Luís Montenegro promete mais apoios e assume: «Até me arrepiei no último salto»
"É um momento marcante do atleta. Estamos muito satisfeitos com os desempenhos dos nossos atletas. No peso também tivemos um bom oitavo lguar. O balanço é positivo. Estes atletas que fazem percurso de grande sacrífico e capacidade de sofrimento, são verdadeiros heróis. São os heróis que queremos que inspirem a juventude, para trazer novos atletas aos Jogos", disse o primeiro ministro, à RTP.
Perder por 2 centímetros
"Não há duvida nenhuma que é frustrante. Dois centímetros é algo muito pequeno, mas as coisas são o que são. Podia ter sido ao contrário. Há sempre aquele amargo de boca. Os saltos do Pedro tiveram sempre o limite da tábua bem longe, creio que no primeiro ficou a 23 centímetros. É preciso aceitar. Um desportista sabe que pode acontecer"
"Seguramente ele agora está a recupear emocionalmente de uma prova disputadíssima. Estádio vibrante à espera dos últimos saltos. Arrepiei-me quando caiu no último salto, porque tive a sensação de que ia chegar. Está de parabéns, tal como o atletismo, e o desporto em geral está a dar uma boa conta do que tem para oferecer. Estão quase a terminar os Jogos, temos provas disputar e ganhar. O que agora podemos perspetivar são quatro anos de trabalho para conseguir chegar a Los Angeles e superar estes bons resultados"
Como vê uma final com pódio de atletas nascidos em Cuba?
"Sabemos o que levou a saírem. O que a nós nos interessa foi o facto do Pedro ter sido muito bem acolhido, é um ídolo. Tem sido um atleta magnífico. Expressa gratidão a Porutgal, o que justifica o processo que levou a adquirir a nacionalidade portuguesa. O orgulho que temos por ele... Vestir aquela camisola é algo que é inexplicável, independentemente do local de nascimento"
Mais apoios
"Como sabe entrámos em funções há quatro meses. Não vale a pena estar a ignorar este processo, veio dos antecessores. Presumo que tenham feito todo o esforço. O que posso garantir é que nestes quatro anos, que é o tempo do nosso mandato, tudo faremos para impor em Portugal uma cultura de prática desportiva generalizada mais forte. Queremos Portugal a fazer mais desporto. Jovens portugueses à procura do seu talento nas escolas. E apoiar a alta competição, porque há um momento a partir do qual, aqueles que ambicionam títulos, têm de saber os que títulos dão trabalho de organização, das condições.
Vamos alocar os meios que pudermos para ter na alta competição bons resultados. Isso traduz-se em oferecer condições de treino e conciliar todos os interesses dos atletas. Nisso refiro nas relações com as federações, os clubes. Naquilo que as políticas públicas puderem ajudar para reforçar a capacidade de tirar todo o potencial, faremos isso. Mas haverá sempre insatisfação, pois todos querem mais. Mas o que pudermos acrescentar, faremos isso, de uma forma que corresponde ao sentir português, ao ser da identidade nacional. Esta vibração que sentimos hoje, que milhões sentiram através da televisão ao ver estes atletas, tem de corresponder a um esforço. Não vamos prometer mundos e fundos, mas sim a ajuda maior possível para dinamizar as equipas e atletas de alta competição. Eles simbolizam o fazer bem, levar até ao limite o potencial, mas também são o exemplo e podem alavancar para toda a sociedade. A sociedade festeja títulos e medalhas, por isso é natural retribuir dando-lhes meios. É mesmo necessário ter uma preparação, uma calendarização, para que cheguem no pico da forma neste momento decisivo, só isso pode permitir ter sucesso. Como vimos hoje de manhã, por 6 centésimos, e agora 2 centímetros. É preciso apurar até à máxima capacidade. Nós temos de colaborar e ajudar".