O CEO da Fórmula 1 confirmou esta quinta-feira o interesse de Portugal em voltar a receber um Grande Prémio de Fórmula 1 - tal como de outras três possibilidades -, mas advertiu que essa vontade terá de ser acompanhada de uma proposta financeira alinhada com os pedidos da Fórmula 1. Em declarações à imprensa esta quinta-feira, Stefano Domenicali aludiu ainda ao facto da F1 ter, de momento, vários acordos a longo prazo, o que deixa poucas vagas em aberto para outros destinos.

"Acordos a longo prazo garantem a capacidade de diluir os investimentos já realizados ou planeados. Temos muitos pedidos. Em Zandvoort vai receber o seu último Grande Prémio, por isso estamos a discutir uma nova adição, incluindo eventos alternativos. Mas não há teremos muitos: um ou dois, não mais. Barcelona está interessada nessa vaga alternativa. E depois há Portugal, Turquia e, recentemente, Hockenheim, que tem uma nova liderança. A coisa mais importante que os potenciais anfitriões têm de devem compreender é que existem muito poucas vagas disponíveis, pelo que aqueles que se sentam à mesa precisam de força financeira", advertiu Domenicali, citado pelo 'Autosport'.

"A situação atual é diferente da de há alguns anos, não apenas pelo que é necessário para entrar na Fórmula 1, mas também o que tem de ser investido. Não nos podemos esquecer que estamos a trabalhar forte na sustentabilidade e todos os promotores têm de estar preparados para a nossa estratégia de Carbono Zero para 2030. Eventos que recebem 450 a 500 mil pessoas terão desafios em termos de energia, gestão geral e tudo mais. Estamos a trabalhar seriamente nesses temas e os promotores têm de estar alinhados. Aqueles que não estão preparados não poderão receber o evento", frisou.