Termina a primeira parte da entrevista!
Termina a primeira parte da entrevista de Cristiano Ronaldo a Piers Morgan. A segunda parte será exibida na quinta-feira e poderá seguir tudo no site de Record. Fique por aí!
Avançado português abordou a evolução no Man. United, o drama familiar que viveu e ainda as críticas de Gary Neville e Wayne Rooney
Termina a primeira parte da entrevista de Cristiano Ronaldo a Piers Morgan. A segunda parte será exibida na quinta-feira e poderá seguir tudo no site de Record. Fique por aí!
Jogadores que o defendem:
O Roy Keane foi o melhor capitão de sempre. O Ferdinand ajudou-me sempre. Éramos vizinhos. Eles estiveram lá, são jogadores. Sabem como os jogadores pensam.
É fácil criticar se não estás lá. Com um trabalho em televisão, tens de criticar para ser mais famoso. Têm vantagem nisso, não são estúpidos. É difícil quando vês pessoas a criticarem dessa forma. Não vou dormir mal por causa das críticas, mas não é bom. É um pouco desapontante
Sobre as críticas de Rooney:
Não percebo. Tens de lhe perguntar a ele. Não sei o porquê de ele me criticar. Não sei se tem inveja. Há seis meses esteve aqui em minha casa com os seus filhos e convidou o Cristiano para ir jogar futebol. Não sei se é para estar na capa dos jornais ou para arranjarem trabalhos. Acabou a carreira aos trintas. Não vou dizer que tenho melhor aparência do que ele, o que é verdade [risos]. Essa negatividade de pessoas que jogaram comigo, como o Gary Neville.
As pessoas não sabem o que se passa no centro de treinos, até na minha vida. Não ouvem um ponto de vista. É fácil criticar porque se não conhecem a história. Não são meus amigos, são colegas. Não vamos jantar juntos. É parte da minha jornada. Continuam a criticar, com negativismo. Continuo a minha viagem.
O número de seguidores nas redes (é o mais seguido de todo o Mundo)
É bom, sinto-me orgulhoso. Significa muito porque. Porquê eu? Não só porque jogo bem, penso que o resto é relevante. Tens de ser carismático, encontrar uma conexão, ter boa aparência também ajuda. Não sei qual a real razão. Sou carismático, sou a fruta que as pessoas querem morder, não sei como querem dizer. Vou dizer morango [risos]. Não sei a razão.
Tenho coisas boas, mas tens de lidar com muitos obstáculos.
Quero saber das pessoas que gostam de mim, não perco tempo com quem não gosta. Gosto de estar rodeado pelas pessoas que me adoram. Não perco o tempo para ver as críticas das pessoas, de ex-jogadores.
Conhecias Ten Hag?
Conhecia um pouco, pelo trabalho que fez no Ajax.
Críticas mesmo depois da última época
É fácil apontar a Ronaldo quando queres camuflar outras coisas. A imprensa quer pôr-me na primeira página porque sabe que vai vender. Habituei-me a viver assim. Tenho 37 anos, quando estás na maré de baixo. Quando estás acima, não vês algumas coisas. É por isso que aprecio ter maus momentos para ver as pessoas que estão do teu lado ou quem te critica. Não querem ver pessoas bem-sucedidas, querem trazer negativismo. Nos últimos 4/5 meses, até pela minha família, à volta do mundo, a imprensa criticava-me ainda mais. Não percebo o motivo, até a imprensa portuguesa me critica muito. Ainda acredito que a inveja faz parte disso. Tenho 21 anos no topo, por isso sei como é.
Lês jornais?
Uma boa coisa é que não gosto de ler porque 90% são lixo, não dizem a verdade. Mentem constantemente, atacam-me à família. Por que hei-de ler para me sentir mal? Eu e a minha família. É difícil de lidar, mas no fim do dia entendo, mas é duro.
Ela [Bela] é a alegria da casa todos, é uma rapariga linda e somos pais felizes. Acho que não vamos ter mais, mas o futuro só Deus sabe. Agora queremos apreciar estas crianças.
Como foi voltar?
Foi muito difícil, mas a Georgina disse-me que ajudava, foi difícil mas ajudou a não pensar tanto, até o treino ajudou, mas a velocidade dos treinos, jogos, Seleção Nacional. Tudo acontece muito depressa e a Georgina ajudou-me pois é muito forte
Está a pensar em casar com a Georgina?
