Avançado sérvio relembrou as dificuldades em adaptar-se a Lisboa, a passagem pelo Eintracht e a chegada ao Real Madrid
"Do sonho à realidade", foi assim que Luka Jovic, avançado recém-chegado ao Real Madrid, resumiu os últimos cinco anos da carreira. Em entrevista à ‘Players Tribune’, o antigo avançado do Benfica relembrou a infância, a não desejada saída para o Benfica, a ‘segunda vida’ que o Eintracht lhe deu e ainda a chegada ao Real Madrid.
Nascido em Bijeljina (Bósnia), mas criado numa pequena vila chamada Batar, Luka Jovic relembrou os sacrifícios que a família enfrentou para que ele pudesse jogar futebol. "Os meus pais trabalharam muito para que eu pudesse ser quem sou agora. Quando eu era pequeno, o meu pai comprou uma pequena mercearia. Mas, se ele tivesse um ano mau, ele pedia um empréstimo ao banco para que eu pudesse continuar a ir treinar todos os dias. O meu tio trabalhava na Rússia, mas se ele ouvisse que estávamos com problemas financeiros, ele comprava-me chuteiras e emprestava dinheiro ao meu pai sempre que precisávamos. Foi uma altura muito complicada", afirmou.
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Formado no Estrela Vermelha, clube grande da Sérvia, Luka Jovic não pensava em sair mesmo quando o Benfica demonstrou o interesse, em 2016. "O Estrela Vermelha é como uma família para mim. Sempre quis jogar lá e, mesmo quando eu tinha oferta de melhores clubes, não queria sair de lá. Quando o Benfica quis-me, em 2016, eu lembro-me de dizer à minha mãe que não queria ir. Apesar de tudo, decidi transferir-me para o Benfica, de modo a prosseguir a minha carreira, mas tudo aconteceu muito rápido", revelou.
Na chegada a Lisboa, uma cidade cujo o idioma era totalmente diferente, Jovic revelou ter-se sentido "totalmente desamparado". "A minha família representa tudo para mim, não queria mesmo deixá-los. Quando tens 18 anos e vais para um país a 3.000 quilómetros de distância e não sabes falar a língua, isso já não é futebol. Quando cheguei a Lisboa, só conseguia pensar na minha casa e começava logo a chorar. Foi algo muito negativo na minha vida porque eu sentia-me totalmente desamparado e sozinho. Mas graças a deus, tudo mudou quando me mudei para o Eintracht Frankfurt", acrescentou.
Dois anos cedido por empréstimo ao emblema alemão (de 2017 a 2019), Luka Jovic tem apenas um ressentimento: "a eliminação nas meias-finais da Liga Europa", momento que "ficará marcado" para o resto da sua vida. "Quando estava a sair do relvado, apesar de termos perdido, vi alguns adeptos do Eintracht bem à minha frente a gritar o hino do clube com as lágrimas nos olhos. Foi um momento marcante para mim, jogar num clube onde os adeptos apoiam mesmo quando perdes, isso é muito raro no futebol. Estou triste por deixar o Frankfurt, porque foi um clube que realmente mudou a minha vida", vincou o jovem de 21 anos.
Agora segue-se o Real Madrid. Recém-contratado pelos merengues por 60 milhões de euros, o internacional sérvio diz-se preparado e "nunca ter duvidado do seu valor". "As coisas aconteceram muito rapidamente. Há uns anos atrás, eu só sonhava jogar pelo Estrela Vermelha (clube no qual fez a formação, onde mais tarde transferiu-se para o Benfica). Jogar nas meias-finais da Liga Europa, estar no Mundial e agora mudar-me para o Real Madrid é indescritível. Mas, penso que o mais importante na carreira de um avançado é ter confiança. Nunca duvidei do meu valor, é algo que já nasceu comigo", finalizou.
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