Advogado de Elena Congost lembra que a atleta "soltou a corda para dar assistência a uma pessoa em perigo" e "não prejudicou nenhum adversário"
A maratonista espanhola Elena Congost está a fazer diligências para tentar recuperar a medalha de bronze que perdeu nos Jogos Paralímpicos Paris'2024, depois de ter sido desclassificada por se ter desprendido do guia, anunciou esta quarta-feira o seu advogado.
Jean-Louis Dupont tornou hoje pública uma carta enviada às instâncias desportivas, na qual refere que a regra "que proíbe largar a corda tem por objetivo evitar a fraude", mas lembra que Elena Congost "soltou a corda para dar assistência a uma pessoa em perigo", e "não prejudicou nenhum adversário".
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Na carta, o advogado, que se celebrizou nos anos 90 com o 'Caso Bosman', insta as autoridades desportivas a corrigirem "amigavelmente" a sua decisão até 20 de outubro, e pede a "atribuição de medalha de bronze a Congost", mantendo-se a que foi entregue à japonesa Misato Michishita.
No dia 8 de setembro, na maratona reservada a atletas com deficiência visual (T12), Congost ficou em terceiro lugar, mas foi desclassificada por ter largado, a dois metros da chegada, a corda que a ligava ao seu guia, sofrendo de cãibras, para evitar a queda. .
"Estou arrasada, sinceramente, porque ganhei a medalha. Estou superorgulhosa de tudo o que fiz e, no final, desclassificaram-me porque a 10 metros da linha de chegada soltei a corda, por um segundo, porque uma pessoa ao meu lado caia de bruços. Agarrei a corda novamente para cruzarmos a linha de meta", lamentou, na altura.
A campeã paralímpica no Rio'2016 não tirou qualquer benefício do gesto de ajuda a quem estava em evidentes dificuldades e caía devido a cãibras, uma vez que a japonesa Misato Michishita, que acabou por ficar com o bronze, chegou mais de três minutos e meio depois.
A marroquina Fatima el Idrissi levou o ouro com novo recorde mundial na categoria T12, em 02:48.36 horas, batendo a compatriota Meryem En-Nourhi, prata, por 09.42 minutos, enquanto Elena chegou a 12.12: o bronze seria para a japonesa Misato Michishita, a 15.47.
"A atleta seguinte chegou a três minutos de mim... foi um ato reflexo de qualquer ser humano segurar uma pessoa que está a cair ao nosso lado. Não tive qualquer tipo de ajuda ou benefício, percebe-se claramente que paro por causa dessa situação. Mas apenas me dizem que larguei a corda por um segundo...", justificou-se, impotente.
Após ter sido campeã paralímpica no Rio'2016, Elena Congost, de 36 anos, deixou a alta competição para ser mãe, sendo que no período de seis anos teve quatro filhos, Arlet, de seis anos, Abril, de quatro, Ona, de três, e Lluc, com um.
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