Ela conheceu dificuldades na vida, ela nasceu na Argentina, teve problemas com a familia, viveu sozinha e é muito madura para a idade. Ajuda-me quando estou mal e nós ajudamo-nos. Não estou a pensar no casamento, ambos merecemos e virá no futuro
Homenagem em Liverpool e Arsenal
Nunca esperei e agradeço a toda a comunidade inglesa. Até recebi uma carta da família real a dar-me as condolências. Por isso é que eu digo que respeito muito a comunidade inglesa. Foram espetaculares comigo e agradeço a toda a comunidade inglesa
Homenagem à Rainha, após a sua morte, deveu-se a isso?
Sim, foi por isso, nunca esqueci esse momento.
No meu caso melhorou a relação, fiquei mais amigo dela pois vi a vida com outra perspetiva. Foi por isso que não fui à pré-época, mas foi o momento mais complicado, estes seis meses desde a morte do meu pai. As cinzas estão aqui com as do meu pai, não vou atirar ao mar. Tenho aqui uma capela e falo com ele todo o tempo e eles ajudam-me a ser melhor pai e isso orgulha-me as mensagens que o meu filho me manda.
A morte do filho como foi para si
Foi o pior momento da minha vida desde a morte do meu pai. Esperava o meu filho, eu e a Gerogina não percebemos o que nos aconteceu e foi muito difícil explicar o que aconteceu. O futebol não pára com tantas competições... foi o momento mais complicado para mim e para a Georgina
Eu também senti isso. Juntei-me à familia, tínhamos mais um filho, a Bela, e tínhamos de estar contentes com isso. Nunca tinha estado feliz e triste ao mesmo tempo, não sabia se sorria ou chorava, fiquei sem saber o que fazer. São emoções loucas mas tenho de lembrar-me que ficámos com a Bela mas é difícil explicar.
As crianças diziam: 'mãe, onde está o outro bebé?' Ela estava com barriga [de grávida] porque era difícil para ela. Depois de uma semana. O Angel foi para o céu. É melhor dizer dessa forma. As crianças percebiam. Diziam 'pai, fiz isto para o Angel'. Não vou mentir. Foi um processo difícil dizer a verdade. Tornei-me mais pai, mais amigo deles, tornámo-nos todos mais próximos.
Jogadores que mais admira ou admirou pela sua mentalidade
É difícil. Se me disseres o que eu vejo no United, posso dar o exemplo de Dalot. É jovem, mas é muito profissional. Não duvido que vá ter longevidade no futebol. É jovem, inteligente e muito profissional. Como ele é difícil, provavelmente o Martínez, mas digo o Dalot.
Não digo que não respeitem os jogadores experientes. Vivem numa era diferente. A mentalidade não é a mesma. A diferença está na fome. Para eles chega tudo mais facilmente, eles não sofrem, não querem saber. Não é só no United, em todas as equipas. Não são os da mesma geração. Mas não podemos culpá-los. Faz parte da vida. Eles ouvem, mas entra por um ouvido e sai por outro. É pena porque tens os melhores exemplos à tua frente. Lembro-me quando tinha 18, 19 ou 20 anos e tentava aprender com os melhores: Nistelrooy, Ferdinand, Keane e Giggs.
O que diz aos jovens?
Não sou o melhor a dar dicas, mas gosto mais de dar o exemplo. Provavelmente sou o primeiro a chegar aos treinos e último a sair. As ações falam por si. Eles ouvem e daqui a dois minutos esquecem. Gosto de liderar pelo exemplo. Alguns seguem, não muito.
Eles não querem saber. Alguns sim, mas muitos não. Não me surpreende, não vão ter uma carreira tão longa. É impossível. Vês jogadores que chegam aos 35, 36 e 37 anos a alto nível. Quantos destes terão esta longevidade?
Não percebo. Os novos treinadores acham que encontraram a coca cola no deserto. O futebol está inventado há muitos anos. Cada um tem a sua mentalidade, mas chega a um certo ponto que não concorda. Sempre estive com os melhores treinadores do mundo: Zidane. Ancelotti, Mourinho, Fernando Santos, Allegri… então tenho um pouco de experiência porque aprendo com eles. Aprendi com todos e quando vês um novo treinador que quer revolucionar o futebol, eu posso não concordar e discordar mas faz parte. Estou no clube para ganhar e quero ajudar com a minha experiência. Alguns treinadores não aceitam, faz parte do trabalho.
Eles conhecem o clube, mas não conhecem a dimensão e a história do clube, o que a mim me surpreendeu. Quando sai o Solskjaer, tem de se trazer um treinador de topo e não um director desportivo.
Adoro o Solskjaer, é uma grande pessoa. O que guardo na minha pessoa é o coração das pessoas. Como treinador, não conseguiu o que queria, é difícil assumir depois de Ferguson, mas fez um bom trabalho. Talvez precisasse de mais tempo. Acredito que vai ser um bom treinador. Foi um prazer trabalhar com ele ainda que fosse um período curto.
