O selecionador nacional José Poeira garantiu a Record que João Almeida está recuperado para estar este domingo na linha de partida da corrida de fundo do Europeu, em França, depois do mal estar que o impediu de participar no contrarrelógio
Record: Como é que está o João Almeida fisicamente?
José Poeira: Está bem. Ele teve uma crise na altura do contrarrelógio, como
já foi abordado, teve umas sensações menos boas e decidimos não arriscar porque
o ritmo não ia ser bom e depois a recuperação também ía ser mais demorada. O
objetivo era mesmo a estrada e optámos por não arriscar.
Record: Ele vai estar na linha de partida?
José Poeira: Vai estar. Na linha de partida vai estar, já na linha de chegada,
vamos ver como é que acaba.
Record: Já treinou este sábado?
José Poeira: Já está a treinar. Está tudo normal. Só que vamos ver como é que
nos vão correr as coisas.
Record: O João Almeida vai ser líder único de Portugal na corrida? José Poeira: Sim, nós temos o João Almeida e temos também o Rui Csta. Tínhamos o Eulálio, mas a equipa precisava dele. Isso baralha aqui um bocado as contas. Mas esperamos conseguir fazer uma boa prova.
Record: O que se pode esperar da corrida? José Poeira: Temos corredores para este terreno, que andam bem e com provas dadas, mais que provas dadas. Depois depende muito como as coisas forem acontecendo e se não acontecer nada de mal, poderão estar também na discussão da corrida. Claro que alinhamos só com quatro ciclistas, sendo que também estamos em final da época, e há um certo desgaste, mas isso acontece com todas as seleções. Mas à partida, em condições normais, vamos estar também a fazer uma boa corrida.
Record: A tática é seguir o que vai fazer o Tadej Pogacar? Ou há uma estratégia de Portugal? José Poeira: Há uma estratégia própria, porque nós só temos quatro corredores, enquanto outros países podem ter oito. Essas nações, no início, têm oito, depois com o trabalho, passam a ter sete, seis, quatro e nós podemos manter lá os nossos. Se não nos correr alguma coisa mal, nós vamos estar também na frente da corrida.
Record: Sobre a corrida dos sub-23, o que se pode dizer? O Lucas Lopes foi oitavo...
José Poeira: No geral a equipa esteve bem. Este percurso é muito complicado, é
muito duro. Tínhamos atletas a trabalhar para colocar os que sobem melhor na
frente para não terem desgaste e stress. Eles fizeram isso para colocar da
melhor maneira o Lucas Lopes, que já nos vai habituando a lugares bons como o
12º no Mundial, que era muito duro. Aqui, num percurso também duro, voltou a estar
bem. Ele faz oitavo, entrou no Top-10, isso é bom porque o melhor ciclismo do mundo
está concentrado na Europa. É um jovem com talento. Fez uma Volta a França
(ndr: Tour de l’Avenir), mas também fez uma boa Volta a Portugal. Duas provas
duras seguidas por etapas. Espero que as pessoas olhem para ele e porque
não encontrar uma equipa boa, é o que nós pretendemos, que tenhamos os nossos
corredores nestes palcos, onde eles possam mostrar o valor que têm e seguir em
frente. Espero que seja mais um que vá fazer uma carreira brilhante.
Record: Mas o oitavo lugar não surpreendeu?
José Poeira: Não. Se não acontecesse nada, ia estar na discussão. Mais uma vez confirma
o valor dele. Estamos contentes com o que ele fez, contentes por ele e
pelo país.
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