Bernardo Silva admitiu que vive um bom momento, a nível pessoal e profissional. Depois de ter sido pai recentemente, o médio do Manchester City foi escolhido para integrar os 30 finalistas candidatos à Bola de Ouro. Na conferência de antevisão ao Eslováquia-Portugal de amanhã, o internacional português disse que essa distinção advém principalmente do sucesso coletivo e também comentou a evolução da Liga saudita, assim como o momento de forma dos futebolistas portugueses que lá atuam.
Ser pai traz um ânimo especial? O que pensa da Eslováquia?
"Um momento a nível pessoal muito feliz. Tem sido intenso, entre ter o bebé em Portugal e viajar para Manchester não é fácil, mas é um momento muito feliz. Estamos à espera de um jogo muito difícil contra um rival direto, que também tem aspirações a qualificar-se. Ganhando ficamos muito perto do nosso objetivo, mesmo que faltem alguns jogos. Garantimos uma vantagem relativamente confortável, para se possível nos qualificarmos em primeiro."
Nomeação para os 30 finais da Bola de Ouro
"É uma boa distinção, não é o mais importante pois o que origina isto é ter tido sucesso no clube e na Seleção. Tudo o que vem depois dos títulos coletivos é bonito mas acaba por ter menos importância. É mais uma motivação para fazer bem o meu trabalho, agora que começa uma nova temporada."
Está no melhor momento da carreira, em que recebe o reconhecimento devido?
"Sinto que estou num momento muito bom, que ganhei ao longo dos anos a experiência necessária para os jogos grandes. Sinto-me bem fisicamente e também com nível de experiência muito bom para corresponder nestas etapas. É tentar manter este nível o máximo de tempo possível, essa é a parte mais complicada. Mais difícil do que chegar lá acima"
Como sentiu Cancelo, Félix e Palhinha?
"Vi toda a gente muito bem, o ambiente que vivemos aqui é muito familiar. Já passei também por momentos em que poderia ter saído ou não. É difícil mas é o futebol e estamos habituados a isso. Posso garantir que os jogadores que mencionou estão muito focados para ajudar Portugal a ganhar."
Martínez falou na liga saudita e de como viriam os jogadores de lá. Como os viu?
"Senti-os bem. As pessoas têm esta mania de julgar sempre os campeonatos por acharem que os nossos são sempre melhores do que os outros. O que vejo dos que foram para lá é que é uma liga que continua a crescer. Óbvio que ainda não está ao nível das europeias mas tem o direito a querer crescer. Vejo os jogadores felizes com o passo que deram e com nível alto para continuar a ajudar a Seleção. Ainda é cedo para dizer o que vai acontecer. Não se sabe ainda o que vai dar mas vejo os jogadores que foram para lá motivados com essa decisão."
Sobre a Eslováquia. Pode criar problemas?
"Rival direto, que começou muito bem a qualificação e tem aspirações. Esperamos um jogo difícil, contra uma equipa organizada, com jogadores que estão nas melhores ligas. Dispensa apresentações. Temos estudado a Eslováquia, percebendo pontos fortes e menos fortes. Conheço alguns deles bastante bem, como Skriniar e Lobotka, que admiro muito, acompanhava muito o Nápoles e gostava de o ver. Jogam normalmente em 4x3x3 e estamos a estudá-los da melhor forma. Têm aspirações e merece todo o respeito, pois fizeram 10 pontos nos primeiros quatro jogos."