Mais jovem de sempre a baixar dos 10 segundos nos 100m suspenso por doping: atleta culpa gomas da Gatorade

Issam Asinga, do Suriname, afastado por 4 anos

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Velocista do Suriname faz história: é o mais jovem de sempre a baixar dos 10 segundos nos 100 metros

O jovem velocista Issam Asinga, que no ano passado se tornou no mais jovem de sempre a baixar da barreira dos 10 segundos nos 100 metros (9.89 segundos, nos Sul-Americanos), foi esta segunda-feira suspenso por 4 anos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), depois deste organismo ter analisado e rejeitado as alegações do atleta na sequência do controlo positivo realizado no ano passado.

Na sua defesa, Asinga referia que a substância em causa (GW1516) estava presente numa embalagem de gomas de recuperação, da marca Gatorade, que lhe tinham sido oferecidas num evento da marca poucos dias antes do controlo positivo. A AIU refutou essa defesa, referindo no comunicado que foram encontrados mais vestígios da substância no exterior do que no interior da embalagem, o que, segundo os argumentos apresentados, "praticamente exclui qualquer tipo de contaminação no processo de produção". A AIU diz ainda que uma embalagem do mesmo produto, do mesmo lote, testou negativo à substância em causa num laboratório antidoping de Lausana.

Confrontado com a decisão das autoridades, o jovem velocista garante que sempre foi muito cuidadoso com aquilo que toma e aponta o dedo à Gatorade (e à sua casa mãe, a PepsiCo). "Em 2023, enquanto ainda era estudante universitário, a PepsiCo ofereceu-me um kit de produtos Gatorade nos quais estavam Gatorade Recovery Gummies, que tinham na parte exterior o símbolo de NSF certification [livre de substâncias proibidas]. A embalagem que me foi dada posteriormente foi analisada pela WADA, que identificou que o produto tinha sido contaminado com a substância GW1516, a mesma à qual testei positivo. Para além disso, descobrimos que o número do lote de onde saiu o produto que me deram NÃO FAZIA parte do lote de NSF-Certified."

Por outro lado, Asinga nega a versão da AIU, garantindo que a embalagem selada testada pelo laboratório não fazia parte do lote que utilizou e que a PepsiCo se terá mesmo recusado a entregar um quando o mesmo foi requisitado.

O atleta, que por agora perde o título Sul-Americano do ano passado e ainda o recorde mundial Sub-20 que fixou, já anunciou recurso para o CAS.

Por Fábio Lima
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