Ken Bates, antigo proprietário do Chelsea, expressou a sua incompreensão pelas sanções impostas pelo Reino Unido a Roman Abramovich e ao Chelsea, lamentando o impacto que isso está a ter nos adeptos e funcionários do clube londrino.
" O facto de não poderes comprar um programa de jogos do Chelsea deve significar que Putin se está a lixar e todas as pessoas comuns de Moscovo estão escondidas nas suas caves porque não podem ver um jogo do Chelsea na TV", começou por referir Bates, diretamente da sua casa em Monte Carlo, citado pelo 'Daily Mail'.
"Como sempre são os cidadãos comuns que estão a sofrer. Provavelmente há pessoas que trabalham no Chelsea a perguntar se ainda têm emprego. Qual será o futuro deles? Têm segurança? E os adeptos do Chelsea, o que é que têm a ver com o facto de Putin ter bombardeado maternidades na Ucrânia?", questionou.
E prosseguiu: "Isto está a prejudicar os cidadãos comuns ingleses. Não faz diferença nenhuma à Rússia. Isto faz do Serviço Civil um motivo de gozo do mundo. Eu lidei com funcionários públicos a maior parte da minha vida e, no geral, são todos inúteis. Abramovich disse: 'Vou vender o clube e tudo o que conseguir vou doar para a caridade'. Eles [o governo] assumiram o clube. Boa. Mas porque não nomearam um administrador e seguiram em frente? Em vez disso, temos todos estes regulamentos, que apenas dão boas manchetes. 'A Inglaterra toma medidas firmes contra a Rússia.' Se estamos a tentar ajudar a Ucrânia devemos fazer coisas significativas."
Bates comprou o Chelsea em 1982 e vendeu-o depois a Abramovich por cerca de 128 milhões de euros. Algo que diz não ter influência ter vendido o clube inglês a um cidadão russo. "Vendê-lo a um russo era o mesmo que o fazer a qualquer outra pessoa. Não era diferente naquela altura. A relação que tive com ele foi sempre simples e direta. Não sinto simpatia por ele. Vale entre 6 e 7 mil milhões de euros mas só pode comer bife com batatas fritas duas vezes por dia, tal como eu", revelou, apontando ainda Stamford Bridge como "o pedaço de terra mais valioso de Londres".
"Dei [ao clube] o nome de Chelsea Football Club e disse que só se pode usar esse nome se jogar em Stamford Bridge. Dessa forma, os adeptos são os donos do nome e do campo. Stamford Bridge é provavelmente o pedaço de terra mais valioso de Londres. Mas é do clube, é esse o meu legado", vincou.
Por Record