AS REACÇÕES entre o cauteloso e o incrédulo protagonizadas por responsáveis da Renault, Seat ou Honda, contrastam com o optimismo e a segurança do francês Guy Negré, inventor do carro movido a ar comprimido que deve ter as primeiras unidades comercializadas no final do próximo ano.
À primeira vista, trata-se de um ovo de Colombo. O senhor Negré, engenheiro que passou pela Fórmula 1 e responsável pela MDI (Motor Development International), desenvolveu um motor que funciona a ar comprimido por um compressor eléctrico e aplicou-o a uma viatura que, segundo os dados já fornecidos, pode chegar aos 130 km/hora de velocidade de ponta, com uma autonomia que varia entre os 200 e os 300 quilómetros em cidade e os 100 quilómetros em estrada.
O princípio do automóvel que não precisa de gasolina é simples: o ar contido em depósitos de 300 litros (a uma pressão de 30 bars) é enviado para o motor bicilíndrico e move os pistões da mesma forma que um motor convencional utiliza a mistura gasolina/ar. O movimento é depois ”transferido” para a caixa de velocidades.
O motor – colocado na traseira – tem 566 cm3 de cilindrada e 25 cavalos de potência e pode debitar uma velocidade máxima de 130 km/hora.
Com o dobro da autonomia dos carros eléctricos e um consumo dez vezes inferior a um automóvel a gasolina, pode ser reabastecido – em estações de serviço preparadas para o efeito – por um preço que não ultrapassará os 300 escudos.
Portugal foi um dos países que já mostrou interesse em produzir o veículo e a MDI, proprietária da patente, já licenciou fábricas em Espanha.
PRIMEIROS EXEMPLARES EM 2001
Guy Negré, o inventor do motor a ar comprimido, prometeu que as primeiras unidades destinadas ao mercado estarão disponíveis em 2001, mas as dúvidas sobre a viabilidade do projecto são muitas.
O diário desportivo ”Marca” dedicou a primeira página de quarta-feira ao automóvel a ar e no interior revelava o teste realizado com o protótipo. ”Funciona”, escreve o jornalista enviado a Nice, onde está situada a fábrica da MDI.
O inventor assegura que a versão definitiva, a comercializar em 2001, terá 50 cavalos de potência num motor bicilíndrico com 1300cc. Mas estes dados são contestados por elementos de algumas marcas. Vicente Aguillera, engenheiro-chefe da Seat, questiona: ”Se tem um motor de 1200 cc que funciona a 3500 rotações por minuto, significa que consome 3500 litros de ar por minuto. Como pode ter 300 kms de autonomia?”
Negré, em entrevista à ”Marca”, fala em Júlio Verne, que antecipou o automóvel a ar, refere as 27 patentes registadas, e frisa que o carro estará pronto para homologação em Março do próximo ano. Segue-se a comercialização. A solução é, obviamente, ecológica. Mas resta esperar para saber se é, de facto, viável.
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