Parlamento aprova voto de pesar pela morte do piloto Jorge Brandão

Motociclista luso morreu no dia 17 de outubro, na sequência de uma queda no Rali de Marrocos

Jorge Brandão morreu no Rali de Marrocos durante a última etapa
Jorge Brandão morreu no Rali de Marrocos durante a última etapa • Foto: Jorge Brandão/Instagram

O parlamento aprovou esta 3.ª feira, por unanimidade, votos de pesar pelas mortes do artista plástico Eduardo Batarda, do piloto motociclista Jorge Brandão e da fundadora do programa Erasmus Sofia Corradi.

Estes foram três dos oito textos de pesar apresentados neste dia e votados pela Assembleia da República.

O voto de pesar pela morte de Eduardo Batarda foi apresentado pelo PS e lamenta a morte a 19 de setembro aos 81 anos de um "dos mais influentes artistas plásticos da segunda metade do século XX português".

"Deixa-nos uma obra desconcertante que, recusando irreverentemente o limite da definição do que é a arte e a pintura, se destaca a cada momento, de forma exigente e erudita, pelo cruzamento de várias linguagem e áreas do saber", refere o voto.

Eduardo Manuel Batarda Fernandes nasceu em Coimbra, no final de outubro de 1943. Frequentou o curso de Medicina, que abandonou em 1963, para se formar em Pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e, depois, no Royal College of Art, em Londres.

"A sua obra foi reconhecida pelo publico, pelos pares e por diversas instituições nacionais e internacionais, integrando acervos de vários museus e coleções públicas e fazendo de Eduardo Batarda uma figura incontornável na vida cultural e artística portuguesa", refere o voto.

Este ano, Eduardo Batarda foi "figura central" da Bienal de Arte Contemporânea da Maia.

Prémio Fundação EDP de Artes Plásticas, em 2007, Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, em 2019, Eduardo Batarda foi distinguido em 2020 com a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.

Por seu lado, o PSD apresentou um voto de pesar pela morte do piloto de todo-o-terreno e enduro Jorge Brandão, que na sequência de uma queda na derradeira etapa do Rali de Marrocos, a poucos quilómetros da meta em Erfoud.

Tinha 46 anos e competia pela equipa Old Friends Rally.

"Jorge Brandão faleceu a fazer aquilo que mais amava: competir, desafiar os limites e viver a sua paixão pelas motos e pela aventura. Fê-lo com o mesmo espírito que sempre o distinguiu: determinação, serenidade e amor pelo desporto", destaca o voto, que sublinha o seu "caráter íntegro, espírito de equipa, paixão pela aventura, pelo motociclismo e exemplo de perseverança e coragem".

Jorge Brandão, de 46 anos, é o segundo motociclista português a morrer em competição depois de Paulo Gonçalves ter pedido a vida no decurso da sétima etapa do Rali Dakar de 2020, na Arábia Saudita, aos 40 anos.

Já a IL apresentou um voto de pesar pela morte de Sofia Corradi, nascida em Roma e fundadora do programa Erasmus, aos 91 anos.

"Com ela desaparece uma das mais notáveis pedagogas e visionárias do projeto europeu, responsável por uma das iniciativas mais transformadoras da integração europeia: o programa de intercâmbio estudantil Erasmus", destacam os liberais.

Ao longo da sua vida, Sofia Corradi foi distinguida com várias condecorações, incluindo o título de Comendadora da República Italiana e o Prémio Europeu Carlos V, entregue pelo rei de Espanha, Filipe VI de Espanha.

Por Lusa
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