A Alemanha conquistou o título mundial pela quarta vez, repetindo os sucessos de 1954, 1974 e 1990, o que lhe permitiu igualar a Itália na lista das seleções com mais vitórias na grande competição. Os germânicos ficam agora a um título dos brasileiros, que chegaram ao penta em 2002 e, à semelhança do que sucedeu em 1950, voltaram a não aproveitar o facto de jogarem em casa. A seleção comandada por Joachim Löw conseguiu ainda equilibrar as contas entre vitórias e presenças em finais: quatro em oito decisões.
A Argentina, que conta duas vitórias, falhou o tri. Depois dos triunfos de 1978, personificado na exuberância de Mário Kempes, e de 1986, sustentado pelo génio único de Diego Armando Maradona, a formação de Alejandro Sabella não permitiu que Messi se juntasse às estrelas que iluminam o passado do futebol argentino e ganhasse a competição que, no fundo, falta verdadeiramente no seu currículo. Isto apesar de ter sido La Pulga a vencer o troféu para melhor jogador do Mundial, prémio altamente discutível tendo em conta a (menor) produção de Leo e a (maior) de outros, como Robben, James Rodríguez, Kroos, Müller...
Sétimo prolongamento
Em 20 edições, o jogo de ontem no Maracanã representou o sétimo em que foi preciso recorrer ao prolongamento, com a particularidade de tal ter sucedido nos últimos três Mundiais. O resultado, curiosamente, foi o mesmo que, em 1990, deu a vitória à Alemanha sobre a Argentina no Olímpico de Roma, então sem necessidade de recorrer à meia hora suplementar – golo de Brehme, de grande penalidade, a poucos minutos do final da partida.
Continentalidade
A vitória alemã tem outra particularidade: é a primeira de uma seleção europeia no continente americano. Nas sete edições disputadas do outro lado do Atlântico (México, por duas vezes, Uruguai, Brasil, Chile, Argentina e Estados Unidos) foram sempre os locais a vencer a competição. Diga-se, em abono da verdade, que o contrário também é regra, pois só por uma vez em 11 a vitória sorriu a seleções americanas: só o Brasil, em 1958, na Suécia, conseguiu sair vencedor de um Mundial efetuado na Europa.
Klose despediu-se com recorde de golos em fases finais
Aos 36 anos, o alemão Miroslav Klose abandonou o Mundial brasileiro com o máximo de golos em fases finais da competição. O alemão chegou aos 16 golos e ultrapassou o máximo de 15 que pertencia ao brasileiro Ronaldo. O ponta-de-lança alemão ficou ainda a um jogo apenas de bater o recorde no grande palco. Somou 24 presenças, contra as 25 do compatriota Lothar Matthäus.
James marcou em todos os jogos que realizou
O colombiano James Rodríguez foi o melhor marcador do Mundial. O antigo jogador do FCPorto, que fez golos em todos os encontros que efetuou, resistiu à ausência dos últimos jogos (a Colômbia ficou-se pelos quartos-de-final) acabou por manter a liderança da lista. Só por quatro vezes desde sempre o máximo artilheiro saiu do campeão mundial: Kempes (1978), Rossi (1982), Ronaldo (2002) e Villa (2010).