O processo de violência sexual em que Robinho é acusado, juntamente com outros cinco brasileiros, de violação de uma mulher de origem albanesa voltou a ser um dos temas da atualidade no Brasil. O caso remonta a 2013 e em Itália o futebolista foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão. Recorreu e a partir de 10 de dezembro o caso voltará a ser analisado pela Justiça de Milão. Mas no Brasil, Robinho vai tentando fazer a sua defesa pública, depois de ter suspendido o contrato com o Santos.
Em entrevista ao UOL, Robinho admitiu ter cometido um erro - o de "ter sido infiel à mulher", mas volta a negar a violação.
"Não tive relações sexuais com ela. Tivemos uma relação entre homem e mulher, relações que homem tem com a mulher, mas não chegou a ter nenhuma relação sexual, nenhuma penetração, nada disso", afirmou Robinho, contestando ainda a "falta de contexto" na divulgação de algumas conversas que constam dos documentos da sentença italiana e que foram reproduzidas pela imprensa brasileira. "Traduziram muita coisa fora de contexto", afirmou.
Robinho diz confiar na Justiça italiana e que por isso também há coisa que não pode responder - "tem coisas que nem me lembro. Tenho a certeza que jamais dei um copo de bebida para ela. Não posso responder pelos meus amigos..." - mas volta a sublinhar que o relacionamento com a jovem foi consentido.
"A questão é: qual foi o erro que cometi? Qual foi o crime que cometi? O erro foi não ter sido fiel à minha esposa, não cometi nenhum erro de violar alguém, de abusar de alguma rapariga ou sair com ela sem o seu consentimento."
Durante a entrevista, Robinho lamentou ainda a existência de um "movimento feminista", que levou mesmo o Santos a perder um patrocinador.
"Infelizmente, existe esse movimento feminista. Muitas mulheres às vezes nem são mulheres, para falar um português claro", disse. "Eu sou casado, se sair à rua e uma mulher me dizer 'Oi, lindo, gostoso', isto tem uma conotação. Se eu te disser algo com desrespeito, é totalmente diferente."
Por Record