Fernando Santos justifica novidades na convocatória

Selecionador nacional divulgou convocatória para a Liga das Nações

Convocatória

Fernando Santos divulgou esta sexta-feira a convocatória da Seleção Nacional para a Liga das Nações e, em conferência de imprensa, abordou as suas escolhas e os desafios que se seguem. Portugal vai ter uma verdadeira maratona de quatro jogos em 11 dias, a abrir com Espanha, em Sevilha, a 2 de junho, seguindo-se Suíça (5) e República Checa (9), ambos no Estádio José Alvalade, e a fechar, novamente, os helvéticos, em Genebra (12).

Chamada de David Carmo e Horta: "Vamos ver o que podem dar. Na última janela tivemos Djaló e Inácio, dei-lhes os parabéns pelo que fizeram. Agora decidi o Domingos Duarte e o Carmo para os ter aqui, o contacto é sempre importante. Entendemos que era o momento oportuno para fazer isso. Gostei muito do que fizeram aqui, não tem a ver com qualidade. E é importante nesta fase procurar avaliar. Ao vivo na televisão, é sempre melhor ter contacto com o que faz no treino, a relação, e a forma como jogamos"

Ricardo Horta: "Como sempre disse aqui sempre fez parte do lote que estavam a ser observados. A selecção é um espaço aberto, há sempre um lote de 50, 60 em observação. Aconteceu agora com a mesma naturalidade de outros que chegaram aqui. É uma oportunidade. São 4 jogos no fim de época, vai ser muito difícil para todos, selecionadores e jogadores. Época sobrecarregada, com muitos jogos. Alguns ainda vão ter jogos como o Patrício e o Jota. Vai obrigar a rotação clara nestes 4 jogos em 10 dias. Raramente aconteceu desde que estou aqui, à exceção de fases finais. Uma prova importantíssima, já vencemos e vai obrigar a gestão, daí o lote ser mais alargado. Não é dar minutos ao Joaquim, António ou o Manuel"

Inevitável olhar já para o Mundial? "É importante ver em contexto de treino e jogo. Só temos 4 jogos e mais 2 em Setembro, o que vai ser muito importante. Vai haver muitas mudanças até começarmos a preparar realmente o Mundial. Jogadores vão mudar. Há os que não estão aqui e estiveram na última, mas sem condições físicas para estar aqui, como o Rúben Dias e João Félix. Temos de pensar no futuro e campeonato do Mundo. Mas não tanto no contexto de jogadores, cimentar o que fizemos no playoff. Forma de jogar, cimentar ideias, procurar corrigir o que não esteve tão bem, cimentar a ideia clara daquilo que queremos para projecção do que iremos fazer no Mundial".

Guarda-redes: vantagem do Diogo Costa? "Não há vantagem de ninguém. São opções. Se não acreditasse no Patricio, no Sá e no Diogo Costa não eram os que estavam cá. Isso é claro e nem tem discussão. Quando os selecionadores não gostam, acham que não têm qualidade, não convocam. Não está em causa a confiança pelo Rui Patrício, depois tomarei a decisão"

Renovação dos centrais? "Renovação é natural. Percebo bem a pergunta, é uma discussão normal. Pepe e Fonte têm idade mais elevada, mas o critério é de qualidade e não da idade. Se continuam a ser os que me dão garantias, tudo bem. Já não falo dos jogadores que lancei, mas se pensarmos que 27 chegaram à Seleção e afirmaram-se, chegaram com 18 anos, como o Rúben Neves, termina em Danilo com 24 e ainda era do Maritimo. Chegaram naturalmente, mas não foi uma renovação natural? Foi, vai continuar a ser feita em todas as seleções e em todo o lado. Mas o critério principal é a qualidade. Temos de analisar os jogadores, ver e depois decidir os que vão estar presentes no Mundial, que será aqueles que nos derem mais garantias. Temos um objetivo claro. Vamos jogar para 11 milhões de portugueses, com o objetivo único de ganhar, agora e no Mundial. Na máxima força".

Crescimento de Rafael Leão: "Enquadrado está ele. Neste momento toda a gente fala dele, mas nas duas últimas convocatórias estava cá e jogou. Sabemos e acreditamos muito na qualidade dele. Parte como todos do zero para jogar mas com probabilidades de jogar"

Convocatória de consolidação como Vitinha, Otávio… "Muito mais do que consolidação de jogadores, A, B ou C, mais importante e consolidação dos processos. Para isso vamos verificar quem corresponde. Não faria sentido não dar continuidade a esses processos e aos jogadores. Quando se chega aqui a 1ª vez não é fácil, não é o mesmo que estar no clube. Em treino rapidamente se integram. Se voltaram a ser convocados… quero ver outros a competir, como os centrais. Vitinha também já está consolidado".

Liga das Nações tem importância extra para o Mundial? "É sempre importante, mesmo os particulares. Esta é uma das provas mais importantes do calendário europeu. Reúne as melhores seleções da Europa, temos 6 jogos nesta competição. Antes eram 4 agora são 6, mas entramos para competir e para ganhar. Eu e todos os meus colegas, se só vemos jogadores de vez em quando temos de aproveitar para consolidar ideias para o Mundial, onde só vamos ter 7 dias de trabalho. Praticamente não vamos ter treino. Vamos ficar aqui mais 2 ou 3 dias, depois a viagem para o Qatar. Há aqui uma série de factores que temos de trabalhar. Todos os selecionadores vão aproveitar para consolidar a ideia. Ninguém tem noção do que vai acontecer. Se esta conferência fosse há 3 semanas e perguntassem se o Rúben estaria aqui, diria que sim. Até novembro ninguém sabe o que vai acontecer. Temos de ir preparando o plano, que não pode ser fechado nem reduzido a 23 ou 24. Temos de preparar lote alargado para depois escolher, mas todos identificados. Maneira de estar, o grupo e os processo de jogo".

Por Record
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