Tradição e discriminação nos Açores

Tradição e discriminação nos Açores

Os Açores têm tradição no judo. Tudo começou em 1962, na ilha de São Miguel, quando o açoriano Fernando Costa Matos introduziu a modalidade no arquipélago, difundindo os ensinamentos do japonês Kiyoshi Kobayashi, o pai do judo em Portugal, depois de visitar o país em 1958.

Costa Matos conseguiria o feito de estar presente em Tóquio’1964 e de ser, inclusivamente, o porta-estandarte da delegação de Portugal nesses Jogos Olímpicos.

PUB

Ojudo voltaria a ganhar novo impulso nos Açores através do japonês Masatoshi Ohi, que se fixou em São Miguel, a partir de 1968, divulgando uma modalidade que viria a dar a maioria dos títulos desportivos às remotas ilhas do Atlântico. O judo conseguiria, desde então, 182 títulos para a Zona Açores, a terceira potência, depois de Lisboa e Coimbra.

Jorge Batista, treinador do Judo Clube de Ponta Delgada, queixa-se, no entanto, de discriminação:“Até há pouco tempo, um atleta açoriano que fosse convocado para um estágio no continente, tinha de pagar as viagens do seu bolso. O nosso ‘autocarro’ é muito caro, pelo que tem havido pouco investimento.”

CAR vai ser uma realidade

PUB

A ilha de São Jorge vai ter um Centro de Alto Rendimento (CAR) dedicado ao judo, com um orçamento de 750 mil euros. Vítor Soares, técnico do clube local, deseja que a infraestrutura – deverá estar pronta dentro de um ano –, sirva para um maior intercâmbio entre os judocas açorianos e o exterior:“OMunicípio de Velas recorreu a fundos comunitários e o projeto está quase em fase de execução. É importante a iniciativa, para promover o turismo desportivo, recebendo delegações nacionais e internacionais. OCAR vai ter um tapete, salas de musculação, lazer, formação e medicina desportiva.”

Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de Judo Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB