«Na ambulância, sem conseguir mexer as pernas, passei as piores horas da minha vida»

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Drama da surfista espanhola Garazi Sanchez, que agora treina para ir aos Jogos Olímpicos de Tóquio

A espanhola Garazi Sanchez sofreu um acidente em 2018 que mudou radicalmente a forma como passou a encarar a vida. Hoje, com 27 anos, a surfista prepara-se para fazer parte da estreia do surf nuns Jogos Olímpicos - em Tóquio, em 2020 -, mas foi protagonista de um documentário onde recordou os momentos em que pensou que nunca mais conseguiria andar.

Tudo aconteceu a 18 de julho do ano passado, quando treinava na praia francesa de Hossegor. Garazi Sanchez acabou caída na areia, sem sentir nada da cintura para baixo. "Na ambulância até ao hospital, sem mexer as pernas e a pensar que nunca mais as sentiria, passei as piores horas da minha vida", recorda a surfista no documentário, acrescentando que chegou ao hospital em choque. "Tive muito medo".

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"A principal preocupação dos médicos foi verificar se a medula estava afetada, se estivesse corria o risco de ficar paraplégica e aí tudo mudaria. Mas não estava. Eles viram que o bloqueio que tinha nas pernas se devia a uma inflamação provocada pelo forte traumatismo que tinha sofrido, pelo que tive de esperar que me estabilizassem para poder regressar a casa e consultar vários especialistas."

As costas de Garazi estavam em muito mau estado, com hérnias, desgaste dos discos lombares e nervos comprimidos, o que lhe causava dores atrozes. Aí apercebeu-se que não tinha cuidado devidamente do seu corpo quando praticava surf no verão e skate ou snowboard no inverno.

Falou com vários especialistas, até que encontrou um médico que numa cirurgia lhe colocou uns separadores entre as vértebras. As dores amainaram, mas a questão que se colocava era se algum dia voltaria a subir para uma prancha.

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Na internet procurou saber se algum surfista tinha voltado ao mar depois de uma operação às costas. Encontrou o norte-americano Taylos Knox, operado aos 15 anos e que surfou até aos 42. "Sempre pensei que podia recuperar e voltar a competir, mas nunca o disse a ninguém porque tive medo que desse azar", contou, citada pelo jornal 'Marca', explicando depois a importância que teve o documentário em que foi protagonista. "Naquele momento precisava de me agarrar a alguma coisa e contar o que me estava a acontecer."

Foi um ano sem sentir a adrenalina da competição. Regressou a 23 de julho, no Europeu disputado em Portugal, onde acabou por ser 8.ª. "Aprendi a relativizar as coisas e a ser menos crítica para comigo e para com os que me rodeiam. Desfruto mais do que faço, do surf, porque depois do que passei é um bênção estar a fazer o que mais gosto."

Atualmente Garazi treina para poder estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, onde o surf fará a sua estreia. 

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