"No Man. United o progresso foi zero comparando com o Real Madrid e a Juventus. Esses seguiram o resto do Mundo, especialmente a nível da tecnologia, seja a nível do aspecto físico e da nutrição, de recuperar um jogador corretamente. Surpreendeu-me. Na minha opinião, estão atrás desses clubes. Um clube com esta dimensão deveria estar no top3. Não estão, infelizmente. Não estão nesse nível mas espero que nos próximos anos conseguir chegar a esse nível."
"Quando assinei pelo clube e assinaram também com o Varane e o Sancho, pensei que as coisas iriam pelo caminho que deveriam ir. Sir Alex deixou um vazio no clube e não só ele, mas também David Gill, o presidente. Era um homem muito bom. A estrutura à volta de Sir Alex Ferguson era muito importante também. Sabia que o Man. United não era o mesmo mas não pensei que houvesse uma diferença tão grande nos últimos 13 anos. Foi o que me surpreendeu mais."
Desde que Ferguson deixou o clube, não vi evolução no clube. Houve zero progresso. O clube, depois de Ole, trouxeram um director desportivo [Ralf Rangnick] que foi algo que ninguém entendeu. Nem sequer era treinador. O facto de o trazerem surpreendeu-me a mim e a todos.
Foi ridículo?
Claro. Temos de ser honestos. Se nem és treinador, como vais liderar o Man. United? Não seguiram o caminho certo para atingir o sucesso como Liverpool, City e Chelsea. Estamos um passo ou dois atrás por causa destes erros. Deviam evoluir no staff, nas pessoas. Nunca ouvi falar dele. Das pessoas com quem falei ninguém sabia quem era. Respeito, assumiu o trabalho, chamei sempre ‘boss’ a todos os treinadores mas nunca i vo como o boss’. Ser treinador. Não me surpreendeu assim tanto porque se olharmos para a estrutura, o treinador não surpreende. Mas foi um momento duro.
"Para ser honesto, quando assinei pelo Man. United, pensei que tudo tinha mudado porque passaram 13 anos. Estive no Real Madrid e na Juventus… Tudo foi muito rápido mas surpreendeu-me a instabilidade no clube. Pararam no tempo e não esperava. Mesmo no mercado de transferências… foi duro. Foi duro para mim porque não esperava."
"Quando assinei pelo clube assinaram também com o Varane e o Sancho, pensei que as coisas iriam pelo caminho que deveriam ir. Sir Alex deixou um vazio no clube e não só ele, mas também David Geal, o presidente. Era um homem muito bom. A estrutura à volta de Sir Alex Ferguson era muito importante também. Sabia que o Man. United não era o mesmo mas não pensei que houvesse uma diferença tão grande nos últimos 13 anos. Foi o que me surpreendeu mais."
O jogo do regresso, com bis diante do Newcastle.
Foi uma sensação fantástica, não só no dia do jogo, mas nos dias anteriores. Todo o Mundo falava de mim, o Cristiano voltava a casa, ao local onde deviam estar. Voltar ao Manchester United e bisar, foi o melhor que tive em Old Trafford. Foi um dia memorável, incrível. O cântico 'Viva Ronaldo'? Claro que gostei
Bateste os recordes de camisolas vendidas em 24 horas.
Claro que fico feliz. Como sabem, não sigo os recordes, são eles quem me persegue. É bom, foi bom, ninguém esperava, porque as coisas mudaram muito nessas 72 horas. Falaram no meu nome, que ia mudar, mas o Man. United não estava nessas equipas, mas surpreendeu todos, até a mim.
O rumor da ida para o Manchester City. Quão perto estiveste de ir para lá?
Honestamente, muito perto. É algo que falaram muito, o Guardiola disse há duas semanas que tentaram bastante para ter-me. Mas a minha história no Man. United, o coração, o que fiz antes fez diferença. O Sir Alex também. Fiquei surpreendido, mas uma decisão consciente. Porque o coração falou mais alto na altura.
Quão importante foi Sir Alex?
Acho que foi a chave. Fez a diferença nesse momento. Não posso ser leal se não disser que o Man. City esteve perto. Foi uma decisão consciente, não me arrependo, mas como disseste o Sir Alex foi a chave. Falei com ele. E ele disse-me que era impossível eu ir para lá. E eu disse 'okay, boss'. Tomei a decisão. Foi uma boa decisão.
Por que fazes esta entrevista?
Porque acho que é o tempo de dizer algo. E porque gosto de ti.
Boa noite! Sejam bem-vindos ao direto de acompanhamento da entrevista de Cristiano Ronaldo ao jornalista inglês Piers Morgan, na qual o capitão da Seleção Nacional promete deixar revelações e acusações bombásticas. Fique por aí!
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