nossos clubes e equipas nacionais, que competem nas competições de clubes e na Liga das Nações da UEFA, apesar dos petardos e das bombas, para defender o orgulho, união e dignidade da Ucrânia", referiu, deixando ainda um apelo quanto à Superliga Europeia.
"Neste contexto, desejo que se coloque um ponto final em intenções como as que estão por detrás da chamada Superliga Europeia porque a essência do futebol também é esperança, solidariedade e alegria. Muito mais do que dinheiro, que um privilégio para algumas pessoas. Estes não são os pilares do modelo desportivo europeu, algo que devemos esforçar-nos por preservar coletivamente pois também são uma parte importante da democracia. O futebol converteu-se, para muitos cidadãos, como uma forma de vida que assenta sobre os valores da sociedade. Isto é o que o futebol pode fazer e certamente fará por nós, pela Ucrânia. Venceremos. Glória à Ucrânia! Glória aos heróis!", terminou.
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