Piloto recusa-se a correr em homenagem a Dean Viñales: «Falta de respeito pela vida humana»

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Michel Fabrizio, que anunciou a sua retirada, deixou também críticas a Marc Márquez, frisando ser um mau exemplo para os jovens

Dean Berta Viñales, piloto espanhol de 15 anos, primo de Maverick Viñales, morreu este sábado no circuito de Jerez de La Frontera, depois de sofrer uma grave queda numa prova de Supersport 300. A Federação Internacional de Motociclismo convocou os pilotos de todas as categorias para organizar uma corrida de homenagem ao jovem, sugestão que foi bem recebida pela maior parte. Michel Fabrizio foi um dos que rejeitou a ideia, considerando "uma falta de respeito pela vida humana" e deixando duras críticas a Marc Márquez, que considera ser "um mau exemplo para os jovens".

"Recuso-me a correr pela falta de respeito pela vida humana. E aproveito para me reformar. É hora de dizer chega! A perda de um piloto de 15 anos é inexplicável. Pistas como esta vi muitas na minha categoria, e cada vez que terminava uma, soltava um suspiro de alívio por ter acabado bem", começou por explicar.

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"Estou há mais de cinco horas encostado à cama do hotel a olhar para o teto, a lembrar-me de momentos incríveis que este desporto me proporcionou. Mas ao regressar, vi que o mundo mudou. Vi indiferença da parte da Federação Internacional: contar com 42 crianças na Taça Yamaha, e outros 42 no Mundial 300. São demasiados pilotos com pouca ou nenhuma experiência".

Fabrizio teceu também duras críticas a Marc Márquez, visando as suas "manobras incorretas" que os jovens "imitam". 

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"Há anos, Valentino Rossi foi criticado quando Márquez entrou no MotoGP. Queixava-se das manobras incorretas dele, e devemos concordar com ele. Márquez tornou-se numa referência para os jovens, que imitam as suas peripécias, indo até ao limite, quase apoiando-se no adversário, arriscando a cada centímetro. Retiro-me da modalidade para enviar uma forte mensagem de protesto! Mudem as regras pela proteção das vidas humanas! O primeiro [piloto] que fez um aviso sério foi Ayrton Senna. Na altura, disse que algumas pistas eram perigosas, e só se interviu quando morreu. Houve menos mortes na Fórmula 1, mas no MotoGP tem sido um massacre!", terminou.

Por Record
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