Foi de forma emocionada que Samuel Barata analisou a sua performance na maratona olímpica, mas acima de tudo pela estreia no palco dos sonhos de todos os atletas. Ainda assim, o 48.º posto final foi algo que não deixou o atleta português, de 31 anos, satisfeito.
"Infelizmente se calhar fui demasiado cauteloso e, na fase final, queria subir mais e não foi possível. O nível está muito alto. Tinha de arriscar mais, se calhar podia... Estudei o percurso, sabia a minha capacidade física. Correr 2:11, 2:12 seria espectacular. Fiz 2:13 e não consegui a classificação que eu queria. Estou satisfeito, mas não pela classificação. É má. Mas vamos trabalhar e daqui a quatro anos vou cá estar com mais experiência e mais quilómetros nas pernas para fazer melhor lugar", prometeu.
O que foi mais difícil, as subidas ou o calor?
"O mais difícil é a qualificação. Tive de fazer a terceira melhor marca portuguesa de sempre. Isto é um nível brutal. O atletismo está a subir cada vez mais alto. Portugal tem de continuar a apostar nesta modalidade. Há muitos sacrifícios à volta, muito dinheiro investido. É preciso muito investimento para estar a este nível e, felizmente, tenho pessoas a meu lado que apostam em mim. Só tenho de continuar a trabalhar. E espero que as marcas e que Portugal continue a apostar no atletismo. Isto é tudo uma questão de aposta, para daqui a uns anos colher os frutos. É difícil chegar aqui, mas ainda mais chegar aqui e fazer resultados. Quero dar os parabéns aos meus adversários, porque muitos deles são meus amigos. Dar os parabéns aos portugueses e agradecer-vos a vocês, porque é muito bom estarem aqui a divulgar o desporto português. Não é só de 4 em 4 anos. Obrigado a todos!"
Mancha humana
"Foi a prova com melhor ambiente de sempre. Com apoio do início ao fim. Milhares de pessoas, muitos portugueses. Quero agradecer esse apoio, deram-me um 'boost' para conseguir mais força"
"Ser atleta olímpico é o ponto mais alto da minha carreira. Emociono-me sempre. Estou super contente. Agora é focar nos próximos Jogos. Esta classificação não me deixa nada contente, sou exigente comigo mesmo e tenho de sair com melhor resultado"
Atleta, de apenas 16 anos, tornou-se no norte-americano mais jovem de sempre a disputar uma prova de atletismo dos Jogos Olímpicos
Está fechada a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos
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Portuguesa assume que "esperava muito mais"