Julgamento do caso W52-FC Porto arrancou esta quinta-feira
Rui Vinhas assumiu perante o tribunal que utilizou substâncias dopantes e realizou transfusões de sangue, a fim de potenciar o rendimento desportivo. No julgamento do processo 'Prova Limpa', que envolve a extinta equipa da W52-FC Porto, o ciclista confessou a prática dos ilícitos pelos quais está indiciado e assumiu estar muito arrependido.
"Quero assumir a acusação contra mim. Confirmo o consumo e posse de substâncias numa fase decadente da carreira em que o rendimento não era o mesmo. Estou extremamente arrependido do que fiz e estou disposto a contribuir para a verdade desportiva. Decidi seguir esse caminho sozinho, é um esquema geral no desporto, especialmente no ciclismo", disse, revelando quando tudo se iniciou: "Comecei a tomar no ano da Covid-19, quando começou a cair o meu desempenho."
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O vencedor da Volta a Portugal de 2016 revelou ainda que Nuno Ribeiro, diretor desportivo da equipa, tinha conhecimento de alguns desses atos ilícitos, mas nunca o forçou a nada. "Trocámos opiniões, disse-lhe que tinha a ideia de fazer isso, mas depois fi-lo de livre e espontânea vontade. Ele só me dizia para ter cuidado e a verdade é que passei os controlos todos, nunca tive nenhum stress. Tomei Cezem e fiz transfusões. As transfusões fazem-se antes das corridas", referiu Rui Vinhas ao juiz, acrescentando mais alguns pormenores. "O Nuno Ribeiro dizia-me as dosagens, quando eu tinha dúvidas perguntava-lhe para ter a certeza, mas ele nunca me obrigou a nada", revelou uma vez mais o ciclista, explicando: "O Nuno tinha substâncias no quarto, mas não sei quem as colocava lá."
O antigo ciclista referiu ainda que "falava muito com Ricardo Vilela" sobre o que fazia, devido à ligação que tinham, explicando que o seu colega de quarto Daniel Mestre não sabia de nada.
Entretanto, João Rodrigues confessou igualmente que recorreu a substâncias ilícitas para melhorar o seu rendimento desportivo.
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