Salah ficou fora da lista de convocados para o duelo desta terça-feira com o Inter, no Giuseppe Meazza (20H), na sequência das duras críticas que fez ao treinador Arne Slot e ao próprio Liverpool. A decisão foi tomada pela administração do emblema e teve a anuência do técnico holandês, tendo esses dois interlocutores chegado à conclusão de que seria preferível o extremo egípcio – treinou ontem sem limitações com plantel – ficar de fora para arejar as ideias. Salah não será alvo de um processo disciplinar mas poderá também não ser chamado para o jogo de sábado com o Brighton, o último antes de se juntar à seleção do Egito para disputar a CAN.

O que disse Salah de tão grave depois de ter sido relegado para o banco nos últimos três jogos? “Parece que o clube me atirou para debaixo de um autocarro. Alguém não me quer na equipa”, sublinhou após o desafio de sábado com o Leeds.

O treinador dos reds explicou a situação, respondendo de forma firme a Salah. “Não sei o que ele quis dizer com aquilo. Quando um jogador diz coisas daquelas temos de reagir como clube. Daí ele não estar aqui. Ele tem todo o direito de se sentir como sente, mas se se sente no direito de partilhar isso com a comunicação social, então temos de reagir. Se eu era um dos visados? Ele é a única pessoa que pode responder a isso. Se falámos com ele? Limitámo-nos a comunicar-lhe que não viria connosco. Como reagiu? Deu uma resposta curta...”, disse Arne Slot, prosseguindo: “Se a nossa relação está estragada? Não sinto isso, mas ele tem todo o direito de se sentir como sente. Se pode haver um regresso? Acredito piamente que há sempre a hipótese de um regresso para um jogador. Se já disputou o último jogo com a camisola do Liverpool? Não faço ideia, neste momento não posso responder a essa questão.”

Cristian Chivu, esse, procurou desvalorizar a ausência do astro egípcio. “Sabemos o que Salah representa para o Liverpool e para o próprio mundo do futebol. Porém, o Liverpool tem jogadores que o podem substituir e, como tal, vai manter o nível elevado a que nos habituou ao longo da história”, referiu o técnico do Inter, que segue no 4.º lugar com 12 pontos, mais três do que o Liverpool (13.º).