O governo britânico garantiu esta terça-feira que não vai processar o fundista e campeão olímpico Mo Farah, de 39 anos, que na segunda-feira admitiu ter chegado ilegalmente ao Reino Unido enquanto criança.
"Nenhum processo será instaurado contra Sir Mo Farah", afirmou um porta-voz do ministério do Interior britânico, citado pela agência noticiosa AFP.
Na segunda-feira, no excerto de um documentário da BBC que será exibido na quarta-feira, o britânico Mo Farah, detentor de quatro títulos olímpicos, seis mundiais e quatro europeus, entre os 5.000 e os 10.000 metros, revelou ter sido traficado ilegalmente para o Reino Unido, onde foi escravo doméstico.
"Durante anos fui mantido em cativeiro. Estive anos preso", divulgou 'sir' Mo Farah, em entrevista à BBC, na qual anunciou que o seu verdadeiro nome é Hussein Abdi Kahin e que não pôde ir à escola, tendo sido forçado a trabalhar para poder comer.
Aos 39 anos, Mo Farah, que sempre disse ter vindo para Inglaterra com os seus pais, desde a Somália, confessou agora que afinal veio do Djibuti, aos nove anos, com uma mulher que não conhecia, que lhe atribuiu o nome de Mo Farah e que, no Reino Unido, o obrigou a cuidar dos filhos de outra família.
Num documentário da estação televisiva britânica, Farah contou que os pais nunca estiveram no Reino Unido e que a sua mãe e dois irmãos seus vivem numa fazenda da família, no estado separatista de Somalilândia, que declarou a independência em 1991, mas não é reconhecido internacionalmente.
Aos "oito ou nove anos" foi levado de casa para ficar com a família no Djibuti, acabando por ser levado para o Reino Unido pela tal mulher que não conhecia e não era sua parente, e que lhe disse que o levava para a Europa para viver com parentes.
Quem o levou ilegalmente apresentou às autoridades documentos falsos com o nome Mohamed Farah, instalando-o posteriormente num apartamento a oeste de Londres, em Hounslow, altura em que lhe roubou um papel que tinha os contactos dos seus parentes.
'Sir' Mo disse que, "para ter comida na boca", teve de fazer tarefas domésticas e cuidar de crianças, sendo ameaçado e obrigado a "nada dizer, se queria ver a família novamente".
Só foi autorizado a ir para a escola quando tinha cerca de 12 anos, altura em que se matriculou no sétimo ano no Feltham Community College, tendo os funcionários sido informados de que era refugiado da Somália.
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